Mi pasión

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Seus pulmões imploraram por ar, então, Matheus dava pequenos selinhos nos lábios inchados de Matias, que estava em deleite recebendo esse carinho. Sem pensar muito, ele mordeu os lábios do mineiro, com vontade de mais daquele beijo.

Ele abriu os olhos, saindo da ansiedade do beijo, percebendo a situação em que se encontrava, não acreditando no que tinha feito, arregalou os olhos, seu rosto tomou um tom de vermelho avassalador e suas pernas vacilaram e sair do aperto tão bom do moreno.

Ele correu em direção a cachoeira, queria se afogar de tanta vergonha que estava sentindo, ele mergulhou bem fundo, sentindo a pressão da agua e podendo sentir e ver as rochas em baixo de si.

Enquanto isso, Matheus totalmente desesperado, tentava tirar suas roupas de forma atrapalhada, ficando apenas com sua cueca vermelha, ele pulou na água, tentando a todo custo chegar até onde o de cabelos compridos estava.

Assim que Matias emergiu da água viu uma cena que o fez soltar uma risada sincera, Matheus apavorado tirando suas roupas e pulando na água era uma visão que ele não esperaria rir, mas fez mesmo assim com o seu coração tomando um sentimento quentinho que ele ainda não sabia nomear.

Foi quando o mais alto percebeu que Matheus estava nadando atrás de si, arregalou novamente os olhos e mergulhou nas águas cristalinas afim de fugir do rapaz.

Ele não sabia exatamente porque fugia do mineiro, mas sabia que o outro fazia se sentir como se estivesse em outro mundo e isso era assustador, principalmente se é a primeira vez sentindo isso. Matias nunca sequer tinha beijado e ele acabou de fazer isso com um homem que deixava sua mente totalmente confusa, o fazendo se atropelar em pensamento conflitantes dentro de si. Ele nunca realmente desejou alguém, nem mesmo no sentido mais carnal, ele nunca se envolveu com nenhum homem ou mulher e olha que não faltaram pretendentes.

Ele não foi criado por sua família biológica, cresceu na casa de uma das amigas de sua mãe, foi criado e educado por ela e assim que fez dezoito, saiu de casa e foi viver livramente na natureza. Fazer contato com pessoas nunca fora o seu fortes na verdade ele era terrível nisso, em quesito romance sempre teve muita vergonha.

Mas desde ontem, quando fugiu dos braços fortes de Matheus, não parava de pensar no mesmo. Ele fazia o seu interior se remexer por inteiro, uma felicidade genuína crescia em seu peito de maneira natural, como se já tivessem predestinados. Talvez ele devesse só aceitar esse "rolo" que estava tendo, mas tinha medo de se apegar e o outro o querer para nada mais do que um corpo quente a se aquecer. Ele tinha muito medo que Matheus fosse assim, porque desde a primeira vez que se viram, ambos se sentiram totalmente conectados, que não importava o que acontecesse, nada no mundo os faria se separar.

Mas ele continuava nadando, fugindo do aperto quente do homem de cabelos castanhos.

- Matias! Espere...!

Então como se o seu coração comandasse todo o seu corpo, ele realmente parou, emergiu novamente e esperou até que o outro chegasse perto novamente. O barulho satisfatório da cascata inundando os ouvidos de ambos.

Eles se enviaram intensamente, as memórias do beijo ainda fresca em suas mentes não ajudando na sanidade de nenhum dos dois.

- O que ocê quer comigo Matheus? - A carranca voltou a face do mais alto.

- Eu quero tudo concê - Ele disse risonho, chegando ainda mais perto do de cabelos compridos - Eu quero tudo que envolva ocê - Seus dedos alcançaram os lábios rosados de Matias, fazendo o outro abrir de leve a boca.

Eles ficaram um tempo assim, perdidos em olhares profundos.

- Faz aquilo de novo.

- O quê? - Matias voltou a realidade.

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