Heewon dormia profundamente, assim que Nabi saiu para a escola tomou um banho e dormiu. Yejin, apesar de estar exausto, ainda mantinha seus instintos policiais ativos e quando a porta da sala foi aberta e escutou passos pela escada, se levantou atento.
Ao abrir devagar a porta do quarto, observou sua filha passar pelo corredor chorando. Seu coração se apertou e doeu com aquela cena, sabia como a adolescência poderia ser cruel.
— Filha... — Se aproximou da garota e a abraçou.
Nabi não falou nada, só aproveitou o aconchego dos braços de seu pai. Heewon acordou com os barulhos do choro de Nabi. Se soltassem fogos de artifício na rua ela não acordaria, mas o choro de sua filha a despertou.
Saiu do quarto, ao observar a cena seus olhos se encheram de lágrimas automaticamente. Abraçou a filha e o marido, e ficaram assim por um tempo, até Nabi falar que tomaria um banho e descansaria um pouco.
Nabi sempre foi uma aluna exemplar, e eram poucas as vezes que faltava a aula. Geralmente, só quando estava muito doente. Naquele ano letivo, só tinha faltado as duas vezes que fugiu de Heeseung. Seus pais não a julgariam, sabiam que era algo que passaria rápido mas que naquele momento era extremamente doloroso.
Tentaram dormir novamente, mas estavam muito preocupados com a garota. Começaram as teorias sobre o que poderia ter acontecido, até ligaram para Jina perguntando se Heeseung estava em casa.
A amiga estranhou o questionamento, e logo Heewon contou sobre como Nabi chegou em casa. Ela garantiu que assim que Heeseung chegasse da escola conversaria com ele e perguntaria o que aconteceu.
As horas foram se passando, Nabi não saiu do quarto e já estava quase na hora de saírem para almoçar.
O barulho da campainha despertou os pensamentos de Yejin, que desceu as escadas para atender e percebeu o olhar nervoso, arrependido e assustado de Heeseung assim que viu o policial.
— Tio, por favor não me bate — Heeseung já começou se explicando — Eu sei que pisei feio na bola, e assumo toda culpa — Heeseung tentava olhar os olhos de Yejin, e se surpreendeu quando o mais velho foi empurrado levemente deixando Heewon em seu campo de visão.
— Não estamos com raiva, mas ficamos tão preocupados — A mais velha abraçou Heeseung e começou a acariciar os fios negros do mais novo.
Realmente amava Heeseung como seu sobrinho, e até brincava dizendo que era o filho postiço dela. Assim como Jina estava preocupada com Nabi, Heewon estava preocupada com Heeseung. Realmente, eram como uma família.
Depois de Heeseung se desculpar novamente, Yejin disse que Nabi estava em seu quarto e que era para ele se encarregar de colocar um sorriso no rosto de sua filha. Heeseung subiu receoso, não sabia se Nabi iria querer recebê-lo.
Deu duas batidas na porta. Nabi havia escutado a campainha, e achava que seus pais haviam pedido almoço.
— Não quero comer — Disse esfregando os olhos. Chorou tanto que estava ficando sonolenta.
Heeseung abriu de leve a porta. Nabi estava de costas, mas quando sentiu aquele perfume em seu quarto, levantou rapidamente e encarou o garoto.
— O que você quer? Veio defender ela? — Sentiu sua voz falhar, com vontade de chorar novamente.
Heeseung fechou a porta e caminhou até a cama, puxando o edredom rosa que cobria seu corpo e a abraçando apertado.
— Me desculpa, Nabi... — Foi o que Heeseung conseguiu dizer.
O garoto não era de chorar, e o fazia raramente. Apartir dos 13 anos poderia contar em uma mão quantas vezes chorou.
Essa é uma dessas vezes.
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Heart Attack | Lee Heeseung.
FanficSe Heeseung soubesse a vontade que Nabi tinha de o beijar, de fazer com que ele a visse como mulher, não a trataria como uma princesa, pois isso só alimentava a fantasia na cabeça de Nabi, a fantasia que fazia a mesma acreditar que ele era seu prínc...