𝐂𝐀𝐏 𝟏𝟐

187 20 15
                                    

20:29

lá vem- digo quando ela começa a me puxar para um canto.

—olha só, eu fui lá levar o Brady na quadra né- ela diz sorrindo

—sim

—ai quando a gente tava passando pelos balanços, a gente achou uma casinha de máquinas lá- ela diz gesticulando

-tá- digo querendo que ela continue

— ai a gente entrou pra ver o que tinha dentro- ela diz — só que aí acabou que...-corto ela no mesmo momento

—VOCÊS SE PEGARAM NA CASA DE MÁQUINAS?!- digo alto e arregalo meus olhos

— CALA A BOCA- ela diz

—desculpa-digo — mas lá não tinha barata não?! Se tiver me avisa que eu levo para casa.

Esses dias minha irmã achou uma baratinha filhote no sofá da sala, então ela colocou em um pote, fez um furo, colocou umas folhas e colocou o nome de Bob. Só que no dia seguinte ela foi abrir o pote para entrar mais ar e o Bob fugiu. Ela acha que ele está perdido, mas na verdade eu encontrei ele no meu quarto e acabei matando.

— vai adotar uma barata de novo?- Alice diz

— NÃO! Mas isso não é importante. FOI DO NADA- digo

vou levar ele na quadra mais vezes- ela diz rindo.

— faltam dez minutos para a brincadeira acabar- diz Brady quando os dois chegam em nosso lado

— acho melhor a gente já ir voltando- diz Alice

vamos caminhando lentamente até o lugar onde a brincadeira foi iniciada. Quando passamos pelos chalés, vemos Bianca e Ana saindo da enfermaria que fica atrás do nosso chalé.

— Cansei, quero ir dormir- diz Bianca

— e eu quero ver a live do Cellbit- digo lembrando que ele iria fazer live hoje

— o cara resolve fazer live logo hoje mano- diz bianca batendo a mão em sua perna.

Escutamos a voz de um monitor nos auto-falantes que ficam espalhados por todo o acampamento, dizendo que a brincadeira tinha encerrado que deveríamos ir para o salão onde a brincadeira começou.

Vamos andando até o salão conversando sobre onde procuramos e mais algumas coisas sobre a brincadeira, logo passa algo pela minha cabeça: a minha avó.

Uma semana antes do acampamento, minha vó foi para o hospital. Ela já tem câncer a um ano, mas nesse último mês ela piorou muito.  Eu estou muito preocupada com ela, mas tento não pensar nisso, pois eu espero muito que ela fique bem.

— ei, tá tudo bem?- Walker pergunta quando chega ao meu lado

— sim!- respondo

Ninguém sabe que minha avó está no hospital, não tem necessidade de eu contar a eles sendo que vai ficar tudo bem! Né?

Saio dos meus pensamentos quando chegamos no salão, sentamos novamente em um canto e continuamos a conversar.

O monitor começa a perguntar algumas coisas sobre a brincadeira, os professores que foram achados e essas coisas.

Quando ele acaba de explicar tudo, ele diz para irmos ao chalé, pois já está na hora de ir para o quarto.

Me levanto e vou em direção a monitora que irá com a gente para o chalé, olho para trás e vejo as meninas se levantando também e vindo em minha direção.

Chegamos no chalé e nos preparamos para dormir, sentamos na cama e começamos a conversar sobre assuntos diversos.

— Vou apagar as luzes em cinco minutos meninas, então já vão deitando e parem de conversar pois vocês precisam descansar- diz uma monitora.

Pego meu cobertor e arrumo minha cama para ir dormir.

— Boa noite gente - Ana diz.

— Boa noite- respondemos em uníssono.

Confesso que estou com muito sono, então provavelmente irei dormir rápido hoje.

Vejo todas as luzes do chalé serem apagadas e fecho meus olhos para ir dormir.

amanhã será um longo dia.

———————————☆——————————

DEMOROU MAIS SAIU

THE CAMP - Walker Scobell Onde histórias criam vida. Descubra agora