CAPÍTULO IV

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                                                                            ALANA

Quando despertei Rogério já havia se levantado e estava sentado a meu lado de banho tomado e perfumado, acariciando meus cabelos.

- Acorda bela adormecida, sabe que horas são? Perguntou ele.

- Não. Mas acho que já estou atrasada para a festa. Respondi me sentando na cama.

- Acordei ainda há pouco, você me cansou. Vim te chamar para se arrumar, pois a festa já começou. Disse ele.

- Está bem, vou tomar um banho e desço em instantes. Disse indo para o banho.

Tomei um banho frio e refrescante, afinal estava um calor infernal, e também para relaxar os meus músculos devido a intensa atividade durante a tarde. Rogério já havia descido, então pude me arrumar com calma. Escolhi um vestido longo florido, com fundo branco e flores em preto e vermelho, com recortes no busto e alças finas, e nos pés uma sandália de couro. Amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo, coloquei um batom vermelho nos lábios, e fui em direção a festa. Ao abrir a porta do quarto encontrei com Joana que havia vindo me buscar.

-    Alana, você está linda! Rogério vai ficar com ciúmes. Disse ela.

-    Por qual motivo? Perguntei.

-     Você o interessou como nenhuma outra mulher, desde que Lea se foi. Eu conheço meu menino, por baixo da capa de mulherengo está um homem que só quer ser amado. Disse ela.

-    Joana, todos nós no fundo queremos ser amados. Eu também quero isso, preciso disso..., mas, não vou deixar Rogério me usar e me descartar como um objeto. Respondi.

-    O que estou pedindo é que você dê a ele uma chance de se apaixonar por você, e que não nos abandone no primeiro obstáculo. Disse ela.

-   Não tenho intenção alguma de abandonar vocês, mas não vou permitir que Rogério me use. Agora vamos descer antes que ele venha feito um furacão nos buscar. Disse. 

-   Sim querida, é capaz dele vir nos buscar. Disse ela sorrindo.

Descemos e fomos para a área externa na frente da casa grande, lá estavam arrumadas grandes mesas com muita comida, e uma grande fogueira... os homens estavam sentados tocando violão. Rogério estava conversando com Jorge e mais três homens que estavam de frente para as escadarias, e pararam a conversa para me ver descer as escadas, o que fez com que Jorge e Rogério olhassem para trás. Rogério ficou parado como se estivesse paralisado me encarando, seu olhar era carregado de luxúria... os três homens me fitaram como se pudessem pular em mim a qualquer momento.

-   Boa noite. Cumprimentei a todos.

-   Boa noite. Respondeu Jorge.

-    Boa noite. Responderam os homens.

-     Marcelo, essa é Alana Medeiros. Ela foi contratada para dar aula aos gêmeos e as crianças da fazenda e fazer a minha contabilidade. Disse Rogério a um dos homens.

-    Boa noite. Sua beleza é muito maior que os boatos. Sou Marcelo Figueira, dono da fazenda Riachão, é um enorme prazer conhecê-la. Esses são Joaquim Venancio, e Marcos Santana meus capatazes. Disse ele me apresentando os outros dois homens. Que me cumprimentaram com um aceno de cabeça. Rogério ficou ao meu lado e segurou a minha mão, a fim de indicar aos homens que eu estava com ele.

-   Venha Alana, vamos nos sentar perto da fogueira. Se vocês me dão licença. Aproveitem a festa. Disse Rogério se dirigindo aos homens e me guiando para perto da fogueira.

O FAZENDEIROOnde histórias criam vida. Descubra agora