𝓜eu pé de Laranja Lima| VERKWAN

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O sol surgia pelas frestas da cortina do quarto de Seungkwan, este que se revirava no colchão, mas algo solido o apertou, que o fez despertar lentamente, ainda perdido entre o sono e o real. Apertou os olhos e encarou com a visão borrada o seu quarto iluminado. Ele suspirou, sentindo um doce odor de laranja, que o fez sorrir e se aninhar cada vez mais para sentir o cheiro doce. No entanto, ele sentiu uma risada vibrar e seu corpo ser cada vez mais apertado. Finalmente ele abriu os olhos e olhou pra cima, vendo Hansol o encarando rindo enquanto acariciava seus fios bagunçados.

— Bom dia, dorminhoco. 

Seungkwan piscou algumas vezes, ainda tentando entender a situação. O calor do abraço e o toque suave nos cabelos eram confortantes demais para ele querer sair dali, mas a surpresa o fez despertar um pouco mais rápido. Ele abriu a boca para dizer algo, mas só conseguiu rir baixinho, ainda aninhado no peito de Hansol.

— Bom dia... – Murmurou, com um sorriso envergonhado. — Espero que não tenha sido um travesseiro muito pesado.

Hansol deu uma risada baixa, afagando os cabelos alaranjados com um carinho natural.

— Travesseiro nenhum conseguiria ser tão inquieto. – Ele brincou, o tom de voz suave e leve. — Mas não me importei. Quer dizer, se quiser usar meus ombros assim mais vezes, por mim tudo bem.

Seungkwan sentiu o rosto esquentar e desviou o olhar, um sorriso ainda mais largo e bobo surgindo em seu rosto. Aquilo era novo para ele, mas a simplicidade e a sinceridade de Hansol faziam tudo parecer fácil, quase natural.

— Talvez eu aceite a oferta... – Disse ele baixinho, ajeitando-se um pouco mais ao lado de Hansol e fechando os olhos novamente. — Mas só se o travesseiro não for embora antes do café.

Hansol riu baixinho, apertando Seungkwan em um abraço mais próximo, o carinho que passava pela mão nos fios de cabelo alaranjados como um lembrete de que aquele era, de fato, um dos melhores despertares que já tivera.

— Eu não iria embora nem se quisesse, não depois dessa negociação tão convincente – Brincou Hansol, fazendo Seungkwan soltar uma risada envergonhada.

Eles ficaram ali por alguns minutos, apenas aproveitando a companhia um do outro, até que Hansol sugeriu que fossem tomar café. Seungkwan, finalmente espreguiçando-se de verdade, concordou com um murmúrio contente, sentindo-se em paz ao compartilhar a manhã com ele.

Depois de comerem juntos, os dois seguiram para o jardim, onde Seungkwan se ocupou em cuidar das suas plantas com delicadeza. Hansol o observava com admiração, os olhos acompanhando cada movimento enquanto Seungkwan regava as flores, concentrado e com um sorriso tranquilo

 Havia algo tão encantador na maneira como Seungkwan cuidava das flores, como se derramasse um pedacinho de si em cada uma delas. Sem perceber, Seungkwan terminou de regar e virou-se, dando de cara com Hansol, que estava a apenas alguns centímetros de distância.

— Hansol? – Ele murmurou, um tanto surpreso.

Antes que pudesse reagir, Hansol se inclinou e, com um sorriso suave nos lábios, lhe roubou um beijo doce. Foi breve, mas o suficiente para fazer o coração de Seungkwan acelerar. Ele sentiu as bochechas esquentarem e seus olhos, por um segundo, permaneceram fechados, tentando absorver aquele momento.

O toque foi suave, e o coração de Seungkwan acelerou. Ele corou, esquecendo das flores por um instante, e quando Hansol se afastou um pouco, Seungkwan, com um sorriso tímido e os olhos brilhando, puxou-o de volta pelo rosto num gesto espontâneo. Encostou os lábios nos dele novamente, com uma doçura que quase escapava em risos, mas, na ânsia de se aproximar ainda mais, ambos perderam o equilíbrio e caíram na grama, rindo juntos.

Deitados ali, com os rostos próximos e os lábios ainda tocando-se suavemente, não conseguiam parar de sorrir. Os risos de ambos se misturaram ao som suave do vento e do farfalhar das folhas ao redor. Seungkwan, deitado ao lado de Hansol, ainda sentia as bochechas aquecidas e o coração acelerado, mas não conseguia deixar de sorrir.

Hansol soltou uma risada baixa, os dedos deslizando levemente sobre o rosto de Seungkwan enquanto ele observava cada detalhe, desde o brilho suave nos olhos até o rubor nas bochechas.

— Por que você me beijou, Hansol? – O alaranjado questionou, sorrindo e encarando seus olhos ao mesmo tempo em que apreciava o carinho em suas bochechas.

— Não sei. Você estava bonito. Por que você me beijou, Seungkwan?

Seungkwan desviou o olhar por um momento, um sorriso envergonhado surgindo em seus lábios. Ele ainda sentia o toque do Chwe , suave e confortante, enquanto seu coração batia rápido, como se tentasse acompanhar o rubor que teimava em aquecer suas bochechas.

— Talvez... porque você também estava bonito – Ele respondeu, baixinho, antes de soltar uma risadinha tímida. — E porque parecia o momento certo. Não sei... eu só senti que queria fazer isso.

O rapaz sorriu, o olhar aquecido ao ouvir as palavras do garoto. Ele se inclinou, encostando a testa na dele, e ambos fecharam os olhos por um instante, deixando o silêncio falar por eles. Quando Hansol abriu os olhos novamente, sua voz saiu num sussurro carinhoso:

— Então, acho que estávamos certos.

Hansol sorriu ainda mais e, sem hesitar, começou a distribuir uma sequência de beijos leves e rápidos por todo o rosto de Seungkwan: na testa, nas bochechas, no nariz, até no queixo. Cada beijo vinha acompanhado de uma risada baixa, divertida, enquanto Seungkwan tentava protestar em meio a risos, mas era inútil. A cada toque suave dos lábios de Hansol, ele ria ainda mais, com o rosto corando de alegria.

— Hansol! – Boo tentou dizer entre risadas, tentando afastar o rosto para escapar dos beijos, mas sem conseguir esconder o quanto estava se divertindo.

Vernon apenas continuava, rindo junto enquanto o segurava delicadamente, como se não quisesse deixá-lo fugir daquele momento.

— Não adianta, Seungkwan – Ele brincou, fingindo um tom sério, mas com os olhos brilhando de diversão. — Beijos infinitos para alguém especial.

Seungkwan riu alto, desistindo de se afastar, apenas aproveitando o carinho e a leveza que Hansol lhe proporcionava, sentindo-se mais feliz do que jamais imaginara.