𝗡𝗢𝗨𝗩𝗘𝗔𝗨 𝓥𝗢𝗜𝗦𝗜𝗡 ; 🍊

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O dia estava quente, propício a uma bebida gelada com cubos de gelos em seu interior, e ficar na água pelo resto do dia

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O dia estava quente, propício a uma bebida gelada com cubos de gelos em seu interior, e ficar na água pelo resto do dia. No entanto, Hansol, ou Vernon para os íntimos, não tinha tanto tempo para apreciar o dia. Assim que o sol deu o seu primeiro raiar no céu, o rapaz estava de pé, arrumando a casa e indo regar e podar as laranjeiras que haviam em seu quintal. Removia lagarta que comiam impiedosamente suas folhas, adubava o solo para que ainda se tornasse saudável para as futuras Laranjinhas a crescerem, e por fim, as regava. Era a mesma coisa durante meses, até que finalmente chegasse a hora da colheita, o dia em que se fartava de suco de laranja, bolo, doces e vitaminas. Como todos o conhecia pelo vilarejo, ele não se importava em compartilhar cestas e mais cestas das frutas cítricas com todos, mesmo que no final não receba nada em troca. Até por que convenhamos, eram BASTANTE FRUTAS.

No entanto, antes que iniciasse o seu dia monótono e calmo, ele percebera pela janela de sua cozinha, uma movimentação por parte do vizinho ao lado de sua casa. Ele não esperava que alguém se mudasse para lá depois de tanto tempo por ali. Porém, aquilo pouco lhe importava, tendo em vista que não permaneceria ali tempo o suficiente. Chwe preparou seu café da manhã e logo se pós ao seu dia como os demais.

Vestiu apressadamente a jardineira verde escura e as botas amareladas, finalmente partindo para o imenso jardim apenas para cuidar das árvores que cuidava com tanto zelo.

Porém, antes que se excluísse em seu pequenino mundo em algumas horas, uma voz animada e doce ecoou pelos seus ouvidos. Confuso ele virou-se na direção em que ela veio, dando de cara com um rapaz de madeixas laranjas com uma touca verde. Ele sorriu. Assemelhava-se a uma laranja pequena.

— Bom dia! – O rapaz disse com alegria em seu tom de voz. Ele se apoiava na cerca branca com desenhos espalhados em suas pontas. Ele encarava animado o outro, este que o olhava sorrindo minimamente. – Sei que está muito cedo para te perturbar, mas poderia me ajudar?

Hansol encarou as árvores que estavam a sua espera e o rapaz alaranjado que também esperava uma resposta sua. Ele suspirou e encarou novamente o rapaz estranho.

— Precisa ser agora? – Ele questionou, se sentindo abatido por alguma coisa.

O alaranjado arqueou uma de suas sobrancelhas e ainda mantendo o sorriso, ele disse:

— Sim. Claro, se você puder. Tipo, é rapidinho, papo de uns minutinhos. Não vai precisar do dia todo. Por favor! – Conforme ele fala, ele se gesticulava demais, ao ponto de Hansol achar graça de sua forma de agir.

Hansol ponderou por alguns segundos e balançou a cabeça em negação.

— Desculpa, estou ocupado. – Chwe disse dando de costas para o rapaz que murmurou algo e saiu da cerca, lhe deixando em paz.

Não demorou muito para que ele retornasse aos seus dias monótonos. Podou a árvore, retirou as lagartas que comiam suas folhas, adubou o solo mais uma vez e por fim, regou cada muda de árvore. O cheiro leve de terra molhada e laranja pairava no ar. Era uma sensação de paz sempre que o mesmo inalava aquele cheiro, que acalmava quase que imediatamente o seu coração.

𝓜eu pé de Laranja | VERKWAN Onde histórias criam vida. Descubra agora