A paixão

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    Charlie caminhava até o príncipe com um enorme sorriso no rosto e um pouco desajeitado para caminhar. Parecia também um pouco envergonhado enquanto olhava para Nathan.

    - Bem, o jantar logo será servido. Sente-se, Charlie. Eu me chamo Nathaniel, ou Nathan. - Príncipe ofereceu a mão para o rapaz, e logo levou -o para a mesa, onde puxou a cadeira para Charlie sentar.

    Então ouviu -se a porta abrir, era Linfu vestido com uma roupa engraçada, parecia até estar o avesso. Alguns serventes vieram logo atrás implorando para Linfu deixá -los arrumá -lo.

    - Me deixem em paz! Assassinos! Vocês querem nos matar!  - Virou o rosto em negação e foi -se ao encontro de Charlie, onde sentou ao lado dele.

    - Vejo que está insatisfeito... É... Qual o seu nome?  - Nathan sorria a todo momento para Linfu.

    - Hmpf... Por que eu deveria contar para você?!  - Charlie então deu um pisão no pé de Linfu, oque o fez gritar alto e logo pôr a mão sobre sua boca para impedir que o grito ecoasse por alí.

    - Está tudo bem? Aconteceu algo?  - Nathan parecia bastante preocupado, até levantou -se.

    - S-Sim! Estou bem... Me chamo Linfu. E esse aqui é o meu melhor amigo, Charlie.  - Ele acariciava seu pé com o outro pé enquanto olhava para o príncipe com desdém.

    - Muito prazer, Linfu... Eu me chamo Nathaniel, é um prazer tê -lo em minha casa. Nós resgatamos vocês dois daquela noite terrível. Uma grande tempestade... Quase morremos. Vocês eram de outra embarcação e caíram no mar?

    - Somos peix-... - Charlie deu outro pisão no pé de Linfu, que quase o fez gritar novamente.  - Sim...! Somos tripulantes de um outro navio!...

    - Compreendo... Bem, vocês e nós tivemos sorte de encontrá -los. Estou muito grato de ter a companhia de vocês!  - Nathan olhava para Charlie enquanto sorria. Quem percebeu foi Linfu, que deu uma leve cotovelada no braço de Charlie para ele parar de encarar de volta.

    Então as portas se abriram novamente e um grande banquete estava sendo servido, era uma enorme mesa! O príncipe gostava de dividir sua riqueza com os outros serventes, que também se juntavam ao banquete após servir a todos e colocar todos os pratos de comida na mesa. O jantar havia iniciaro.
    No fundo do mar, o Rei Stormy parecia mais depressivo do que nunca. Não comia e nem saía da sala do trono. Estava bastante fraco enquanto seus guardas estavam exaustos de tanto procurar.
    O tridente do rei estava ao seu lado, somente alguém de sua família conseguiria tirar o tridente dalí, sangue de seu sangue.
    Sebastian observava cada momento do Rei enquanto sorria. Sempre ia visitar sua tia Vikkie para atualizá -la dos acontecimentos.
    Os irmãos de Charlie também estavam revoltados e tristes com a situação. Parecia que era o fim da felicidade. Charlie havia sumido, ou morreu?
    José adentrava também a sala de banquete, onde sentou ao lado do príncipe e entregou -lhe uma carta de sua mãe.
    - Sua mãe não para de escrever para ti, meu príncipe. Devia ler quando tiver tempo, pode ser importante.
    - Minha mãe nunca aceitou meu jeito de ser, José. Somente meu pai que me permitia viajar pelo mundo com meu navio, divertir -me no mar que é a minha paz.
    - Eu entendo, meu príncipe. Mas, pensa bem.  - José tocou no ombro do príncipe e então começou a comer.

    Linfu não se permitia comer frutos do mar. Era canibalismo! Apenas se alimentava do arroz e outros tipos de sobremesa, o mesmo fazia Charlie que se entristecia um pouco a ver frutos do mar sendo comidos daquele jeito. Mas eram humanos, eles sobreviviam disso pensava Charlie.
    Após o banquete, Linfu levantou -se e ajudou também Charlie.

    - Bem... Estava deliciosa a comida. Mas agora precisamos ir! Vamos dormir, Charlie. Agora. - Logo levou Charlie para fora, onde obviamente ficaram perdidos. Sorte foi de que Madame Gloria havia visto os dois perdidos e o ajudaram a chegar em seus cômodos.
Linfu adentrava num quarto junto a Charlie, qual agradeceu a Madame e fechou a porta.

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