Capítulo 2

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Alec Scott

sou super responsável e controlador, tanto na empresa, como em um bar, de elite, na esquina

sou o tipo de cara, que quando vê, uma ótima oportunidade, em qualquer quesito, da minha vida, não deixo passar e agora estou aqui, na frente do espelho, arrumando a minha gravata e esperando me ligarem, para me avisarem, que meu táxi chegou

cinco minutos depois, meu celular tocou

peguei minha mala e desci e assim que pisei na calçada, o carro parou

o taxista guardou minha mala, no porta-malas e me direcionei, para dentro do veículo

-Para onde?

-Aeroporto, o mais próximo.

o caminho durou uns 15 minutos e enquanto revisava algumas papeladas, o motorista recebeu uma ligação, recusou, nas duas primeiras vezes, mas atendeu, na terceira

-Amor, estou trabalhando, depois te ligo, eu sei que fiquei de levar a Eva na escola, mas tive um imprevisto, pedi para sua irmã levar ela, ... exatamente, também te amo, até mais.

ele desligou o celular e o guardou, na calça

-Desculpe, era a minha mulher.

-Sem problemas.

tirando a falta de profissionalismo, se chegássemos vivos ao local de destino, já estaria de bom tamanho

-E você, é casado?

-Eu?

ri, internamente

-Com certeza não, meu único relacionamento sério, é com o meu trabalho, as mulheres, são só um passatempo.

chegamos no aeroporto e logo embarquei, me sentei na janela e fiquei aliviado, por não ter ninguém do meu lado, normalmente, só interagia com as pessoas em função do meu trabalho, ou por sexo, por mais que não tenha dado muito certo, da última vez

cerca de uma semana atrás, conheci uma garota, em um bar, falei que era apenas sexo, sem compromisso e ela concordou, mas nos dias seguintes, ela me ligava, dizendo que nunca tinha sido tratada, daquele jeito e que queria repetir, parecia lunática e não quis ver ela de novo, que culpa tenho eu, se ela nunca foi fodida de verdade?

Los Angeles me esperava, fazia 1 ano que não ia para lá, minha mãe, a essa altura do campeonato, estava muito puta, era para ter ido no seu aniversário, mas fiquei preso no trabalho, desconfiava que meu pai me encheu de tarefas, propositalmente, para não conseguir viajar

tentei relaxar e coloquei meu fone, o som estava quase no último volume e isso, fazia meu cérebro parar de funcionar, pelo menos, por um tempo

Magg tinha me mandado mensagem, perguntado que horas iria chegar, ela queria me encontrar, assim que descesse do avião, mas como não sabia o horário exato, acabei dando uma margem

estava voltando, porque além de ver minha mãe e minha irmã, tinha um negócio - enorme a ser feito

meu pai tinha negociado a compra de um bar e planejava derrubar e construir um hotel no lugar, só precisava assinar alguns papéis e pronto, colocar tudo para o chão

pelo que meu pai tinha dito, a dona do lugar, acabou vendendo para um dos sócios da empresa, que fica em Los Angeles, uma filial e como eu já planejava voltar por uns dias, meu pai deixou nas minhas mãos, para terminar de resolver, as burocracias

todos da Scott eram respeitados, eu cresci lá

no Canadá, aprendi muita coisa e com 20 anos, algumas coisas já eram responsabilidades minhas e agora, como meu pai vive viajando, com sua nova esposa, eu que tomava conta da empresa, de lá

depois de algumas horas no céu, finalmente tinha chegado e estava louco, por um café, mas foi só o tempo de pegar minha mala, que braços envolveram o meu pescoço, em um abraço

só conhecia - uma pessoa, que seria capaz, de desrespeitar, o meu espaço pessoal, por sorte, vindo dela, eu não me importava

-Magg.

falei, a abraçando, mas a soltando, dois segundos depois

-Estou aqui já fazem 2 horas, poderia ter sido mais preciso.

-Saudades de você também, irmãzinha.

ele envolveu, meu rosto, com as duas mãos e me encarou

-Você precisa fazer essa barba.

informou

-É o charme.

três dias, apenas três dias - sem raspar

-Vamos, nossa mãe está quase tendo um ataque de nervos.

por sorte, Magg tinha ido de carro, então não precisamos esperar

-Como foi a viagem?

perguntou, aumentando o som da música, que tocava no carro, era Toxic, da Britney Spears, previsível

-Ótima, ouvi músicas incríveis, não desse tipo, que você gosta.

ela me olhou de cara feia, ao mesmo tempo que seu celular tocou

-Olha para mim, por favor.

peguei seu celular, que estava no compartimento do carro, entre nós dois, desbloqueei a tela e li

-Olívia, foto de gatinho no perfil, diz : vai trabalhar hoje? Preciso que esteja lá, oito horas.

-Responde que sim.

digitei e mandei

-Essa é aquela sua amiga, de infância? Que vivia lá em casa, quando a gente era criança.

-Exatamente.

-Nunca mais vi, ou soube dela, deve estar gorda, com 4 gatos - em casa e solteirona.

-Você ficaria surpreso, de qualquer forma, ela tem 25 anos, precisa viver mais, antes de se amarrar, a alguém.

-Se está dizendo e você, onde trabalha? Da última vez que vim aqui, estava de atendente na loja, da nossa tia.

-Olha, chegamos!

comentou, ignorando minha pergunta, estacionando o carro

era como se tivesse sido ontem, a última vez que estive em casa

o gramado tinha sido cortado e o corredor, para ir para a piscina, tinha uma cerca viva, pelo menos, era o que parecia, de onde estava vendo

saímos do carro e fomos para dentro, minha mãe estava andando, na sala, parecia que estava fazendo isso, a algum - tempo

-Deus, onde vocês estavam?

perguntou, nos olhando, horrorizada

-Será que ninguém dessa família consegue me dar um - olá - de forma normal?

-Meu querido!

então veio me abraçar

-Quanto tempo faz? 1 ano? Como você está? Está com fome? A lasanha queimou, mas a gente pode pedir uma pizza, quer tomar um banho antes e colocar uma roupa confortavel? Seu quarto está do jeito que deixou, da última vez.

desencadeou, a falar

-Estou bem mãe, pretendo tomar um banho e depois comer, que tal?

-Como quiser, estou tão feliz, que você vai ficar uns dias aqui.

sua voz ficou mais baixa e parecia que iria começar a chorar, a qualquer momento

-Vou levar minhas coisas para o quarto.

* obrigada - para quem está lendo, curtindo ou comentando * 🦋🦋 * me conta aqui, se está gostando - da história * 🦋🔓

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