No centro da cidade

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Dália Storm

Estava no centro da cidade comprando algumas coisas para aquele velho que nunca sai de casa na vida.

Por que ele mesmo não pode comprar suas coisas? Que folgado.

Ah eu estou falando do meu pai, caso estejam se perguntando.

Eu posso até falar assim dele, mas eu amo ele, sempre fez de tudo por mim.

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_Ai que droga, onde fica essa loja?

Me pergunto enquanto olhava para todos os cantos do centro, como pode ser tão difícil achar lojas?

Já estava com algumas sacolas na mão, e não achava a bendita da loja.

Sinto alguém esbarrar em mim com força e acabo caindo e derrubando as minhas coisas.

Olho e me levanto com raiva me perguntando quem foi o cego.

_Olha por onde anda, aproveita e vai fazer um exame de vista.

A garota alta dos cabelos cacheados veio até mim com duas pessoas ao seu lado.

_Me chamou de cega? Você que estava olhando pra tudo que é lado sem parar e não prestou atenção_ disse ela com raiva e fechando as mãos.

O menino e a menina ao seu lado pegaram em seu ombro, fazendo sinal para mesma se acalmar.

_Maluca..

Digo baixo e me abaixo pegando minhas coisas, ela se virou e veio em minha direção segurando a alça do meu vestido, ficando bem perto do meu rosto.

_Se me chamar assim de novo, eu faço você implorar para eu te matar.

Ela me soltou e saiu com raiva.

Que garota maluca, quem ela pensa que é? Bem que eu poderia sair na porrada com ela, mas só de lembrar seu tamanho e o tamanho dos seus braços eu já desisto dessa ideia.

Depois disso eu paro de procurar a loja e apenas vou pra casa.

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_Pai, cheguei.

Falei alto esperando uma resposta.

_Estou na cozinha meu bem, trouxe tudo que eu pedi?

Entro na cozinha e ponho as sacolas na mesa, e suspiro alto.

_Aconteceu alguma coisa meu bem?

Olho para ele, que estava com um avental escrito "homem de casa", achei que combinou muito com ele.

_Na verdade sim, só estou um pouco cansada de procurar as lojas.

Acabei não falando, pois sabia que ele iria fazer muitas perguntas.

_Quer comer? Acabei de fazer.

Ele parecia feliz de ter feito a comida, então eu apenas dou uma chance e me sento na cadeira esperando a comida chegar.

_Quando voltam as suas aulas?

_Falta muito tempo ainda, vamos aproveitar a minha belíssima presença_ digo rindo e tirando uma risada dele também.

_Pai, você tem alguma foto da mamãe?

Ele me olha surpreso com tal pergunta.

_Não minha filha, eu não tenho.

Ele parecia triste, então eu apenas não toquei mais no assunto, não gostava de ver ele assim.

_Eu vou tomar banho e dormir, se precisar de alguma coisa me chama.

Ele concorda e retira os pratos da mesa.

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Estava indo finalmente dormir depois de uma dia muito cansativo.

Vou até minha janela para fechar pois estava frio, mas acabo me deparando com uma coisa não muito normal.

Vejo um cavalo com asas em cima de uma das casas vizinhas, aperto os olhos e os esfrego para ter a certeza de que estava vendo isso, e simplesmente sumiu.

Eu podia estar apenas com muito sono e vi coisas.

Me deito na cama e adormeço com facilidade.

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