Talvez...

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Um dia ainda vamos nos encontrar.
Você vai estar andando pela rua,
sentido a praça,
enquanto eu do outro lado
vou pelo sentido contrário,
rumo a feira.
Talvez a gente pare para
conversar um pouco.
Talvez você me pergunte
como vão as coisas
e aí eu te digo que vão bem.
Vou procurar em seu rosto
sinal de felicidade e vou
procurar em suas mãos
algum sinal de anel de compromisso
enquanto você busca
com o olhar por mim
algum sinal de
qualquer outra coisa.
Talvez a gente tenha que ir
dentro de pouco tempo e então
marcaremos de nos ver
qualquer dia desses,
ou talvez só iremos nos despedir
e tentar ao máximo nunca mais
nos encontrar novamente.
Talvez eu vá procurar em seus olhos
qualquer sinal de arrependimento.
Talvez eu encontre ou
talvez eu simplesmente não vá saber
como decifra-los.
Talvez eu te peça seu número.
Aí a gente marca de se encontrar
na próxima semana,
em um restaurante japonês na esquina,
e enquanto eu olho em
seus olhos
talvez eu me permita admitir
o quanto ainda te amo.
Aí a gente paga a conta,
e vamos para qualquer outro lugar.
Talvez a gente se beije
sob a luz do luar
e enquanto observamos as
ondas distantes na praia,
talvez eu te confesse
o quanto continuei de amando
por todo esse tempo.
Talvez ali a gente
retorne ao que éramos,
ou talvez ali se cesse
qualquer esperança que eu tenha
sobre o Nós.
Talvez esse dia realmente ainda vá acontecer,
não são mínimas as chances de
tudo consertar-se.
Talvez você ainda volte,
ou talvez éramos apenas mais uma
das brincadeiras do destino.
Quem sabe talvez
qualquer dia desses eu ainda acordo
e sinto-me livre desse sentimento.
Quem sabe talvez
eu deixe de te amar
em uma tarde de domingo qualquer?
Ou quem sabe talvez
um dia você vá ler um desses meus versos
e encontrar um pedaço teu
em cada um deles?
O que você hipoteticamente faria?
É só um Talvez.

Tudo aquilo que eu queria ter ditoOnde histórias criam vida. Descubra agora