Harry se viu caída no chão de uma floresta, ela podia ouvir um rio correndo do outro lado e vozes abafadas do lado oposto, ela seguiu em direção ás vozes após se levantar do chão. Seu tornozelo estava doendo, sua testa e couro cabeludo estavam latejando, parecia que ela tinha sido espancada mais uma vez por tio Vernon e a gangue de Dudley.
Quando ela saiu da linha das árvores, Harry viu que ainda era dia, mas pelas nuvens escuras, parecia estar quase de madrugada. Ao longe, ela pôde ver o motivo das nuvens escuras, no final da estrada, logo depois de uma ponte, havia um cercado de arames e uma enorme fábrica soltando fumaça, e logo depois dela, haviam outras seis do mesmo lado da rua.
Haviam muitas fábricas por ali, o que era muito estranho, ela nunca tinha visto algo assim antes. Aquele ar era muito pesado para a população que morava ali, era muito preocupante. E se tivesse crianças por perto? E se essas crianças ficassem com problemas respiratórios? Foi terrível!
Saindo da linha das árvores, Harry tropeçou em uma casa velha que já poderia ter visto dias melhores, a janela dos fundos estava trincada e as madeiras podres, no andar de cima, Harry podia ver uma parte do telhado com telhas podres e uma vaga sombra de fumaça saindo pela chaminé em ruínas no topo da casa.
Dando a volta na casa apenas por curiosidade mórbida, Harry reconheceu a casa imediatamente, só que a casa que ela conhecia estava em condições muito melhores do que estava agora.
O que diabos havia acontecido com a casa do Professor Snape?
Ajeitando os óculos que desceram em seu nariz, Harry afastou a franja dos olhos para ver melhor e viu que a porta da frente estava entre aberta, com passos lentos e vacilantes, Harry entrou na casa com cuidado para não fazer barulho.
Foi os Comensais da Morte que fizeram isso? Eles descobriram que ele era um espião e invadiram sua casa? Harry estava assustada e muito preocupada com seus pensamentos turbulentos.
Por mais que não gostasse do homem, ela estava muito preocupada com a segurança dele. Snape havia salvado sua vida muito mais do que gostaria de contar a pesar do desgosto mútuo óbvio que os dois sentiam um pelo outro.
Respirando fundo ao morder levemente o lábio inferior, Harry observou que o estado da casa por dentro, não era melhor do que o lado de fora, estava frio lá dentro e havia poucos móveis, não havia fotos nas paredes e nem um tipo de coisa que denunciasse que alguém morava ali.
Exceto talvez pelo choro repentino de um bebê. Virando rapidamente a cabeça na direção do choro, Harry viu uma coxinha muito suja e decadente, no centro dela, em cima do balcão, havia uma manta branca meio encardida e era de lá que vinha o choro, o bebê estava se remexendo e se contorcendo sobre o balcão e havia uma mulher pairando em cima dele.
— Você, diabinho, você estragou minha vida, eu nunca vou perdoar isso. — A mulher rosnou um murmúrio, ela parecia furiosa, sua mão pairava sobre o peito do bebê e ele soltou um grito horrível.
Foi então que Harry percebeu o que estava acontecendo, ela estava cruciando o bebê!
Seu coração deu um pulo em seu peito e sua mão disparou para sua varinha, sua respiração acelerou ao ouvir mais e mais os gritos e choros do bebê, seus olhos se encheram de uma raiva que era desconhecida por Harry, suas narizas dilataram em sua raiva e algo borbulhou sob sua pele.
— Ei! — Harry gritou sem pensar e a mulher olhou em sua direção assustada, foi só então que Harry percebeu a faca em sua outra mão e ela prendeu a respiração em horror mal disfarçado. — Sua vadia sem alma! Barata asquerosa e vil! — Xingou furiosa e apontou sua varinha para a mulher: — Crucio!
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The Doppelganger With Beautiful Emerald Eyes.
FanfictieHarriet Potter, mais conhecida por seus amigos como Harry, acabou viajando no tempo sem querer durante uma vista aos cofres Potter. Ela viaja para 1960, alguns dias depois do nascimento de seu antigo mentor, Severus Snape. Ela pousa literalmente na...