Nessa história iremos ver a evolução da personagem principal, Jennifer. Uma garota totalmente soberba e egocêntrica que enquanto desfruta do luxo e da beleza parisiense, ela se vê envolvida em um complicado triângulo amoroso entre Cristian, o homem...
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- A festa do pijama tava boa? - Ouço a voz de Javier aproximando - Na real tava bem chata - afirmo ainda olhando para a frente - E aí decidiu sair de fininho e vim pro mau caminho comigo? - Ele se senta ao meu lado - Perigoso, Deja - Ele finalmente me olha - Não dá pra ser perfeita sempre, não é? - Curvo os lábios com um sorriso - Diga por você, eu sou perfeito sempre! - Javier diz com seu tom egocêntrico - Claro que é - Reviro os olhos - Me conta como foi com sua mãe - Ele me dá um empurrando de leve - Por que? - Eu questiono o moreno - Como assim, por que - Ele diz confuso - Por que você quer saber? - eu o olho - Porque nas horas vagas podemos ser amigos, ou não ? Você tem que fingir que me odeia estando longe sozinha comigo também - Javier franze a sobrancelha - Eu não odeio você, nunca odiei tá - Murmuro tentando dar leveza ao assunto - Ela me pediu desculpas por não.. Você sabe né, intervir meu pai - Digo olhando minhas mãos - E você aceitou ? - Ele arqueia às sobrancelhas - Não espero que você entenda mas sim, ela é minha mãe então.. - Falo e logo ele adiciona - Na verdade entendo, eu passei as mesmas merda com meu pai, ele me batia pra deixar marca e eu não errar de novo - Ele se aconchega mais perto - E quais eram seus erros? - Curvo o pescoço lentamente - Não estudar, não fazer janta, esquecer de limpar a casa ou só olhar de um jeito diferente- Ele diz dando um sorriso sarcástico - A diferença é que o seu finge que não fez nada de errado e o meu ele, ele faz de novo e se acha por isso. - Onde viemos parar hein? No meio da rua na madrugada conversando sobre problemas familiares - Digo incrédula com a situação - Pergunto o mesmo, não achei que iria contar alua disso pra alguém ainda mais sabe.. - Javier diz e sem querer dizemos ao mesmo momento - Você - ao notarmos que falamos juntos soltamos um riso leve. - Talvez você e eu realmente nos parecemos e por isso a gente meio que se entende nesses assuntos, nunca imaginei que te contaria isso - Coloco a mão sobre a testa e sorrio para ele - Consegui uma sessão pra você, inclusive.. - Murmuro - Como? Você, mesmo? Sério, Jen? - Ele arregala seus olhos - Isso ai, acho que você vai conseguir comprar umas roupinhas novas - eu olho para a camisa que o moreno estava vestindo - Ei, isso foi bem caro, tá? Pode parar de desmerecer - ele abre um sorriso caloroso - obrigada, Jen. Você nem tem noção do quanto tá me salvando - espero que o karma volte e me traga tudo do melhor - junto as mãos - você tem cigarro ai? - o olho com desejo - tenho mas você não disse que tava meio que parando? - Javier arqueia as sobrancelhas - e não foi você mesmo que me julgou perguntando "o que o "francês" fez com sua Deja?" - Rebato - Você venceu - Ele me entrega o cigarro - Me responde uma coisa, eu fui a primeira pessoa pra quem você contou sobre seu pai? E se sim, por que eu? - Uau, quantas perguntas - expresso surpresa - primeiro, sim você foi a primeira pessoa a saber que meu pai já me bateu e dois eu não sei porque te contei, só senti aquilo na hora e não senti que faria malfalar, mas não sabia que você iria por um triplex na sua mente disso. - Por mais que ele é seu pai, não é legal ele te bater, Jennifer. E se serve de consolo eu tô feliz que você ainda não me ameaçou de me matar caso eu conte pra alguém - Ele sorri de canto - Você não vai, sabe por que? - Dou um trago - Eu to te dando um emprego e sei sobre o que seu pai fez também então eu acabaria com a sua vida e a do seu pai como um brinde - pisco pra ele Noto ele me observar em silêncio - Eu pensei você tava virando uma versão Jennifer adulta e madura - Javier diz ao me olhar -Como que é? - questiono sem entender - você só tá criando um papel pra se tornar quem você quer, esse negócio de "perdoei a mamãe", "ai tô namorando um francês e ele é super bom, ama crianças", "agora uso canudinho para salvar as tartarugas" - ele termina a citação e ri - você ainda é aquela Jenni da festa do começo do verão, quando te conheci - Ele fuma - E isso é ruim? - arqueio as sobrancelhas - Sim, porque isso significa que você tá fingindo - ele me devolve o cigarro - que a versão que o seu francês chaterrimo namora, não é a Jennifer que eu conheço - ele não namora comigo, Javier - reviro os olhos - e minha mãe dizia que o amor nos trás o melhor de nós, então deve ser isso! - você o ama? - ouço o tom dele se acalmar a espera de minha resposta - Eu? - no momento passa uma estrela cadente - Olha, Javier - eu aponto para o céu - Vai faz um pedido - sussurro - Pedido? - ele me julga com o olhar - Vai logo - Fecho os olhos e faço um pedido e vejo ele fazendo o mesmo - O que? - vejo ele me observar - Você é mais legal quando não tá se fingindo ser perfeitinha e que me odeia - Então vou ter que parar de te odiar - faço beicinho - Fico grato com isso - sorrimos um para o outro quando sinto uma gota caindo em meu rosto - Não chora, Deja. Eu vou te chamar pra sair comigo um dia - ele abre seu sorriso galanteador - Eca - finjo nojo e empurro seu ombro com o meu de leve. - Ta garoando é melhor a gente ir -Tem medo de chuva? - Ele diz se levantando - Tenho medo de pegar uma doença isso sim ! - me junto a ele - Essa chuva não vai te matar, Jennifer - ele resmunga - mas vai me dar uma gripe - olho para o céu e vejo a chuva aumentando - vamos, Javi. - eu puxo suas mãos e ele me puxa para ele. - JAVI TA CHOVENDO - digo desesperada ao ver minhas roupas se encharcando - Você seca não tem problema, deixa de ser chata - ele murmura - que tal a gente fazer algo que fique só aqui? - Não entendi, ainda não leio mentes - cruzo os braços - então vou mostrar.
E naquele momento sinto um toque quente se aproximando de mim mas dessa vez o calor aumentava assim como ele. Estávamos a centímetros de selar os lábios e ele estava em minha frente esperando que eu negue ou aceite mas simplesmente não fiz nada, naquele momento eu congelei, eu não sabia se deveria me afastar e bater nele pela ousadia, ou deixar e me arrepender, eu sabia que poder deixa- lo me beijar poderia ser o maior erro que eu fosse fazer mas ali com nossos corpos selados, eu olhando para seus olhos extremamente castanhos e brilhosos, seus lábios com uma cor clara e hidratada, eu só pensava no choque que eu estava sentindo rodar pelo meu corpo, até o momento que ele selou nossos lábios de vez.
