↝ Ato II - Cap. VI: O Renascer dos Mortos ↜

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Meus olhos se abriram lentamente e vi a luz branca do teto do ambiente que estava muito mal iluminado. Eu podia ouvir o som dos grilos cantarem e o coaxar dos sapos tão claramente. Sentia o ar gelado que circulava no ambiente, e que estava abaixo do meu corpo.

As várias gavetas de metal se aglomeravam em todas as paredes que estavam à minha volta, eu podia sentir o barbante preso ao dedão do meu pé, me apoiei com dificuldade meu corpo estava meio duro e rígido. Levantei meu corpo, eu estava ali, mas ao mesmo tempo não estava. Era uma sensação diferente, que eu nunca tinha conhecido.

Olhei para as minhas mãos que estavam pálidas e meus dedos estavam com dificuldades de se mexer, assim como qualquer outra parte do meu corpo, minhas junções entre os ossos estavam presas na posição que eu estava. Olhei para baixo e me vi com uma espécie de camisola aberta no meio.

Com esforço me pus de pé e com dificuldade caminhei até a escrivaninha que havia no lugar, olhei para o relógio que estava na mesa e ele marcava exatamente três horas e três minutos da manhã. Ouço um gemido na sala ao lado, se é que poderia chamar aquilo de sala. Apenas um ambiente com divisória que parecia separar um lado do outro.

Caminho devagar me apoiando nas paredes, não tinha força para falar muito alto, mas eu chamava por ajuda, por alguém que pudesse me ajudar. Mas o que eu vi foi um corpo de uma mulher em cima de uma mesa de metal frio sem roupa enquanto um homem metia nela e chupava seus seios com vontade e falava obscenidades. Aos poucos minha mente começava a retornar ao lugar e as lembranças do que havia acontecido comigo, do que haviam feito comigo vem à tona.

A voz dele ecoava na minha mente, aquela maldita frase começava a se repetir sem parar

"― Sabia que ia gostar do meu pau. Agora tome seu puto."

Minha cabeça começou a dor e finalmente uma única palavra saiu da minha boca:

― Pare! ― a raiva e a dor tomaram conta de mim.

Então as gavetas de metal começam a tremer, suas portas começam a bater e o homem que estava gozando dentro de um cadáver morto de uma pobre mulher se assusta e cai no chão levando o cadáver consigo, ele procura algo para se cobrir em meio as palavras que não consigo identificar meus olhos se fixam em sua rosto, seu corpo começa a levitar no meio ambiente enquanto todos os outros objetos flutuam.

― Eu mandei parar! Seu maldito...

― Não é nada disso que você está pensando...

Meu corpo caminhou devagar até ele e os móveis que estavam à minha frente foram arremessados para os lados até que eu parei em frente ao homem de mais ou menos 35 anos, cabelos castanhos e olhos em cor de mel. Parecia que frequentava a academia e em seu dedo havia uma aliança dourada que brilhava.

― Engraçado como todos os homens como você sempre dizem isso. Não é nada disso, foi sem querer, foi um acidente. Mas usam as pessoas e se satisfazem, alguns de vocês até mesmo quando não podem mais nem relutar ou descansar depois da morte.

Ouço ruídos de ossos se quebrando enquanto ele grita de dor instantaneamente. Olho para a sua mão e a seguro. Seu rosto estava transbordando a dor e a surpresa mais ainda quando finalmente ele se atentou ao meu rosto.

― Você é o garoto que foi estuprado.

Seu corpo desde e fica a minha altura então minha boca toca a sua, ao mesmo tempo que ele se entrega à luxúria e começa a gemer tesão, posso sentir seu pau ficar duro e encostando no meu corpo, e enquanto ele entra em êxtase meus olhos veem tudo.

Os corpos que ele sempre se aproveita em seus turnos, mulheres, homens e inclusive o meu. Solto um sorriso e o olho.

― Então você gosta mesmo de sexo com cadaveres não é seu pervetido? Que tal ser chupado por um...

Life is Surreal | Romance Gay InterativoOnde histórias criam vida. Descubra agora