AVISINHO BREVE: pessoal, os personagens do início do capítulo não tem um enredo aprofundado por se tratar de um 'oneshot', blz?
(mas detalhe: o começo é importante porque traz referências pro meio e o final)
é o primeiro que eu escrevo e demorou pra caralho, mas eu curti. espero que vocês gostem, também :)
boa leitura!Acho que meus pais pensam que tem sangue azul, ou sei lá, que são melhores que as outras pessoas. Eles nunca cometem erros, se eu me equivocava em algo, era porque eu nasci naturalmente estragada.
Eu tinha acabado de fazer dezessete anos quando fui detida por ter dirigido bêbada no carro de umas meninas do colégio. Foi durante um rolê de aniversário não-planejado e definitivamente não-esperado. Eu nem lembro da cara daquelas meninas, tava toda fodida de tequila barata.
A cadeia é um lugar nojento, mas ir pra lá meio que deu um jeito na minha vida. Assim que saí, recebi a bronca do século, mas logo fui mandada pra morar com meu tio Derek. Lembro da minha mãe dizendo que não me considerava mais filha dela e meu pai chorando às escondidas.
Eles sempre me superprotegeram pra que eu não me tornasse uma "bandida" igual meu tio, mas por um deslize adolescente, fui "punida" — entre muitas aspas, pois acabou sendo um presente me mudar e esquecer que tinha família.
O tio Derek já foi preso algumas vezes, ele sempre foi problemático e considerado a ovelha negra da família. Jurava que não me aceitaria em sua casa, nunca nos falamos direito porque eu era proibida, mas ele me recebeu de braços abertos — e suados. Provavelmente estava chapado na hora, isso explica o olhar surpreso que recebi quando ele me viu cozinhando na manhã seguinte.
Nossa relação é uma coisa estranha, mas eu não me preocupo nem um pouco. Já fiz vinte anos, tenho minha vida e ele tem a dele. Às vezes dou uma de babá desse velho barrigudo, quando não me resta escolha. O que eu vou fazer, afinal? Deixar que ele morra de fome, afogado na própria sujeira? Claro que não.
— Você não tem que ir trabalhar, não? — pergunto ao Dave, que está plantado no balcão há quase uma hora.
— Hoje eu só entro mais tarde. — ele responde, mastigando uma bala da máquina ao nosso lado.
Dave é meu amigo. O único que eu ando pra todo lugar, à toda hora. Sem "melhor", só amigo mesmo. Até porque ele é o único que me aguenta.
Meu emprego é de caixa num quiosque de conveniências, e como a loja de bebidas que Dave trabalha é logo em frente, ele sempre vem me falar alguma asneira. Ou só me encarar, como agora, né? Deve estar achando que eu vou deixar ele me dedar.
Não vou mesmo. Foi só uma vez, pra nunca mais.
— Quem determinou isso? — questiono de sobrancelhas juntas.
— Meu chefe. Quer ligar pra ele e perguntar? — Dave pega o telefone do caixa e o estende pra mim. Eu tiro o aparelho da mão dele e encaixo no lugar de volta. — Tá querendo se livrar de mim? Assim tão cedo?
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𝑷𝑶𝑻𝑹𝑨𝑵𝑪𝑨, brad pitt
Fanfiction[𝐎𝐍𝐄𝐒𝐇𝐎𝐓] onde corinne acaba envolvida num passeio noturno não-proposital com um suposto amigo de seu tio criminoso.