capítulo bônus I.

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No quarto, o clima estava ficando cada vez mais quente, mesmo que chovesse lá fora. Apenas as respirações e os sussurros poderiam ser ouvidos. A chuva, o mundo, qualquer coisa, eram meros coadjuvantes.

Miranda tomou a boca de Andrea para aliviar o desejo que estava sentindo. Ela abraçou o pescoço da advogada, que a segurava pela cintura com uma força deliciosa. O beijo arrancou suspiros, gemidos baixos e, ao final, as duas sorriram com os selinhos longos.

— Você está linda nesse vestido, sabia?

— Estou?

— Com toda certeza, você fica linda de qualquer jeito.

Os olhos azuis de Miranda invadiram os olhos castanhos de Andrea, que a segurava com força na cintura. Os braços cruzados no pescoço da jovem as deixavam coladas, conectadas corpo a corpo.

— Preciso ser sincera, não aguentava mais esperar. — Sussurrou Andrea.

Um riso baixo e elegante soou no cômodo, despertando um sorriso meio cafajeste na jovem.

— Oh, não me diga.

— Acredite, Miranda. Revisitei aquela noite nos meus pensamentos diversas vezes, já estava se tornando uma tortura.

A editora ergueu a sobrancelha esquerda e deu um sorriso de canto.

— Não acredita em mim? Não aguentava mais te imaginar nua nas minhas mãos. Eu quase fiz a loucura de ir até você.

A mulher mais velha demonstrou surpresa e isso ficou claro para a jovem.

— Vou ser sincera, Miranda, não sou uma mulher que costuma se envolver. Aprecio uma noite de sexo e sigo em frente, mas você, ter você foi uma loucura. Como profissional, nunca tomei nenhuma iniciativa, mas, naquele dia, ao analisar documentação para preparar seu divórcio, a minha mente ignorou qualquer ética que eu tivesse aprendido ou estabelecido.

— Andrea...

— E não, eu não estou propondo nada, você sabe disso, mas você tem algo que me enlouquece. Fico louca só de sentir o teu cheiro, de lembrar do teu gosto. E eu confesso, sempre quis ter você assim, nas minhas mãos.

Ao ouvir essas palavras, tão perto e tão baixinho, Miranda iniciou um beijo intenso e lento ao mesmo tempo. Sentiu o corpo estremecer ao sentir as mãos de Andrea apertando sua cintura, a ponto bagunçar o seu vestido.

— Eu acho que você está muito vestida. — Miranda sussurrou.

— Ah, é?

— Não tenha dúvidas disso!

Andrea ficou arrepiada ao ver Miranda deslizar o nariz sobre seu pescoço e, ao mesmo tempo, desabotoar a sua camisa. Ao sentir todas essas sensações, levou a mão direita até o rosto da mulher de cabelos nevados e, assim, iniciou outro beijo intenso. Um beijo demorado, onde as línguas conversavam entre si e entre suspiros. As duas conversavam pelas mãos, que tateavam e descobriam algo novo. Um prazer novo. O jeito de tocar, de morder, sentir. Miranda ficou excitada ao ver que a advogada estava sem sutiã, revelando o contorno dos seios. Não conseguiu se conter e arranhou a barriga da jovem, que ficou arrepiada com a suavidade do toque. Foram, inconscientemente, dando passos até a cama em um ritmo intenso e avassalador. A advogada sentiu o corpo cair sobre a superfície macia e deu um grito de surpresa, mas logo sentiu o corpo arder. Miranda estava parada, olhando fixamente como uma felina. Ela se aproximou e colocou a perna direita no meio das pernas da jovem, que estava apoiada nos braços e com as pernas abertas.

— Você quer acabar comigo, não é? Olha como você é deliciosa.

A editora sorriu sensualmente, segurou o vestido e foi subindo devagar, enquanto a jovem seguia fielmente o caminho. Ela estava com os olhos escuros, a boca entreaberta e respirava ofegante. As ações de Miranda eram como um ímã que a atraía, então foi até a perna da editora e depositou alguns beijos molhados, mas sentiu um leve empurrão.

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⏰ Última atualização: Jun 08 ⏰

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