CAPÍTULO 01 - INSTINTO.

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Harry se viu caída no chão de uma floresta, ela podia ouvir um rio correndo do outro lado e vozes abafadas do lado oposto, ela seguiu em direção ás vozes após se levantar do chão. Seu tornozelo estava doendo, sua testa e couro cabeludo estavam latejando, parecia que ela tinha sido espancada mais uma vez por tio Vernon e a gangue de Dudley.

Quando ela saiu da linha das árvores, Harry viu que ainda era dia, mas pelas nuvens escuras, parecia estar quase de madrugada. Ao longe, ela pôde ver o motivo das nuvens escuras, no final da estrada, logo depois de uma ponte, havia um cercado de arames e uma enorme fábrica soltando fumaça, e logo depois dela, haviam outras seis do mesmo lado da rua.

Haviam muitas fábricas por ali, o que era muito estranho, ela nunca tinha visto algo assim antes. Aquele ar era muito pesado para a população que morava ali, era muito preocupante. E se tivesse crianças por perto? E se essas crianças ficassem com problemas respiratórios? Foi terrível!

Saindo da linha das árvores, Harry tropeçou em uma casa velha que já poderia ter visto dias melhores, a janela dos fundos estava trincada e as madeiras podres, no andar de cima, Harry podia ver uma parte do telhado com telhas podres e uma vaga sombra de fumaça saindo pela chaminé em ruínas no topo da casa.

Dando a volta na casa apenas por curiosidade mórbida, Harry reconheceu a casa imediatamente, só que a casa que ela conhecia estava em condições muito melhores do que estava agora.

O que diabos havia acontecido com a casa do Professor Snape?

Ajeitando os óculos que desceram em seu nariz, Harry afastou a franja dos olhos para ver melhor e viu que a porta da frente estava entre aberta, com passos lentos e vacilantes, Harry entrou na casa com cuidado para não fazer barulho.

Foi os Comensais da Morte que fizeram isso? Eles descobriram que ele era um espião e invadiram sua casa? Harry estava assustada e muito preocupada com seus pensamentos turbulentos.

Por mais que não gostasse do homem, ela estava muito preocupada com a segurança dele. Snape havia salvado sua vida muito mais do que gostaria de contar a pesar do desgosto mútuo óbvio que os dois sentiam um pelo outro.

Respirando fundo ao morder levemente o lábio inferior, Harry observou que o estado da casa por dentro, não era melhor do que o lado de fora, estava frio lá dentro e havia poucos móveis, não havia fotos nas paredes e nem um tipo de coisa que denunciasse que alguém morava ali.

Exceto talvez pelo choro repentino de um bebê. Virando rapidamente a cabeça na direção do choro, Harry viu uma coxinha muito suja e decadente, no centro dela, em cima do balcão, havia uma manta branca meio encardida e era de lá que vinha o choro, o bebê estava se remexendo e se contorcendo sobre o balcão e havia uma mulher pairando em cima dele.

— Você, diabinho, você estragou minha vida, eu nunca vou perdoar isso. — A mulher rosnou um murmúrio, ela parecia furiosa, sua mão pairava sobre o peito do bebê e ele soltou um grito horrível.

Foi então que Harry percebeu o que estava acontecendo, ela estava cruciando o bebê!

Seu coração deu um pulo em seu peito e sua mão disparou para sua varinha, sua respiração acelerou ao ouvir mais e mais os gritos e choros do bebê, seus olhos se encheram de uma raiva que era desconhecida por Harry, suas narizas dilataram em sua raiva e algo borbulhou sob sua pele.

— Ei! — Harry gritou sem pensar e a mulher olhou em sua direção assustada, foi só então que Harry percebeu a faca em sua outra mão e ela prendeu a respiração em horror mal disfarçado. — Sua vadia sem alma! Barata asquerosa e vil! — Xingou furiosa e apontou sua varinha para a mulher: — Crucio!

The Doppelganger With Beautiful Emerald Eyes.Onde histórias criam vida. Descubra agora