Batalha 2, Gratidão de Bonnes - Capítulo 20

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Pov 182 Vivian...

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Abri meus olhos e... não estava na minha cama. Eu estava no que parecia ser um colchão jogado no chão sujo de um quarto, com apenas uma iluminação, que era a luz que entrava entre as frestas da porta, o que me permitiu ver meu corpo, que era o mesmo quando eu tinha nove anos.

Olhando ao redor, vi que aquele pequeno cômodo, apertado, frio e sujo, não tinha nenhuma janela sequer... .

Mas tudo isso é familiar, eu conheço esse lugar, mas... o que estou fazendo aqui novamente? E essa sensação também é muito familiar, na verdade, eu já vivi esse dia!... .

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Uma voz feminina me gritou e logo uma mulher abriu aquela porta. Ela era bem alta e cheirava a whisky.

- Ei pirralha! Sua mãe tá te chamando lá embaixo, tendeu?

Era a Wendy. Ela era a melhor amiga da minha mãe e também sempre andava bêbada.

Vivian
- Eu... eu já vou.

Eu já sabia o que me esperava, se bem que acho difícil não se esperar nada de uma casa de prostituição que é bancada por tráfico de animais e de drogas... .

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O local onde Wendy se referia, provavelmente era no porão, aonde todo o tráfico acontecia. Então, desci algumas escadas e por ventura já estava lá. Mas, ao passar pela porta, me deparei com minha mãe, a própria estava realizando atos sexuais com o que parecia ser o traficante... aquela cena me deu nojo.

Vivian
- Mamãe?

A chamei, fazendo-a parar o que estava fazendo, ficando envergonhada e com raiva.

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- Aí, o que foi garota?! Você sempre aparece nas piores horas!

Ela gritava comigo enquanto se vestia novamente, juntamente com o homem.

Vivian
- Mas a senhora que me chamou...

Ela bufou e suspirou fundo.

****
- Calma Celiny, depois podemos continuar nossa conversa.

O homem se pronunciou e puxou minha mãe para um beijo caloroso.

Celiny
- Venha aqui imprestável, esse é o Derik, ele é nosso novo comprador.

Me aproximei deles.

- Ele quer nossa melhor mercadoria, no caso, aquele peixe-boi velho.

Fomos até um pequeno tanque aonde estava confinado o grande peixe-boi.

Meu papel é simples, eu consigo absorver a energia animal dos animais, mas os mesmos acabam apagando por um tempo indeterminado. Odeio ter que fazer isso, os animais querendo ou não sentem dor com essa habilidade, e eu sofro junto com eles pelo fato de eles estarem sentindo dor e também por conseguir entendê-los... .

Derik
- Ele realmente é bem grande.

Ele deu leves tapas no vidro do tanque enquanto admirava o animal.

- Vou chamar meus homens para levar esse monstrão.

Vivian
- Ele não é um monstro!

Falei indignada com aquele comentário.

Celiny
- Cala a boca garota!

Quando menos esperava, minha mãe deu um tapa bem forte na minha boca.

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