PRÓLOGO.

303 48 4
                                    

Harry entrou no cofre de sua família com o peito pesado, ela só tinha que entrar, pegar o artefato e sair. Era bem simples. Ela só tinha que entrar e sair. Além do mais, ela não estava fazendo nada de errado, era o cofre de sua família. Mas por que parecia tão errado retirar algo de lá?

Respirando fundo, Harry tocou em seu lado esquerdo da bochecha que estava ferido, o último episódio entre ela e Voldemort tinha sido um dos piores.

Sirius estava morto e era culpa dela.

Sua única opção agora era achar a pedra da fênix da família Potter e realizar o ritual de remoção de alma para ela, Voldemort havia descoberto sobre a horcrux dentro dela no Ministério da Magia, e agora estava caçando ela pois ela era seu bem mais precioso, sua primeira horcrux.

Dumbledore havia contado tudo a ela, queria mais tempo para reverter aquilo e retirar a horcrux sem mata-la no processo, mas eles não tinham mais esse tempo.

Dando um passo para dentro, Harry foi direto para o baú onde constava que estava a pedra quando viu uma estátua de pedra trouxa. A escultura era de uma mulher e isso a fez ficar levemente assustada.

Desviando-se de seu caminho, Harry ficou de frente para a escultura de pedra e roçou seus dedos no rosto da estátua. Ela era sua cara. Tipo, literalmente. A inscrição do nome da estátua era: 'Amara Petrova'.

A placa dizia que ela tinha se originado na Roma Antiga. Ela fazia parte de um clã de bruxas ao norte de Roma e teve um filho bastardo que deu origem a linhagem dos Potter, que era o nome de solteira de Amara.

— Minha ancestral. — Harry murmurou para si mesma tirando uma teia de aranha velha do braço da estátua e viu um colar no pescoço de pedra, tinha um pingente de pedra Azul com pétalas de flores prateadas e uma corrente fina que o prendia.

"Pegue."

Uma voz sussurrou e Harry olhou para os lados um pouco assustada, olhando de volta para a estátua, ela percebeu que a estátua estava em uma posição de defesa e a expressão assustada, suas mãos estavam erguidas como se tentasse impedir algo e tinha uma flecha também de pedra plantada em seu peito, bem no coração.

— Quem será que fez isso? — Harry disse em voz baixa e se aproximou mais da estátua, vendo um detalhe peculiar, haviam lágrimas entalhadas no rosto da estátua, era tão detalhista que parecia quase real.

"Pegue."

A voz sussurrou de novo, mais próxima desta vez e os olhos de Harry deslizaram para o colar. Sua mão sem sua permissão, pegou o pequeno e delicado colar, curiosa, Harry o puxou arrebentando a corrente, o pingente veio intacto em sua mão.

"Aquela com o poder de derrotar o Lorde das Trevas se aproxima..."

A voz sussurrou de novo, era vagamente familiar aquela voz.

"Nascida dos que o desafiaram três vezes, nascida ao terminar do sétimo mês..."

Um vento forte circulou pela sala, fazendo seus cabelos voarem e a voz ficar mais alta.

"E o Lorde das Trevas a marcará como seu igual, mas ela terá um poder que o Lorde das Trevas desconhece..."

Harry ficou confusa quando a voz única, se tornou um cântico de várias vozes, haviam muitas pessoas falando ao mesmo tempo.

"E um dos dois deverá morrer na mão do outro pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver..."

Uma luz forte começou a escapar por entre seus dedos, Harry abriu a mão vendo sangue e o pingente esmagado, às vozes estavam ficando cada vez mais alto naquele ponto.

"Aquela com o poder de vencer o Lorde das Trevas nascerá quando o sétimo mês terminar..."

A luz então sumiu, e junto com ela, Harry.

Deixando para trás apenas algumas gotas de sangue e um pingente esmagado.

The Doppelganger With Beautiful Emerald Eyes.Onde histórias criam vida. Descubra agora