Primeiros amigos

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Rin:"P...porque e...eu quero m...me esforçar p...por você."

(Nome) apenas ficou em silêncio e com a expressão um pouco surpresa. Por conta do cansaço de ter utilizado a própria voz depois de tanto tempo, Rin optou por voltar a falar através da língua de sinais. De forma tímida e um pouco desengonçada, o garoto começou a movimentar as mãos.

Rin:"Você sempre se esforça por minha causa, eu queria retribuir de alguma forma."(em libras)

O garoto não tinha o costume de retribuir favores ou qualquer coisa do tipo, na realidade, ele queria, de alguma forma, ser mais próximo da menina.

(Nome):"..."

A garota não disse nada e acabou deixando o clima um pouco estranho. O silêncio predominou no local por um bom tempo. Apenas era possível ouvir o barulho dos pássaros cantando pela janela e carros passando pelas ruas próximas. Os dois estavam confusos com os próprios sentimentos e não sabiam lidar com isso.

(Nome):"Bem... Obrigado."(em libras)

Rin:"D...de nada."

Na tentativa de melhorar o clima, (Nome) resolveu fazer perguntas triviais para melhorar a conversa entre os dois.

(Nome):"Você consegue falar muito bem. Como está conseguindo usar a sua voz mesmo sem escuta-la?"

Rin voltou a olhar para a garota e ele parecia estar mais calmo agora. Ele levantou os braços para se comunicar novamente.

Rin:"Não faz muito tempo que eu perdi a audição, então eu lembro da maioria das palavras. Mas pode soar estranho, já que eu não consigo controlar o tom da minha voz."(em libras)

Era incrível a facilidade na qual (Nome) conseguia entender a linguagem de sinais. Mesmo que Rin movimentasse as mãos de forma rápida, ela ainda conseguia entender. Talvez ela tenha treinado mais do que ela mesma pensava.

Rin:"No começo, eu ainda usava a minha voz, mas a minha mãe sempre reclamava."(em libras)

(Nome):"Deve ser difícil tentar usar a própria voz sem escuta-la."(em libras)

Rin:"É bem difícil."(em libras)

Rin sentia que, mesmo sem a garota ter passado pelas mesmas coisas, ela conseguia entender o lado dele, como se tivesse experimentado as mesmas coisas. O sentimento de conforto era bem agradável e ser ouvido por alguém, também era muito bom. Era algo no qual Rin precisava.

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Depois de algumas horas de conversa, o céu escureceu e a hora de ir embora chegou. Rin estava na frente da porta de sua própria casa enquanto esperava (Nome) sair.

(Nome):"Eu adorei passar o dia com você. Da próxima vez, nós poderíamos combinar de sair juntos."(em libras)

Rin:"eu também gostei."(em libras)

(Nome):"Te vejo amanhã!"(em libras)

A garota se despediu de Rin tranquilamente. Ele apenas observou a menina caminhar pelas ruas até que o mesmo não pudesse enxerga-la. Rin se sentou no sofá, e em menos de alguns segundos, sua mãe havia chegado.

Mãe do Rin:"Voltei, meu amorzinho! Calma... O que aconteceu com os seus joelhos?"

A mulher se aproximou do garoto e olhou para os curativos nos joelhos de Rin. Ela tinha uma expressão de preocupação enquanto Rin parecia estar em um completo  êxtase.

Mãe do Rin:"O que aconteceu, meu bem?"

Rin:"Eu apenas tropecei enquanto andava pelas ruas, por sorte, a (Nome) me ajudou."(em libras)

um sinal para viver (Itoshi Rin)Onde histórias criam vida. Descubra agora