First Time - Kelmiro 🔞

First time

(N/a: Essa oneshot retrata como pode ter sido a primeira relação sexual entre Kelvin e Ramiro, obviamente é um hot, não recomendado para 🔞)

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POV KELVIN

— Ei, Ramiro... E se a gente se casar? Sair daqui juntos... Viver isso aqui... ó... isso aqui em outro lugar. Que, que você acha da minha ideia? - Falo angustiado.
— Éh Kévin... é... é que macho com macho não dá. Macho com macho não pode, uai. Macho com macho não dá certo, né Kevinho? Não da certo. - Ela franze a testa me olhando e sinto a frustração arrebatar o meu corpo.
— O que, que dá certo, então? Hum? Matar? Mandar matar? Esconder corpo? É isso que é certo, Ramiro? - Questiono chateado - Viver no meio dessa selvageria toda? É isso? É isso que é certo pra você? É isso? Não quero isso pra mim, Ramiro. Não quero! Não quero! NÃO QUERO! Não quero isso pra mim. Não quero isso pra você. Não quero isso pra gente, entendeu? Eu tô vendo a coisa piorar... piorar... piorar... E uma hora vai dar ruim de verdade. - Aponto o dedo para ele - Vai dar ruim de verdade, Ramiro. Eu... vou te perder... Pra sempre... - Suspiro - NÃO... - Levanto a voz - Eu me recuso a ser viúva de um marido que eu nunca tive. Você tá cansado, Ramiro. Você tá cansado de saber... Tá cansado de saber que o que eu sinto por você é amor! - O encaro - AMOR! AMOR! Não é amor de amigo! É AMOR! Amor... - Grito para ver se ele entende de uma vez por todas.
— Eeeeeh. - Ele murmura como sempre.
— Você começa com esse "eeeeh"... começa com esse "eeeh". Não tem "eeeeh", Ramiro. Eu te amo! Eu amo você! Amo muito, você! E... tudo o que eu mais quero é que a gente consiga viver esse amor longe. Longe dessa violência de Nova Primavera.
— Eu vô fazer o que longe daqui, Kevinho? Minha vida inteira tá aqui... desde... Eu vou fazer o que longe daqui? Eu não tenho o que fazer... Não tenho o que fazer...
— Ramiro... RAMIRO... Ramiro, ACORDA! Você não tem NADA! Você não tem NADA aqui... Ramiro. Essa família La Selva não te paga direito, não te trata direito, Ramiro. Como é que vai ser? Como é que vai ser daqui 5, 10, 15, 20 anos? Como é que vai ser? Isso... isso se você chegar lá. Se você não morrer antes. E se você morrer, Ramiro... se você morrer, pode apostar que essa família te substitui assim... Eu juro pra você. Agora... eu? Como é que eu faço? Como é que eu substituo você? Eu não sei fazer isso... Eu não vou saber fazer isso... Eu... O meu coração, ele não sabe te substituir... - Viro de costas, as lágrimas descem pelo meu rosto e a minha vontade é gritar. Gritar e chorar e gritar mais um pouco.
— Não chora não, Kevinho... Que eu choro também. Por que que 'ocê tá chorando? - A voz dele é baixa.
— Rams... Rams eu já falei. - Respondo.
— Diz de novo. - Ele pede.
— Porque eu te amo... E eu não quero te perder... eu não posso te perder.
— 'Ocê não vai me perder... NUNCA. Eu prometo! Sabe por quê?
— Por que? Por que? - Questiono encarando ele.
— Porque eu também te amo... eu te amo desde a primeira vez que eu te vi. - Ele sorri e ás lágrimas descem pelo rosto novamente - 'Ocê sabe o que eu vou te fazer agora?
— Apertãozinho? - Sorrio limpando as lágrimas.
— Não, eu vou te dar um beijo. Um beijo de amor.

     Como se estivesse em câmera lenta o rosto dele se aproxima do meu. A boca busca a minha de forma tímida, calma e delicada, completamente diferente de como eu imaginei que seria. Pouco a pouco ele se solta, tocando minha cintura com as mãos calejadas e me puxando para ainda mais perto. Suspiro sentindo o beijo, os lábios ficam parados por um momento até que a língua dele pede passagem. O tempo/espaço desaparece e só existe nós. Nosso amor. O carinho e o toque suave entre os nossos lábios. A lágrima ainda desce pelo meu rosto, agora pela mais pura paz de enfim realizar esse toque tão intimo.

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     Dois dias haviam se passado desde o nosso primeiro beijo, Ramiro andava sorridente, quase como se não existissem mais problemas ao nosso redor. Havíamos nos beijado mais quatro vezes durante esses dois dias. Dentro do carro dele. No quartinho de Ramiro. No matinho perto do Naitandei e dentro do meu quarto. A notificação brilha no meu celular com um áudio dele assim que me deito na cama.