CAPÍTULO 01

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Eu estava terminando de passar os balões de festa no caixa e pagando logo em seguida. Era o aniversário do meu padrasto hoje e eu meio que fui obrigada a vim ao supermercado pra’ comprar algumas decorações, bem eu adoro aniversários então não foi tão difícil me convencer a vim. Eu pego as sacolas que continham balões, brigadeiro, beijinho, alguns confetes para os docinhos, e junto com duas velas do número cinco. Eu chego em casa após 10 minutos andando, apressada para esconder as coisas eu vou para a cozinha, encontrando a minha mãe lá. 

— Comprei tudo que você mandou. — Eu coloco as sacolas sobre a bancada da cozinha e suspiro. — Já foi buscar o bolo?—

— Eu vou daqui a pouco, estou esperando uma visita. — Minha mãe fala olhando o celular, logo ela guarda o celular e olha as coisas na sacola de compras. — Me ajuda a enrolar os brigadeiros?..—

— Sério? — Eu falo sem vontade alguma.

— Vamos, eu vou ter que fazer companhia a visita e não deixar o seu pai entrar na cozinha.— Eu reviro os olhos quando ela cita que ele é o meu pai.

— Meu pai está bem longe, então não precisa se preocupar com ele.— Eu reviro os olhos novamente, um costume que eu tinha que rever. — Vai logo, eu cuido disso.

— Obrigada, linda. Você é a melhor. — Ela me dá um pequeno selar no topo da minha cabeça.

— Para de falsidade. — Eu falo rindo, ela sorri e me manda um beijo de longe, exagerando um pouco. 

Minha mãe sai da cozinha e eu vou para a pia rapidamente para lavar as mãos com sabão. Após isso, eu pego o brigadeiro que está pronto e começo a fazer pequenas bolinhas de chocolate. Quando eu finalmente termino de enrolar os brigadeiros eu escuto uma movimentação na sala, provavelmente a tal da visita que chegou. Antes de eu ir espiar quem era, eu pego alguns brigadeiros — eu tinha que receber alguma recompensa.— Eu lavo a minha mão novamente para tirar os resquícios de chocolate e vou até a porta da cozinha que fica entre a sala. Eu dei uma olhada sem querer receber atenção e ver se era alguém que eu conhecia, para talvez, eu me trancar no quarto até a hora do parabéns. 

Eu observo e não consigo reconhecer quem era a pessoa. Era um homem alto e bonito, mas parecia ser velho, provavelmente era amigo do Maurício. O homem desconhecido era elegante e usava uma roupa social. Eu encarava o homem e, às vezes, admirava a beleza dele, até que os seus olhos foram de encontro ao meu, no pequeno desespero eu arregalo os olhos e volto para dentro da cozinha ficando atrás da bancada.

—Idiota, por que eu corri!? Agora ele vai realmente achar que eu estava olhando para ele, não que eu não estivesse, mas pelo menos dava para disfarçar. Sou uma idiota mesmo.— Eu penso, batendo a mão na testa e apertando os olhos com vergonha. Eu suspiro e pego o meu celular e meu fone em cima da bancada e vou até a porta dos fundos, que felizmente fica na cozinha. No quintal havia uma vista incrível, cheia de flores, algumas árvores, uma piscina média e o mais bonito da paisagem, um balanço pendurado em uma grande árvore. Eu me lembro quando eu era pequena e ficava aqui com a minha avó. Sorrio com o pensamento e me sento no balanço. Conecto o meu fone no celular e coloco na minha playlist. Eu suspiro, sentido o aroma das flores recém-brotadas e fecho os olhos enquanto me balanço levemente.

Por conta da música alta, eu não escutei alguém chegando em mim, eu apenas sinto alguém tocando levemente no meu ombro, eu dou um pequeno pulo com o toque repentino e tiro os fones. Olho para o lado e vejo o homem que estava na sala, agora estava do meu lado com um sorriso no rosto — e que sorriso, meus amigos.— Minha respiração engata levemente e meus olhos arregalam. O que ele estava fazendo aqui? Acho que ele leu a minha mente, já que ele logo se propôs a falar.

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⏰ Última atualização: Apr 05 ⏰

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