É, pelo visto eu morri congelado, soa muito estupido, não é? O mais engraçado é que continuo com meu diário, acho que dá pra trazer coisas pro pós vida, se isso pode ser considerado um pós vida.
É praticamente uma sala escura, não tem nada aqui, a não ser uma luz, que porra é aquela brilhando?— Bem vindo, Alexandro, esse é o centro de almas. — disse a entidade brilhosa
— Centro de almas? Que porra é essa. — Digo enquanto olho ao redor.Todo o ambiente é escuro, porém quando me aproximei da entidade, consegui ver uma sala com pilares de mármore branco, coisa chique. Tinha também a cadeira aonde aquele troço tava sentado, dava medo, uma sensação de inferioridade, talvez porque eu seja inferior, sinistro.
— Bom, meu jovem garoto. Aqui é aonde vemos sua alma e preparamos sua reencarnação, preparado?
Eu não tive escolha. Quando ela acabou de falar, a sala começou a ter um tom avermelhado, o mármore que antes era branco, se tornou um vermelho sangue, a entidade que antes era feita de luz, escureceu, ela sabe de algo.
— Garoto, você não terá opções, o que você fez foi imperdoável. - disse a entidade com repúdio na voz.
É, ela sabia. Tudo que me lembro é a sala toda brilhando e o chão desaparecendo, eu comecei a cair e desacordei.
Não sei quanto tempo se passou, mas quando eu acordei, eu não estava mais naquela sala, não. Eu estava numa floresta, de onde ela surgiu? Comecei a andar por ela, sem muita escolha aparentemente, tudo que conseguia ver era árvores, insetos, árvores, o céu roxo? Ah, quase me esqueci, tinha mais árvores. Continuei andando por coisa de 15 minutos, minhas pernas já estavam doendo, será que não existia população? Foi oque eu pensei, até ver algo, árvores, porém dessa vez não árvores normais, e sim azuis, isso deve significar algo né? (spoiler: não significavam). Quanto mais eu andava mais admitia a mim mesmo que ia morrer de novo, já estava quase convencido, até que ouço uma voz gritando:
— Amanda, cadê você? — Gritou a voz até então desconhecida.
Não conhecia essa voz, não fazia ideia de quem era, mas virou minha heroína. Comecei a correr em direção a voz , e lá estava a minha heroína, com sua pele enrugada, bengala na mão, e postura duvidosa, adorei ela.
—Ei, senhora, você conseguiria me ajudar? — Perguntei pra ela me aproximando.
Depois disso eu apaguei.
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Diary Of Another Universe
Ficción GeneralApenas um diário de um mendigo com um pouco de fantasia, preciso dizer mais?