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Ana Flávia Castela Point off view

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Ana Flávia Castela
Point off view

O dia foi altamente agitado no colégio por conta da festa que se realizaria a noite

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O dia foi altamente agitado no colégio por conta da festa que se realizaria a noite.

Algumas pessoas se posicionaram para ajudar na decoração da quadra assim como eu e Gabriela, porém, a mesma não estava presente.

Segundo ela, sua "investigação " sobre o rapaz que esteve ontem na aula de tecnologia, é o novo treinador dos meninos do time de Lacrosse.

Se eu não me engano, ouvi várias meninas murmurando algo sobre ele, que além de treinar é amigo de alguns dos membros do time e que inclusive, já saiu com algumas garotas do colégio.

Gabriela quando soube disso ficou mais euforia do que nunca ─ nunca á vi tão perturbada por causa de um rapaz ─ segundo ela, o rapaz tem o nome de Scott e tatuagens por quase todo o corpo, enfim... Ela pode não dizer com palavras mas tenho certeza de que há um interesse no rapaz da parte dela.

Subo alguns degraus da escada escorada na parede para colar o último cartaz e desço em seguida dando de cara com o idiota do Gustavo.

Reviro os olhos quando o mesmo fica à me encarar.

─ Perdeu alguma coisa? ─ Pergunto em um tom rispido

Vejo um sorriso de deboche se forma em seus lábios de um tanto carnudos e rosados.

── A vontade de ficar te olhando. ─ Responde rindo com as sobrancelhas arqueadas.

─ Então tape os olhos! ─ Dou ombros, me coloco para sair mas o mesmo fica em minha frente.

─ Sai daqui, Mioto! ─ Grito, porém não muito alto, mas o suficiente para que ele entendesse que está me irritando.

─ A quadra é pública, amor. ─ Reviro os olhos e tento passar, mas ele impede mais uma vez.

─ Me deixa passar! ─ Bati o pé. Ele sorri divertidamente.

Eu vou esmurrar esse moleque até ele esquecer o próprio nome!

─ Tento de novo! ─ Ele cruza os braços e me impede de passar mais duas vezes.

Bufo de tanta raiva, primeiro por ele estar tirando uma com a minha cara, segundo por ele ser mais alto e mais forte do que eu e se eu tentasse empurra-lo seria uma perca de tempo, o mesmo me ergueria com uma mão com total facilidade.

─ Ridículo! ─ Solto bufando

─ Palmito! ─ Indaga me fazendo arregalar os olhos que chegam doer.

Engulo em seco.

─ Vai se foder, Mioto! ─ Grito dessa vez alto e com impulso e força que nego não sei de onde faço menção de empurra-lo direcionando minha mão em seu peito.

Gustavo faz uma careta por me ouvi chamá-lo pelo sobrenome e então, antes que minhas mãos chegue em seu peito, ele pega em meus pulsos me rodopia bato de costas contra seu corpo.

Sinto algumas sensações estranhas e tento me soltar, mas como eu disse, ele é mais forte que eu.

O mesmo me empurrando me prensando contra a parede próxima me fazendo ficar de barriga grudada na parede e minhas mãos atrás das costas.

─ Me solta, Gustavo! ─ Digo com a bochecha na parede.

─ Então eu sou um Starboy ultrapassado, em amor... ─ Sussura em meu ouvido me causando alguns arrepios no pescoço.

O que há com meu corpo, agora!?

Reclamo comigo e penso em uma resposta afiada para dizer ao maldito Starboy.

─ Eu disse Starboy ultrapassado? Desculpe, eu quis dizer... ─ Viro um pouco meu rosto para ele que tem seus olhos presos em cada movimento que faço. ─ Starboy de quinta categoria!

Dou uma risada debochada e sinto ele me prensar mais contra a parede. Se é que isso é possível.

─ Não gosto dessa sua língua afiada, palmito. Lembro disso? ─ Me provoca roçando seus lábios em meu ouvido.

Engulo em seco e me recrimino pela reação do meu corpo.

─ Não me interessa o que você gosta ou não, Gustavo! ─ O mesmo encosta seu corpo contra o meu e começo a sentir dores na barriga e no pulso, fecho os olhos com força. ─ Me solta! Isso não tem graça, está me machucado!

No mesmo instante sinto o alívio e me viro ficando de cara a cara com o babaca, sinto que estava prestes a chorar.

Meu maior defeito ─ ser emotiva demais ─ Fecho minhas mão em punho e deixo às lágrimas escapem.

Nunca em toda minha vida alguém tinha me tratado com violência.

─ EU TE ODEIO, GUSTAVO! ─ Digo e saio correndo com as mãos no rosto

Nem percebo se tem alguém ali por perto, apenas sigo para o banheiro e me olho na frente do espelho.

Estava vermelha de tanta raiva, passei água no rosto e me analisei. Respiro fundo e enxugou com papel toalha.

─ Babaca, idiota, cretino! ─ As lágrimas vem novamente. ─ seu...

Abaixo a cabeça e começo a chorar de novo com as mãos apoiadas no balcão da pia.

Porque que você tinha que fazer isso?

─ Ei, você está bem? ─ Ouço uma voz e olho para o espelho.

Através do reflexo vejo Carolina, a garota que foi transferida junto de Maggie e Susie.

Enxugou os olhos com a costa da mão.

─ Estou bem. ─ Digo num fio de voz.

Não sabia ao certo porque estava chorando daquela forma.

Talvez fosse pelo fato dele ter tido a capacidade de quase me machucar, ou então, por ele ter me irritando, ou me chamando de palmito. Não sabia.

O que sabia era que fiquei muito magoada e com todas as minhas forças, odiaria Gustavo por toda a vida!

─ Tem certeza? Sente-se aqui. ─ Carol me conduz numa bancada branca que muita das vezes servia de banco.

 sᴛᴀʀʙᴏʏ | 𝗆𝗂𝗈𝗍𝖾𝗅𝖺 ✔︎Onde histórias criam vida. Descubra agora