Perdido >⁠.⁠<

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✍🏻Autora_On✍🏻

Jung-Kook se encontrava extasiado de tanta alegria, iria finalmente entrar na faculdade que tanto sonhara. Tinha acabado de completar seus 14 anos, mas essa alegria não durou por muito tempo, pois sua falta de atenção fez com que Jung-Kook fosse atropelado, ficando em coma por um mês. Seus pais estavam desolados, só sabiam chorar queriam ver seu filho bem e saudável, mas não era assim que o menino se encontrava.

Seu rosto estava completamente machucado, sua pele cheia de hematomas, estava deplorável e era de partir o coração. E quando ele acordou, sua família não poderia ficar mais feliz, mas a sua felicidade durou pouco quando perceberam que o jovem não entendia nada. Foi então que o médico percebeu que Jung-Kook havia desenvolvido o infantilismo. Seus pais choraram, mas tudo isso passou, eles aprenderam a conviver com a nova condição do jovem e nunca deixaram de dar o amor e carinho que sempre deram, passando a dar ainda mais, já que agora Jung-Kook era uma criança, mesmo que apenas mentalmente. Não deixava de ser.

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- Hwa-young- Não saia de perto da mamãe, ok?

- Jung-Kook - Veverti, Veverti mamãe.

- Hwa-young - Agora não, estamos atrasados.

- Do-Yoon - Vamos, vamos. Não há tempo a perder.

Jung-Kook agora estava no colo da sua mãe, que andava apressadamente.

- Jung-Kook - O kook que veveti, veveti mamãe.

- Hwa-Young - Já disse que não dá agora, menino.

Um bico de mal contentamento é feito pelo baby birrento enquanto resmungava.

- Do-Yoon - Nada de birra. - Diz seu pai.

Já dentro do avião, Jung-Kook estava inquieto, seus pais já se encontravam estressados. Jung-Kook não dava trégua.

- Do-Yoon- "SHHH!"

- Do-Yoon- Quietinho.

Do-Yoon coloca um desenho no tablet que estava no assento, fazendo Jung-Kook parar imediatamente o que estava fazendo anteriormente.

O avião aterrissou, Jung-Kook estava sonolento, não havia dormido, não tinha parado um minuto sequer, só fez é pegar fogo. Seus olhinhos estavam pesados de tanto sono, o avião já havia aterrissado. Jung-Kook seguia sua mãe arrastando sua mochila no chão. Entrou no Uber com ela e quando chegou em seu destino percebeu que aquela mulher não era a sua mãe e sim uma desconhecida, nunca vista por ele antes. Jung-Kook então entrou em choque e começou a chorar. Com medo de ser acusado de sequestro, o Uber vazou, deixando o pequenino sozinho em uma cidade estranha.

Sua barriguinha roncava incessantemente, sua garganta se encontrava seca, estava faminto e sedento. Jung-Kook só queria a sua mãe e comer alguma coisa. Ele andava desnorteado pelas ruas de Seul, chorando por não ter os seus pais por perto, estava morrendo de sono, morto de cansado, queria poder dormir, mas onde faria isso? E mesmo se tivesse para onde ir, o medo não deixaria.

- Jung-Kook - Mamãe?

Seu rostinho estava banhado por lágrimas, estava desesperado.

- Jung-Kook - Mamãe.

Jung-Kook é levado ao chão frio, seu choro era desesperador. Suas mãozinhas puxavam seus cabelinhos rosados em puro desespero.

- Jung-Kook - Mamãe, acha eu, pu favo.

A chuva banhava todo o solo de Gangnam, Seul, deixando o pequeno encharcado. Jung-Kook estava passando frio e fome, seu corpinho se reprimia com o vento que o batia. Jung-Kook estava amedrontado, detestava ficar sozinho, queria muito a sua mamãe para o proteger dos monstros noturnos, queria seu colo quentinho para o aquecer, mas não tinha nada disso, estava pedindo e sozinho.

-Jung-Kook- Papa.

Jung-Kook apertava a barra de sua blusa, olhava para todos os cantos com seus enormes olhos arregalados. Sua respiração ficou descompassada, junto a ela vieram alguns soluços. Jung-Kook estava entrando em pânico, a crise tomaria conta e ele não conseguiria se acalmar, e ninguém na rua parecia prestar atenção nisso. Jung-Kook se senta debaixo de uma mesinha que se encontrava na praça em que estava. Ele olha em volta e não muito longe, em uma mesinha ao lado, ele pode ver um pacote de salgadinho. Ele então anda lentamente até lá e pega o salgadinho, enchendo suas mãozinhas e levando a comida encharcada pela chuva até a boca. Não satisfeito, Jung-Kook investiga as lixeiras à procura de algo para comer. O pequeno chorava enquanto comia... das poças no chão, saciou a sua sede de uma caixa de papelão, se escondeu da chuva podendo, enfim, dormir depois de horas que passara acordado enquanto esteve no avião.
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Ji-Min-On
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- Tae-Hyun- Todos já terminaram e foram embora. O senhor não precisa se cobrar tanto.

- Tae-Hyun- Vá descansar também.

- Ji-Min- Não está tão tarde.

- Tae-Hyun- Já são 1:30 da manhã.

- Tae-Hyun- O senhor já sofreu três desmaios só essa noite, fora as outras duas vezes que o senhor desmaiou à tarde. Seu corpo está em exaustão. Se não parar agora, talvez só acordará daqui a 3 dias.

- Ji-Min- Pode ir se quiser, eu não estou te prendendo aqui. Eu não posso sair agora.

Tae-Hyun é um diretor competente, faz muito bem o seu trabalho, mas como CEO, eu tenho que analisar e revisar tudo. Tenho que trabalhar duro para manter essa empresa de pé.

Termino de assinar uns documentos importantes. Tae-Hyun senta no meu sofá, trabalhando no meu notebook com uma expressão cansada.

- Ji-Min- Não precisa me esperar.

- Tae-Hyun- Eu sei, mas espero mesmo assim. - Fala soltando um longo bocejo.

Guardo as coisas que estavam na minha mesa, recolho os documentos e as pastas, guardando algumas no meu armário e as outras levarei para casa. Desligo meu notebook, afrouxo a gravata e abro três botões da minha camisa.

- Ji-Min- Já finalizei, podemos ir agora.

Tae-Hyun olha para mim e concorda com a cabeça, levantando-se em seguida.

- Ji-Min- A agência ligou?

- Tae-Hyun- Ainda não.

- Ji-Min- Fique em cima deles, pois estão nos enrolando.

- Tae-Hyun- Certo, farei o possível para resolver esse pequeno problema.

- Ji-Min- Até amanhã.

Percebo que chovia muito lá fora, vejo que terei que esperar um pouco até a chuva cessar. Pego um salgadinho da máquina e um suco de laranja, estava faminto, isso não é lá uma janta apropriada, mas é o que tem para agora. Os ponteiros do relógio já marcavam 1h40 da madrugada, meus olhos cansados começam a lacrimejar, a chuva não iria parar tão cedo, então decido ir embora mesmo assim, senão dormiria ali onde estava.

Já no estacionamento, entro em meu carro, ligo o aquecedor e dou a partida, mas então, com o azar da noite, meu carro morre, me deixando na mão. Meu coração se enche de ira, eu só queria ir para casa para poder enfim descansar, mas agora terei que arrumar isso aqui. Estava demorando mais do que imaginei, estava deveras estressado e faminto, só queria ir para casa, comer e descansar depois de um longo e cansativo dia de trabalho.

Assim que conseguir arrumar, ouço um choro baixo, parecia ser de uma criança, mas o que ela está fazendo aqui na rua e na chuva?

Garotinho Do PapaiOnde histórias criam vida. Descubra agora