Maldita/Bendita Parafina

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  Seguro em sua mão que me auxiliava á sentar na moto. Assim que subo o loiro da partida e acelera gradualmente. Eu segurava seu tronco bem forte  para não me desequilibrar, era minha primeira vez andando de moto, confesso que eu estava morrendo de medo. Quando JJ acelerou mais um pouco, meu estômago gelou, segurei ele mais forte ainda, apertando suas costas á mim.
- Tudo bem ai?
o garoto vira a cabeça rapidamente para olhar pra mim. Apesar de ter acelerado mais um pouco dava pra ver que o garoto estava sendo cuidadoso pra não me matar do coração e presando minha segurança. Eu balanço a cabeça em sinal de sim, e o rapaz volta a olhar para á frente e a seguir acelera a moto mais ainda. Estávamos sem capacete, meus cabelos a essa altura estavam embaraçadissimos, mais eu não estava dando a mínima, me sentia tão livre com o vento batendo no rosto e observando a paisagem que mudava a cada KM que passava, eu definitivamente adorei andar moto.
Depois de um tempinho me dou conta de que estava esmagando JJ de tanto medo que eu estava no inicio, e paro pra reparar que o garoto tinha um tronco largo e forte, algo que eu considero extremamente atraente em homens, assim q me dou conta daquela proximidade com o ele, borboletas no estômago começam a aparecer, não posso negar, se ele desse mole era vapo, um gostoso desse. Minha nossa senhora, mais eu ainda lembro do que aconteceu na praia, ele com a arma, foi assustador. Depois de aproximadamente 10 minutos que se pareceram segundos, JJ reduz a velocidade gradativamente e estaciona a moto na frente a uma casa que acredito sem dele , descemos da moto e começamos a andar até a entrada , eu o sigo, e então ele percebe e se vira pra mim e fala:
- Espera aqui por favor, volto rapidinho.
Fiquei um pouco desconfortável com a fala dele, me senti inconveniente ali, pq será que ele não quer que a família dele me veja? Faço um sinal de sim com a cabeça e o aguardo voltar na frente da sua calçada do lado de fora da casa.

...

Após um bom tempo esperando descido sentar na calçada para aguardar, já estava começando a ficar desconfiada da sua demora, ja faziam um bom tempo que ele tinha ido pegar a parafina, achei que isso fosse rápido. De repente vejo o loiro caminhando rápido em minha direção olhando para baixo, com as mãos no bolso. Maybank estava com uma expressão séria totalmente o oposto do que estava antes de entrar em casa.
- JJ ta tudo bem ? 
Pergunto me levando e indo em sua direção.
-  Vamo embora.
O garoto responde, já subindo na moto e girando a chave.
- JJ ta tudo bem mesmo?
Pergunto novamente já me sentando em sua garupa e o segurando. Assim, que me sento JJ da partida acelerando muito com a moto sem responder minha pergunta. Ao segurar nele, sinto seu corpo completamente rígido, parecia estar nervoso. Ele começa a acelerar cada vez mais, eu estava começando a ficar com medo da velocidade que ele estava pegando, e cada vez mais o garoto apertava o acelerador, chegou a um momento que ja estavanos a velocidade de 140 km/hr. Eu o segurava firmemente pressionando meu corpo ao seu. Não entendia o motivo de correr tanto, eu já não estava gostando mais. Senti meu peito aperta em desespero.
- Já chega JJ, diminui a velocidade, você ta correndo muito!
Falo gritando tentando fazer o garoto escutar, porém o barulho da moto era mais alto e Jj não me responde.
- Quero descer. Já chega!
Grito novamente. O loiro me da uma olhada rápido e vira pra frente de novo me ignorando. Sua expressão era assustadora, era apática mais parecia estar pedindo ajuda, eu estava com muito medo.
- Para a porra da moto JJ!
Grito novamente apertando os braços dele, que finalmente me obedece e diminui a velocidade até parar no meio da pista.
- Qual o seu problema?  tava correndo daquele jeito por que? Você está maluco mano?
Grito puta da vida já descendo da motocicleta.
- Quer nos matar?? É isso que você quer?
Grito novamente, o garoto nem se quer olha na minha cara, continua com a cabeça baixa.
- Você esta me ouvindo? me responde.
Falo indignada com vácuo que estou levando.
Quando o garoto finalmente olha pra mim, posso ver  lágrimas escorrem pelas suas bochechas, seus olhos que já eram azuis ficaram ainda mais, por que ele fez isso e pq ela tava chorando? me pergunto
- Me desculpa.
Maybank fala com a voz embargada saindo da moto e vindo em minha direção e me abraçando forte logo em seguida. Seu abraço tinha um pesar forte, ele chorava muito, de soluçar, eu não sabia oque fazer, apenas retribui o abraço e passei a mão em suas costas o acariciando. Ficamos abraçados por um bom tempo, esperando JJ parar de chorar. Eu estava muito confusa ele não esta chorando por que eu gritei cm ele né?
- Me desculpa, não quis te assustar, de verdade.
Jj fala rápido, se atrapalhando nas palavras.
- Mais meu pai foi um puta cuzão comigo agora, nós discutimos, de novo. E eu me sinto tão mal por não conseguir me defender dele. Eu sou um bosta.
O garoto sai do abraço e começa a gesticular com raiva os seus sentimentos sobre seu pai. Eu apenas o escutava confusa e preocupada.
- Me explica certinho oq aconteceu, pode desabafar comigo.
Falo mansa tentando fazer com q o garoto se abra.
- Cara meu pai é um filho da puta desgraçado, ainda mais quando bebe, olha oque esse merda fez....-
JJ levanta seus shorts na altura da coxa e aponta para um corte um pouco profundo que estava na sua perna. Arregalo os olhos instantaneamente não acreditando no que eu estava vendo. Não é possível que o pai dele foi capaz de fazer isso com ele, eu não queria acreditar, como um pai teria coragem de fazer com o próprio filho? O próprio filho mano! eu estava despedaçada escutando aquilo. Que psicopata!

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⏰ Last updated: Mar 04 ⏰

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𝐒𝐢𝐥𝐡𝐮𝐞𝐭𝐚𝐬 𝐚́ 𝐁𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐌𝐚𝐫 - 𝘑𝘫 𝘔𝘢𝘺𝘣𝘢𝘯𝘬 🌊Where stories live. Discover now