Não se apaixone

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AINDA DURANTE OS TRÊS MESES

Dália Storm

Depois que Clarisse pediu um tempo, eu me tornei mais próxima de Thalia.

_Quer ir ao cinema esse final de semana?_Thalia falou enquanto eu ajudava a pintar seu cabelo de preto.

_Claro, que filme vamos ver?

Ela pensou um pouco.

_Que tal vingadores?

Ela leu minha mente.

_Claro._falei sorridente.

Ainda me sentia mal por Clarisse, ainda indignada e furiosa, mas ainda a amava.

_Está tudo bem? Eu sei que você ainda pensa nela..

_Está, eu tô bem com isso, o que importa agora é que eu preciso acabar de pintar seu cabelo.

Ela sorri.

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Thalia Grace

O final de semana chegou e eu e Dália íamos no cinema.

Escolhi minha melhor roupa, minha calça preta de couro, minha jaqueta preta jeans, e uma camisa de banda.

Esperei ela no meu chále.

De repente ouvi a garota abrir a porta devagar e entrar delicadamente.

Ela vestia um vestido rosa claro, com rosas pequenas.

Um salto dourado.

_O incrível, é que ainda de salto, você continua mais baixa que eu._Eu disse chegando perto dela, apenas ficando alguns centímetros de distância, com as mãos no bolso.

Ela revira os olhos e sorri.

_Vamos?_ela concorda e sai do chalé comigo.

Clarisse passa por nós, e abaixa a cabeça, o que me deixou perplexa.

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Dália Storm

Finalmente tínhamos chegado ao cinema, para assistir "Vingadores", um dos meus filmes favoritos.

Nós pegamos as cadeiras do meio.

_Já assistiu alguma vez? É tão bom_Sorri enquanto batia leves palminhas.

_Ainda não, mas você parece mais animada do que eu.

Sorri em resposta e olhei para o telão, que já estava para transmitir o filme.

Depois de um bom tempo de filme, finalmente chegou a morte da Viúva negra, eu amava esse filme, mas sempre chorava na sua morte.

_Você tá bem?_perguntou Thalia, não sabia se estava sendo irônica ou se estava realmente preocupada.

Tentei dizer que sim, mas só saiu resmungos e soluços.

Thalia passou seu braço ao meu redor e apertou.

_Você é muito trouxa garota._ela falou rindo.

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Quando acabamos o filme, tínhamos decidido de ir para minha casa, já que o acampamento estava muito longe.

_Vamos passar essa noite lá, e voltar amanhã bem cedo.

Thalia resmungou baixinho.

_Ainda está reclamando? Ou quer ir agora?

_Cala boca, vamos logo para sua casa.

Ri da sua fala, logo depois avistando minha casa.

Mas havia alguma coisa de errado, a porta já estava aberta, e meu pai nunca deixava ela aberta.

Olhei para Thalia preocupada, e entrei na casa desconfiada, e com passos leves.

Fiz um sinal de silêncio para Thalia, que não estava entendendo nada.

Olhei para o chão e vi um rastro de sangue até a cozinha.

Segui devagar e vi meu pai no chão da cozinha, ensanguentado.

Corri até ele e o segurei.

_Pai? Pai fala comigo._balançava ele, mas seus olhos não mexiam, seu corpo não reagia.

Eu estava em desespero, meu choro e gritaria podia se ouvir pela vizinhança inteira, eu o abracei enquanto chorava.

Thalia se espalhou pela casa, afim de encontrar alguma coisa, mas eu não ligava, eu queria ele aqui comigo.

Thalia voltou a cozinha e me afastou dele, tentando reanimar o corpo.

Ela passou um tempo fazendo isso, até ele cospir sangue e tossir.

_PAI_eu gritei e o abracei.

Ele continuou tossindo, e tentando me dizer alguma coisa, mas ele estava muito mal para poder falar.

_Fique quieto, vamos levar você para o hospital.

Thalia ligou para ambulância, que demorou cerca de 10 minutos para chegar.

_Volte para o acampamento, eu vou ir com ele, e provavelmente vou demorar.

Thalia negou.

_Do seu lado eu não vou sair._ela entrou na ambulância comigo e meu pai.

Sorri para ela e peguei sua mão, me encostando no seu ombro, enquanto olhava meu pai.

~•Hate You•~Onde histórias criam vida. Descubra agora