Eu acho que, não, não acho nada, sair daquela casa foi a melhor coisa que fiz. A minha mãe ficou falando o quanto eles me amavam, que eu sou a única filha que não apanhou, porque ele era completamente apaixonado pela "Pequena". Esse nome, esse nome me foi dado porque eu sou muito mais nova que os meus irmãos, tenho 35 anos hoje, e os meus irmãos tem por aí mil anos....
— É para falar sério? Estou falando sério, eles são velhos.
— Não me diga o que fazer idiota! Eu vou falar o que eu quiser.
Estão nos 50, ou 40, não gosto de falar daqueles falsos. Gosto de falar de mim, enfim. Depois daquele sermão que a senhora Emily me deu, no dia seguinte, eu alcancei a minha liberdade...
— Eu já disse que você vai estudar na Órion! Onde eu posso te controlar. — dizia o meu pai logo pela manhã na sala de estar.
— Por que não posso decidir onde estudar? Por que nunca me ouve? Me trata como uma criança. — gritava eu com braços cruzados, um pijama no corpo e a cabeça a doer como nunca.
— Mercedez, quem você pensa que é?! Eu te trouxe a este mundo, e posso tirar-te dele! — meu pai jogou a sua pasta no sofá, chegou perto de mim, fez aquele olhar, aquele que só ele sabia perfeitamente.
— Marido, não faça isso, é a pequena, a sua filha favorita... — minha mãe, enquanto se lançava para frente de mim.
— Mercedez, me ouça pela última vez! Se você sair por aquela porta, não pense que terá o meu apoio, e nunca mais volte aqui! — o olhar dele chegava à minha alma, na divisão da alma e do corpo.
Meu pai saiu para trabalhar, a minha mãe implorou para que eu não fosse, mas eu estava decidida. Eu ia viajar pelo mundo com o meu namorado, e os meus amigos, eu disse que iria estudar só para receber algum dinheiro deles, mas, não foi isso que aconteceu...
No mesmo dia, a minha mãe me vendo arrumar as roupas.— Pequena, filha, por favor não faça isso. Você vai comer o que lá? Vai dormir aonde? Pensa! — minha mãe encharcada de lágrimas.
— Eu me viro, terei ajuda. — falava confiante, confiava no meu namorado, nos meus amigos, especialmente na Whitney.
Saiu, e poucos minutos depois, voltou com um cartão dourado, um cartão que chama atenção de qualquer um.
Eu acendi um sorriso, e os meus olhos cresceram. — Mãe, sério? Obrigada! — enquanto aproximava para receber o cartão.
Ela esquivou, olhou para mim. — Filha, vou te ensinar uma coisa muito importante para a vida. Nunca, mas nunca mesmo use este cartão para coisinhas, use somente quando não restar mais opção, é o cartão que o seu pai preparou para quando fizesses 18 anos. Tem 2 milhões de dólares — ela falava, mas eu só entendi 2 milhões.
— Mãe, muito obrigada! — enchi o rosto dela de beijos.
— Mercedez, é sério. 2 milhões parece muito, mas para onde você quer ir, não é tanto assim, seja sábia. E outra coisa, eu sei que você anda com o sobrinho dos Greyson, é isso que você quer? — ela olhou no fundo dos meus olhos como se soubesse que eu não iria estudar...
Os meus pais tem uma rede de espiões que dão a eles tudo que eles querem saber, todos os meus irmãos, os meus avós, e eu, estávamos debaixo da mira deles, acho que membros de governos também, de vários países...
O Peter chegou na minha casa, e mostrava que o carão dele tinha buzina. Eu estava na porta, e acenei para ele, a minha mãe atrás de mim, com o olhar furioso dos Oeing, mirava o coitado, ele se encolheu no carro, e baixou o volume da música...
— Você tem certeza que quer fazer isso Mercedez? — Falava enquanto cruzava os braços.
Ela sempre foi muito bondosa, mas ela tem um lado, que pouco aparece, um jeito meio frio e calculista. Na verdade, a minha mãe sempre teve todos na sua mão. Chegou a ser diretora-geral do SIS (Serviços de Inteligência e Segurança), uma organização secreta, recebeu treinamento militar especial, foi candidata à presidência, não ganhou porque o meu pai não quis. Eles dois são a combinação perfeita, T.O., genialidade e brutalidade, Emily Oeing, frieza e sagacidade, Bonnie e Clyde. O casal multi-bilionário...
— Claro que sim! Eu sei o que estou fazendo, estou a viver a minha vida. — com uma mala na mão, caminhava na direção do Peter, com um sorriso...
Minha mãe olhava para o Peter da mesma forma que o meu pai olhou para mim mais cedo, é como se fosse telepatia, ela transmitia uma mensagem muito clara...
— [Ouse fazer algum mal a minha filha, e eu te faço desaparecer, tu e toda a tua família!] — sem piscar, olhava para o Peter...
Eu entrei no carro, olhei para o Peter, em seguida para a minha mãe...
— Amor, o que foi? Estás pálido... — a mensagem que a minha mãe enviava era só para ele...
— Nada, conseguiu?— aumentou o volume, e colocou a mão no volante.
Mostrei o cartão, com um sorriso. — O que acha?! —
Ele me deu um beijo, e seguiu viagem, rumo ao aeroporto.
Olhava para o carro ir embora. — Não brinca comigo Greyson, vou destruir todos que partilham o mesmo sangue que tu. — entrou na mansão, enquanto segurava a raiva, vigiou as governantas, e descarregou a sua raiva na mobília.
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Zilionário: A Saga do Magnata Global
Non-FictionO idoso patriarca de uma dinastia de bilionários, transfere o controle de seu império global para o seu neto, um jovem coreano-israelita, que se torna no homem mais rico da história contemporânea.