até onde eu iria por você?

Micael e Nataly

O meu passado? É complicado dizer isso, mas vamos lá.

Meu nome é Micael, tenho 20 anos, 1,75 de altura, cabelo curto e loiro, olho verde-claro, vim de uma família pobre, minha mãe trabalhava entregando panfleto, meu pai? Bom não conheci muito dele, já que ele havia se matado antes do meu nascimento, tenho dois irmãos e uma irmã, desde pequeno eu que tive que cuidar deles, desde jovem eu descobri que a vida era uma bosta.O ano era 2019.Via pessoas que tinham uma família perfeita na rua, crianças que podiam pedir qualquer coisa para seus pais que eles receberiam. Já eu e meus irmãos, sempre ouvíamos a mesma coisa.

— Não posso comprar agora.

— Isso é muito caro, meu filho.

  — Se eu comprar isso, não teremos o que comer hoje.

  — Na volta a gente compra.

Por que eu e meus irmãos, não podemos ser normais? Por que a nossa família não pode ser normal?Um tempo depois, minha mãe estava namorando um cara que trabalhava em uma certa empresa, achei que finalmente seriamos feliz, mas me enganei, a noite eu via ele brigar com mãe, batia no meu irmão Cauê, gritava com minha irmã Julia. Eu não aguentava mais, eu não quero viver mais isso.

Aos 15 anos, decidi sair de casa e conseguir um emprego para tirar minha família da situação ruim. Mas não podia ficar triste. Olho no espelho e começo a sorrir. Agora, eu não vou chorar mais.

Vou me esforçar para tirar minha família da situação.

12 de março, 2019, 06:00

Acordo exausto mais tinha que me levantar para trabalhar, moro em um pequeno apartamento, a cozinha, banheiro e quarto era no mesmo cômodo, até porque eu não tinha muito dinheiro para alugar um de luxo. Já começo a me arrumar para poder ir para meu trabalho, eu era garçom de um pequeno restaurante, trabalhava de dia e estudava a noite, nas minhas tarde livre eu passava o dia todo estudando para sair dessa vida.  — Que saco, meu cabelo ta ficando grande.

Pego um ônibus e vou para meu trabalho, única maneira boa de economizar meu dinheiro o máximo possível, infelizmente o horário que eu pegava ônibus era sempre lotado, mas eu não posso reclamar, sempre agradecia de poder ir para meu serviço. 

— Você chegou atrasado de novo? Já sabe né?  — Essa linda garota de cabelos longos e escuro, era minha supervisora.

  — Eu sei, vou lá lavar o banheiro  — Por conta do ônibus sempre buscar muita gente, nunca consigo chegar no horário certo, por tanto tenho que fazer as limpezas do restaurante.

  — Ei, Micael  — olho para ela, percebo que ela havia mudado um pouco o seu corte de cabelo, estava linda daquele jeito.

  — Oi, Nataly. 

— Deixa eu te ajudar, não te entendo, você nunca reclama quando te mando Fazer isso  — Disse ela vindo em minha direção, seu olho castanho-claro era lindo, aquele olhar dela quando me encarava era perfeito. 

— É ruim fazer isso, mas só tenho a agradecer de estar aqui, preciso desse dinheiro mais do que tudo, sabe?  — disse eu pegando o balde e as vassouras.

  — Te entendo, eu era assim também, pera volta aqui, tem algo sujo no seu rosto  — seu toque era macio, seus lábios eram lindos e finos.

Começamos a fazer a limpeza antes que o restaurante abra, conversamos sobre nosso passado durante, ela não acreditava no que eu falava. 

— Você apenas com 15 anos tá trabalhando aqui? E desculpa pelo que aconteceu com seu pai.

  — Relaxa, eu não ligo para ele não.