Lamentos de Seido

Aviso rápido!

Os personagens de Mortal Kombat não me pertencem, esta fanfic possuí os personagens Dairou, Darrius e Hotaru, tentei dar o meu melhor para que eles pudessem parecer os mais fiéis as suas versões originais, porém, como no próprio Mortal Kombat Deception não se tem muitas informações sobre eles, decidi descreve-los conforme eu os entendia e também com a ajuda de algumas fanfics em que eles aparecem.
Não sou uma escritora profissional, tudo o que eu escrevi aqui foi apenas por puro entretenimento, enfim, siga a abaixo para começar a leitura.

Amizade, uma palavra rodeada de muitos significados, sejam eles bons, ou até mesmo ruins, aquilo que deveria significar uma união pacífica e tranquila entre duas pessoas, infelizmente havia se quebrado e deteriorado mediante ao tempo, este seria o significado de amizade para Dairou, ex guarda Seidan que havia se rebelado contra o regime o qual o mesmo seguia, sem discordar se quer uma única vez das regras e proibições que um dia obedeceu, mas tudo nessa vida tem um fim, percebendo que tudo aquilo pelo qual havia lutado não significava mais nada, o homem finalmente havia aberto seus olhos para a verdade, a mais cruel de todas, que viria a quebrantar seu coração e corroer completamente a sua própria alma.
Neste exato momento, ele se encontrava encarando friamente aquele que um dia considerou um de seus amigos mais próximos, Hotaru, o atual comandante da guarda Seidan, o mesmo homem para o qual Dairou havia sido pago para assassinar.
Após um extenso e violento combate premeditado pelo mercenário, o homem de longos cabelos brancos estava brutalmente ferido, seu rosto preenchido por hematomas e arranhões, sua pele e armadura molhadas pelo seu próprio sangue, como um Seidan feito Hotaru perderia de maneira tão humilhante para um mercenário como Dairou? Parecia algo impossível de se imaginar, mas não tão improvável, se toda a história até aqui lhe tiver sido explicada o suficiente para compreender as reais intenções por de trás desta luta.
Dairou se ajoelhou próximo ao ex companheiro de guarda, que estava prestes a dar seus ultimos suspiros após o violento embate, a respiração de Hotaru estava fraca e pesada, ele mal conseguiria mexer o seu próprio corpo, ainda que tentasse.
O ex-guarda Seidan manteve-se em um profundo silêncio por alguns breves instantes, suspirou, voltando a olhar fixamente para os olhos de Hotaru.
Tomando coragem para manter ainda que por poucos minutos, uma breve conversa, se é que poderiamos chamar assim.

-Hotaru... preciso lhe dizer quem foi responsável por premeditar o seu assassinato, é o mínimo que posso fazer, antes que sua alma deixe seu corpo.

O comandante virou ligeiramente sua cabeça na direção de Dairou, atentando-se as suas palavras, ele não disse nada, apenas esperando que o mercenário pudesse lhe dizer o mais brevemente o motivo para assassina-lo, mas a medida que os segundos passavam, a morte de Hotaru se tornava cada vez mais breve.

-Eu não queria, que as coisas tivessem terminado assim, mas não tive outra escolha. Cerrou os dentes, ainda encarando o comandante, por alguma razão, sentia um forte e inigualável aperto em seu peito, era difícil botar para fora tudo o que guardava para si, ridículo! Porque Dairou estava se sentindo assim? Ele já não tinha perdido tudo o que lhe importava em sua vida? Mas algo parecia o afetar, seria a tal "amizade" que um dia manteve com Hotaru? Antes de se rebelar e decidir seguir seu próprio rumo apartando-se da "Ordem" e fazendo suas próprias e desdenhosas escolhas.

-Dairou... Hotaru tentava a todo momento manter sua respiração ativa, a dificuldade se tornava cada vez maior, não havia mais nada que se pudesse fazer, ele morreria em breve.

- Quem me enviou para mata-lo foi... 

O silêncio retornou, um puro e vasto silêncio, Hotaru parou de respirar, aquele que um dia governava com mãos de ferro e tamanha violência impodo a Ordem as pessoas de Seido, o temível comandante da guarda Seidan, agora estava morto, derrotado por um mero mercenário, nos confins de Outworld, o clima nefasto e sombrio daquele lugar tornava a situação em que Dairou se encontrava ainda mais pesada do que imaginava.
Enquanto o mercenário olhava diretamente para o corpo do outro Seidan, a figura de um homem alto e de pele escura se aproximava a passos calmos, ele utilizava um traje obscuro com detalhes em uma cor laranja, e óculos de cor semelhante, cruzou os braços enquanto olhava para o corpo de Hotaru, que já se encontrava morto, voltando a olhar de relance para Dairou que não parou de observar o comandante por um minuto se quer.

-Estou impressionado, não imaginei que faria um trabalho tão excepcional, Dairou, você foi além das minhas próprias expectativas.

Suas emoções não estavam claras, mas era notório que ele aparentemente estava ligeiramente alegre ao ver que finalmente havia completado um de seus objetivos ao ver o corpo do Seidan a sua frente, o mercenário se levantou olhando diretamente para o outro homem.

-Está feito, agora me dê a parte que combinamos, Darrius....

Darrius reconheceu a tamanha bravura e valentia que Dairou havia exercido para derrotar Hotaru, um de seus homens o qual vestia um traje similar ao dele se aproximou trazendo consigo um saco de moedas cheio, que em seguida foi entregue ao mercenário.

-Fizemos um ótimo negócio, não irei me esquecer de seus esforços até aqui. Sorriu, enquanto olhava para o outro, Dairou não esboçou qualquer reação, apenas pegando o dinheiro que lhe pertencia.

Contudo, seu coração e sua alma estavam marcados, uma dor além daquela que já havia sentido antes prevaleceu ativa sobre sua própria alma, ele não era capaz de reconhecer o que estava sentindo, mas era notório que a culpa e o dever de matar um grande mal e um antigo amigo como Hotaru estava sob suas costas, e agora, ele retornaria a aparente vida comum que levava de agora em diante, tudo havia acabado, só restava a Darrius e a resistência destruírem o Senado, e libertarem Seido do regime opressor que tanto os torturavam.