Imã

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outra vez, eu me pegava observando-a. Depois do boato percorrer, ela não ficava mais refeitório. Ia até outro lugar onde supostamente se via segura.

Era como um ímã incontrolável, eu a observava discretamente todos os dias como uma forma de refúgio. Eu pensava que se ela visse aquilo, ao menos saberia um pouco do que eu sentia.

Boruto: — Aiai Kawaki, se continuar olhando pra sua princesinha vai ficar óbvio demais - Boruto tirou minha atenção dela e honestamente, detestei aquilo.

Kawa: — Cala a boca. - murmurei irritado e voltei a olhar em volta. Droga. Eu havia perdido ela de vista.

Shikadai: — Sério que a roxinha ainda não percebeu? - apenas suspirei ouvindo-os falar sobre aquele assunto novamente. Se eu pudesse escolher algo no exato momento, seria não estar perto desses idiotas. Era sempre assim.

Quando óbvio que eu gostava dela, em torno de Agosto, eles começaram a implicar ainda mais comigo. Talvez com razão?

No momento em que ela chegou a escola. Eu decidi que incomodá-la seria uma ótima opção para chamar sua atenção — me defendendo, eu tinha 11 anos na época — no fim aquilo manteu entre nossa relação e hoje em dia somos vistos como "inimigos" mas a realidade é que não é bem assim, nos damos bem de vez em quando.

As pessoas que eram tão apegadas aos clichês que colocavam coisas onde não existia.

Obviamente, Boruto e seus amigos perceberam que tinha algo de errado. Sempre fui um garotinho antisocial e quieto. Que dava medo em outras crianças. Porém com ela era diferente. Buscava sempre conseguir falar com ela, nem que fosse para pegar algum material ou conversar no meio de provocações.

Mitsuki: — Não podemos julga-lo, no início do ano também não percebemos. - Todos olharam para Mitsuki, incluindo eu.

Contudo, olhei discretamente, diferente de todos da mesa.

Boruto: — Oi? Você não percebeu? - o loiro riu escandalosamente. — Garoto do céu. Tá óbvio dês o quinto ano.

Kawa: — Vamos mudar de assunto? Daqui a pouco guém ouve e sobra pra mim

Shikadai: — E qual seria o problema de alguém ouvir? Não facilitaria as coisas pra você? - Ele tinha um ponto.

Entretanto, invés de concordar preferia revirar os olhos. Talvez meu ego alto atrapalhasse, apesar de que no fundo as palavras que quase saltavam eram "você está certo"

Boruto: — Ele tem razão, já está tarde. E depois desse boato tem até chance dela.. - Ouvir sobre aquilo novamente fez minha testa franzir. Embora que discretamente, perceptível aos que estavam a minha volta.

Aquele idiota boato. Esse de rumor tinha me incomodado tanto que eu nem conseguia descrever. Era notável a tristeza nos olhos de Sumire. A incomodação e a mágoa, qualquer pessoa que a conhecesse saberia de verdade sobre. E se ela tivesse feito cirurgias plásticas, qual seria o problema? Quando soube por ela mesma, fiz questão de descobrir quem espalhou isso e não foi complicado.

Sarah era uma garota vista aos meu olhos como "padrão" olhos azuis, cabelo loiro, roupas extravagantes com decotes ou saias curtas. Não sei como alguém conseguia usar aquilo em um ambiente escolar.

E honestamente, aquela menina se resumia em falsidade. Além de ter diversas amizades que ficavam próximas dela pela beleza e riqueza, qualquer oportunidade disponível de falar mal delas a loira não descartava.

Não podemos deixar de falar da aparência. Eu nunca prestaria atenção naquilo ou me importaria, porém, ela inventou sobre Sumire.

Segundo o que eu soube. Ela fez cirurgias, pintava o cabelo de loiro platinado todo mês — por isso que sempre estava todo ressecado — usava lentes de contato e as roupas eram da mãe dela da época que era adolescente.

Hipocrisia, não?

Em casa eu me via me perguntando o por que de ninguém estar esquecendo aquilo

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Em casa eu me via me perguntando o por que de ninguém estar esquecendo aquilo. Todos os rumores idiotas ou improváveis que surgem são esquecidos em menos de uma semana. Já se passaram duas e continuam a incomodando. Entre esse tempo, eu e ela nos aproximamos acidentalmente. A roxinha começou a não se importar muito com o que eu fazia — Não que se importasse — e aquilo fez uma diferença enorme. Talvez. Só talvez. Eu tivesse criado vergonha na cara para demonstrar meus sentimentos de maneira clara. Sendo realista eu só cansei de incomodá-la e ser literalmente ignorado. Possivelmente agora seria mais fácil dela perceber, se a mesma não fosse TÃO lerda.

Aos poucos, decidi esquecer esses assuntos e cuidar de mim mesmo. Não jogando videogame como uma forma de lazer e só me irritando, fazendo coisas que realmente melhore minha aparência.

Olhando-me no espelho. Pude ver meu cabelo com pequenos fios rebeldes. Não era complicado arruma-lo, só passava uma escova e ele ficava em perfeito estado. Eu tinha feito um piercing na língua a pouco tempo, acompanhado com o que ficava entre minha sobrancelha esquerda. Qual é. Eu sou perfeito, não tem o que melhorar.

Se bem que minha pele não estava das melhores.. Aish, claro que estava.

Talvez eu devesse melhorar o estilo. Ah, não tem o que fazer, eu ia a escola de uniforme mesmo. O que eu poderia mudar em mim que faria ela prestar atenção?

Eu bufei desistindo. Sumire não se importa tanto com aparência.. espera? Não ia ser um momento só meu?

Dei um grito abafado no travesseiro, buscando suplementos para a paz. Amar alguém é tão difícil assim?








Oioi gente! Esse capítulo foi mais para mostrar o lado do Kawaki. Parece que ele já sabe que gosta da nossa roxinha e planeja fazer algo pra que ela perceba, hehehehe

Não gostei tanto quanto achei que gostaria, espero que tenham tido outra visão. Dês o início eu pensei em fazer um capítulo menor que o normal, e como recompensa mais tarde postarei outro.

Qualquer dica construtiva é bem vinda. Planejo vários momentos deles antes do primeiro beijo, espero que tenham paciência.

E não se preocupem, planejo melhorar bastante minha escrita ao decorrer da história, como eu disse no primeiro capítulo, eu escrevo por diversão, não por obrigação! Beijos gente

Incurável - KawaSumiOnde histórias criam vida. Descubra agora