Capítulo 4

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Gabriela sem revisão

O celular tocou as 07:30h da manhã, dizer que eu tinha conseguido dormir aquele dia foi eufemismo, eu tinha revirado a noite toda. Meu coração em pedaços pelo que tinha me acontecido a proposta do Marcos ali martelando na minha cabeça. O medo de magoar meu pai era iminente. Eu precisava tomar um rumo antes que minha barriga começasse a crescer e os sintomas de gravidez ficasse evidente. Meu pai era esperto demais!

-Gabriela, filha você vai se atrasar. Bora levanta esse celular teu já tocou dez vezes e tu não se mexeu dessa cama!

Meu pai bateu com força na porta do quarto, parecia quando eu estava no ensino médio e tinha preguiça de levantar-se da cama para ir escola. Como eu iria explicar para o meu pai, que eu não iria mais trabalhar. Eu estava em uma sinuca de bico. Respirei fundo, me sentei na cama para ir ao banheiro, meu estomago revirado no processo o famoso enjoo matinal estava ali presente deixando evidente que eu estava gestando.

- Você ainda está assim?

Meu pai entrou no meu quarto depois de bater na porta sem esperar uma resposta minha se poderia entrar ou não

-Pai, eu poderia estar nua?

Eu disse meio nervosa, com vontade de vomitar.

-Eu já vi tudo que você tem aí menina, fica tranquila. Que você era preguiçosa igual a sua mãe e sei que estaria vestida e com preguiça de se levantar. Bora filha senão você vai se atrasar.

Meu pai disse sério escancarando a porta entrando no meu quarto me olhando. Aquela era a hora que ele iria gritar muito comigo pelo que eu iria dizer;

-Pai eu pedi demissão, não trabalho mais para o Marcelo.

Ele disse seria olhando para ele que foi ficando com cara de surpreso e logo depois com cara de bravo para enfim ficar com cara de aliviado.

-Graças a deus. Por mais que aquele trabalho fosse bom para você minha filha, eu não gostava nenhum pouco desse Marcelo e sua arrogância. O modo que ele te tratava não me agradava. Você é jovem logo vai arrumar um bom trabalho e bem mais renumerado do que com aquele arrogante.

Meu pai disse rindo e vindo me abraçar, eu confesso que fiquei aliviada por não brigar ou me questionar. Logo após meu pai saiu do meu quarto fechando a porta e eu fui para o banheiro. Fiz minha higiene matinal e depois desci para a cozinha. Meu pai já tinha ido para o trabalho, eu tentei comer, mas fiquei enjoada e acabei vomitando muito, então passei a maior parte do meu tempo pensando na proposta do Marcos, eu não tinha escolha iria aceitar a proposta dele. Pelo meu bebê teria um pai presente que gostasse dele, cuidasse e o ame. Deus que eu não estivesse errada na minha escolha, mas como seria nossa convivência? Como eu iria morar na mesma casa que ele, viver como marido e mulher perante as pessoas será que nos dois iriamos dar certo? Eu precisava ligar para o Marcos.

Subi para o meu quarto e peguei meu celular, disquei o número dele, tocou umas quatro vezes e ele atendeu:

-Marcos, sou eu a Gabriela.

Eu falei assim que ele atendeu, estava nervosa, ansiosa e com medo.

-Oi Gabriela, tudo bem? Já tem uma resposta para o nosso acordo? Me desculpa a minha ansiedade, estou nervoso e ansioso.

Marcos disse de forma que me fez ter uma pequena esperança de que aquilo talvez iria dar certo.

-Sim, bem eu tenho uma resposta. Pode vir aqui em casa, quando tiver um tempinho para a gente conversar?

Eu perguntei completamente insegura com medo.

-Claro, posso sim daqui uma hora estarei aí, até daqui a pouco.

Um amor para GabrielaOnde histórias criam vida. Descubra agora