capítulo único.

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[Não revisado]

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— Estou esgotada e não vejo a hora de descansar! — Andrea exclamou ao examinar diversos papéis.

— Eu também me sinto da mesma maneira.

— Miranda, o seu caso é crônico.

A mulher de cabelos nevados riu quando ouviu a frase.

— Estou quase acreditando nisso.

— A propósito, eu já terminei por aqui.

— Eu também!

Miranda se mostrou concentrada ao iniciar uma nova página, Andrea revirou os olhos e retirou as folhas da mão dela.

— Mas o que-

— O seu caso é crônico e existe remédio, Priestly.

— Oh, e qual seria o tratamento? — A editora-chefe perguntou debochada.

— Terapia.

Uma risada elegante soou no cômodo, fazendo Andrea rir junto.

— E, é claro, uma noite de sexo intenso.

Miranda ficou surpresa com as palavras de Andrea, que se sentia confortável ao seu lado.

— Duvido que o meu "querido" marido cure o meu lado crônico.

— Você está procurando no lugar errado, é só isso que está acontecendo.

A mulher de cabelos nevados, surpresa, olhava para Andrea, que sorria para ela.

— Você está muito provocativa, não acha?

— Qual é, Miranda? Você é uma mulher extraordinária, conseguiria conquistar qualquer mulher ou homem que desejasse. Desculpe, mas seu marido não parece conseguir lidar com uma mulher como você.

— Uma mulher como eu? — Miranda perguntou curiosa, soltando as folhas na mesa de centro.

— Você é uma mulher inteligente, independente, decidida, sensual, linda e extremamente ardilosa. Acredito que isso não mude na cama, com todo o respeito.

Miranda estava sentada e sorriu de canto, cruzando as pernas e encostando a cabeça na mão direita.

— Sabem que, em qualquer lugar que vocês forem, você será o centro das atenções. Até quando eles estiverem se esforçando para dar o seu melhor. Seja no âmbito dos negócios ou na cama.

— Sendo a minha advogada, está sugerindo que eu traia o meu marido?

A jovem riu ao escutar o tom meticuloso de Miranda.

— Bom, estou examinando todos os seus bens e preparando a sua solicitação de divórcio.

A editora-chefe foi até o bar do escritório e encheu um copo com uísque.

— Servida?

— Eu não bebo em horário de trabalho.

Miranda sorriu e começou a caminhar devagar pelo escritório enquanto bebia.

— Andrea, a questão é que sou uma mulher, uma personalidade pública. E eu sou extremamente seletiva. Eu poderia ter ou manter um caso? Com certeza, sem sombra de dúvidas.

— Mas? — Andrea perguntou ao encostar na estante.

— Mas eu não confio nas pessoas, ocupo um lugar de respeito e qualquer erro poderia colocar tudo em perigo.

— É, você tem razão.

— É claro que tenho!

A advogada andou devagar e parou atrás da mulher de cabelos nevados, que havia se virado para pegar o celular.

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