Numa noite sombria, um antigo trem fantasma rastejava pelos trilhos desolados, suas luzes piscando como olhos cansados. Contudo, algo incomum pairava no ar - uma estranha epidemia de gripe assolava este meio de transporte sobrenatural. Cada carruagem estava tomada por uma febre que não pertencia a este mundo, e o ar estava impregnado com tosses espectrais.
Os passageiros fantasmas, normalmente silenciosos, agora gemiam em desespero enquanto o vírus fantasmagórico se espalhava rapidamente. Os bancos estofados estavam vazios, exceto pelas sombras tossindo em um coro melancólico. O condutor espectral, com sua cartola empoeirada, tentava manter a compostura, mas seu rosto etéreo estava marcado pela preocupação.
À medida que o trem avançava, as estações abandonadas se materializavam como vestígios do passado. Os fantasmas gripados desciam em um espetáculo triste, deixando para trás um rastro de espirros assustadores. Cada estação tornava-se um cemitério de sombras tossindo, uma sinfonia mórbida de almas aflitas.
No vagão da frente, uma figura misteriosa envolta em névoa negra parecia liderar a epidemia. Era a própria personificação da Gripe Fantasma, uma entidade sinistra que se alimentava do medo dos passageiros. Seus olhos brilhavam com um fogo espectral, e ela soltava risadas arrepiantes enquanto flutuava entre os corredores.
Os poucos passageiros saudáveis que restavam começaram a se unir em uma tentativa desesperada de conter a propagação. Criaram barricadas de ectoplasma e invocaram feitiços espirituais para tentar aliviar os sintomas. No entanto, a Gripe Fantasma parecia resistir a todas as tentativas de exorcismo.
Enquanto o trem continuava sua jornada sombria, os gemidos ecoavam pelos corredores, misturando-se ao ranger dos trilhos. A epidemia alcançou seu ápice quando a própria locomotiva começou a tossir fumaça etérea, como se estivesse sofrendo de uma aflição paranormal.
A esperança, no entanto, surgiria de uma fonte improvável. Um passageiro, aparentemente imune à gripe, emergiu das sombras. Vestido com um casaco de época e um chapéu de abas largas, ele revelou ser um curandeiro espectral, conhecido por suas habilidades sobrenaturais.
O curandeiro começou a percorrer os corredores, banindo a Gripe Fantasma com encantamentos ancestrais. À medida que suas palavras ecoavam, a atmosfera do trem começava a clarear. Os passageiros tossidores sentiram um alívio espectral enquanto a epidemia recuava.
No entanto, a Gripe Fantasma não desistiria facilmente. Manifestando-se em uma última tentativa de resistência, ela tentou envolver o curandeiro em sua névoa malévola. O confronto entre a cura e a doença espectral criou uma tempestade etérea dentro do trem, fazendo as luzes oscilarem e os corredores estremecerem.
Com um esforço final, o curandeiro canalizou toda a sua energia sobrenatural para purificar o trem. A Gripe Fantasma se dissipou lentamente, e a calma espectral voltou aos corredores. Os passageiros, ainda trêmulos, começaram a se recuperar, agradecendo ao curandeiro por libertá-los da peste sobrenatural.
O trem fantasma, agora livre da gripe que o assolava, continuou sua jornada noturna pelos trilhos desolados. A Gripe Fantasma, derrotada e afastada, desapareceu na escuridão, deixando para trás apenas a lembrança de uma noite assombrada por uma epidemia sobrenatural.
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Loucas Histórias Aleatórias
General FictionHistórias onde o aleatório pode não ficar tão estranho assim!