Pelo dia MinHo passava seu tempo olhando, visitando, conferindo se sua imaginação estava certa, quando nas noites ouvia JiSung ainda criança lhe falar sobre o castelo. Após o por do sol, MinHo ficava no quarto, esperava a madrugada para percorrer os longos corredores e ir até o aposento do príncipe...
[...]
Com o quarto parcialmente escuro, MinHo não pôde ver por onde andava e em um passo despreocupado, o pé encontrou uma garrafa. O som oco soou, o objeto girou em torno de si mesmo. Logo MinHo pegou, a impedindo de cair, colocou a garrafa perto da parede mais próxima. Deixou para lá...
Sentou na cama ao lado de JiSung dormindo tão profundamente. Seus olhos contemplavam a JiSung, e descendo lentamente pelo corpo dele, viu uma parte do peito revelada, os botões do pijama que estavam abertos.
MinHo sentiu o latejar em seu peito. Estava sensível agora, e seu corpo parecia tão denso.
Sobre a testa de JiSung, MinHo então colocou a mão, sentiu a temperatura quente - talvez de seu próprio corpo. Tocou na parte descoberta que ia e via pela respiração. Se o príncipe sentia calor, deveria desabotoar todo o pijama dele...
MinHo olhou para o rosto de JiSung. Vigiando, os dedos desceram desfazendo botão por botão até que já não houvessem mais fechados. MinHo inclinou o corpo, seus lábios encostaram em JiSung, no peito, pela barriga, oferecendo um pequeno beijo, mais outro e outro.
Tomado pela vontade em tê-lo, MinHo deslizou suas mãos para dentro da camisa de JiSung. Escutou o gemido, a resposta ao seu toque. Ergueu a cabeça e observou o príncipe tão indefeso. Estava passando dos limites, não poderia se deixar levar por desejos. Respirou fundo, controlando-se, tirando a mão de dentro da roupa, deslizando pela cintura do príncipe... fina.
Por que parecia tão magro? MinHo poderia quebrar aqueles ossos com facilidade. JiSung não estava comendo?
Sim, JiSung se alimentava mal, comia pouco, quase nada, pulava refeições e preferia encher seu estômago com vinho, gin, ou qualquer substância com álcool.
MinHo não percebia, embora o sinal de magreza, JiSung havia adoecido...
[...]
JiSung dormiu até mais tarde. Sentia-se bem e a razão, qual acreditava, era o remédio dentro da gavetinha da cômoda.
Perto do horário do sol do meio dia, foi o primeiro a apresentar-se à mesa. Quando colocou o pé na grande sala, MinHo, por um acaso já ali, abandonou sua cadeira e atravessou ao seu lado, ignorando mais uma vez.
JiSung ficou parado, esperou ele sair, mas não olhou para baixo. Viu a mesa posta a sua frente, estava farta e com muito mais comida, e certamente poderia sustentar um baile inteiro.
— Que desperdício! — a mulher e outros cozinheiros se preparavam para retirar os pratos.
Nada sobre a mesa havia sido tocado. Qual destino dariam para aquilo? Não poderiam de modo algum servi-lo para outros...
— Para quem é tudo isso? — os olhos de JiSung percorreram os pratos, sentiu o bom cheiro da comida fresca, ainda quente, do vapor que se diluía no ar.
— Aquele homem — a mulher, a cozinheira apontou para a porta, o lugar de onde MinHo havia saido. — Ele nos obrigou a cozinhar todos esses alimentos!
E havia sido aterrorizante para ela, para os outros assistentes, serem vigiados por MinHo... Era um hábito que ele já tinha a tempos, especialmente com os cozinheiros...
Estranhamente, na mesa estava tudo o que JiSung gostava, embora o único prato de um molho branco... — Deixem aí — o príncipe sentou.
JiSung colocou algumas garfadas na boca, tudo parecia delicioso e cheirava bem, mas apenas com um pouco, logo soube que não conseguiria comer...
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Minsung - Espectro Vermelho
RomanceQuando o príncipe fechava os olhos sentia a aura de um homem deitado ao lado, em sua cama. O fantasma de aura vermelha afagava os cabelos de JiSung até que esse estivesse em sono profundo.