intensos e confusos.

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A música alta toma conta de todos os cômodos da casa de Charles e ele nem sabe mais quantas pessoas estão ali para comemorar com ele.

Depois de se consagrar campeão mundial, comparecer a quinhentos tipos de compromissos diferentes e dar milhares de entrevistas falando sobre a primeira vitória de campeonato, o monegasco finalmente conseguiu organizar uma festa em sua casa para comemorar a grande vitória.

Todos os pilotos conseguiram comparecer, Charles era muito adorado por todos e era genuína a felicidade que seus companheiros sentiam por vê-lo ser o campeão. Alguns ex-pilotos, engenheiros, diretores e outros colaboradores das equipes também compareceram, além de atletas, cantores e outros amigos famosos e não famosos do monegasco. Era muita gente por metro quadrado e talvez as coisas estivessem saindo de controle.

Mas Charles não podia se importar menos. Havia passado por poucas e boas para conseguir aquele título, merecia comemorar com grande estilo junto das pessoas que fizeram parte da sua história.

Cecilia estava no meio da pista de dança improvisada sentindo seus cabelos grudarem na nuca enquanto dançava com Lola e bebia seu drink, rindo sem parar de algo que a amiga disse e que seu cérebro meio alto nem lembrava direito, mas aparentemente era engraçadíssimo. Elas eram amantes de uma boa festa e sabiam como se divertir, sendo sempre o centro das atenções onde quer que fossem.

E elas chamavam mesmo a atenção porque mais afastados, dois pilotos de uma certa equipe laranja as observavam, suspiros deixando suas bocas todas as vezes em que a luz refletia nas duas e os permitia enxergar os corpos suados dentro de vestidos curtos.

"Preciso contar uma coisa." Piastri larga o copo na mesa perto deles e passa as mãos no rosto, exasperado. Lando o olha curioso. Havia notado que o amigo andava estranho e sumido, mas o australiano era quieto e reservado então Lando nem deu muita atenção.

"Fala."

"Saí com a Lola." Oscar diz e um alívio cruza seu rosto.

"Você o que?" Lando ri e alterna o olhar entre o amigo e a loira dançando na pista. "Mentira, ela jamais sairia com você."

"Vai se foder." Ele empurra o ombro de Lando e dá outro gole na sua bebida. "É sério, faz tipo uns três meses eu acho. A gente bebeu umas num hotel e enfim... Uma coisa levou a outra." O pescoço de Oscar fica vermelho e ele abre os primeiros botões da camisa social.

"Você bêbado e fazendo sexo casual? Uau, a fama subiu mesmo a cabeça, Piastri." Lando ri da cara do amigo e desvia do soco que Oscar tenta dar em seu braço. "Ta e qual o problema?"

"Ela, sutilmente, ignora minhas investidas desde então, conversamos bastante, quase todos os dias, mas nunca tocamos no assunto e nem passa de conversa. Quer dizer, as vezes tem algumas indiretas, mas argh." O mais novo segura os cabelos com força. "Eu to ficando louca, cara, juro. Falta isso daqui para eu a arrastar pra fora dessa pista." Oscar junta o dedo polegar e o indicador para ilustrar quão perto está de fazer besteira.

"Wild Oscar. Eu gosto desse cara." Lando aperta o ombro do amigo e ri, acompanhando o olhar do piloto para as garotas na pista.

É irônico porque Lando também está a isso aqui de fazer a mesma coisa com a morena de olhos castanhos que não para de rebolar e chamar toda atenção para si.

Aquilo estava matando Norris. A garota estava linda e muito, mas muito gostosa dentro de um vestido vermelho tomara que caia minúsculo que se grudava ao seu corpo quase de forma obscena. As pernas torneadas e compridas em cima do salto preto deixavam tudo mais torturante de se olhar. Norris não conseguia deixar de imaginar em como seria aquelas pernas em volta dele. Mas o que realmente estava o matando era todos os homens em volta babando nela e tentando chamar sua atenção. Argh, deixem-na em paz, caralho.

fine line. | lando norrisOnde histórias criam vida. Descubra agora