Respostas não faltam para essa pergunta. Mas vamos sair um pouco do óbvio e voltar alguns anos. No filme-documentário Never Say Never (2011), assistimos um Justin Bieber ainda imaturo, trilhando os passos para ainda mais sucesso. As cenas retratam sua vida e sua rotina, com vídeos caseiros, e os preparativos para o tão aguardado show do Madison Square Garden. Vemos um artista em fase de crescimento, tanto individual, como profissional, sendo amparado por umas pessoas mais velhas, que o auxiliam a tomar as suas decisões. Um garoto comum, que tem amigos, que também fica cansado e que tem até problemas nas cordas vocais como qualquer outro cantor esforçado haveria de ter.
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Justin, no auge dos seus 15 anos, tinha um ar meigo e atencioso com seus fãs e sua família. É visível no filme que tinha as atitudes espontâneas, a felicidade de estar no palco era realmente a sensação de realizar um sonho, não apenas mais um show tendo que ser cumprido da agenda. Mas, o que fizeram com o garoto ou o que ele fez a si mesmo?
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A máxima "O sucesso subiu a cabeça" é a primeira coisa que as pessoas têm falado. E o motivo para tantos comentários são as notícias das polêmicas de Justin Bieber que têm tomado conta dos noticiários, redes sociais, sites de fofoca, entre outros meios de comunicação. O encanto de anos atrás se perdeu. E como sempre, o foco da imprensa está no lado falho, afinal, ela é formada por pessoas, e pessoas são assim mesmo, adoram valorizar os erros e se "esquecem" dos acertos, (ou talvez estes não vendam tanto quanto gostariam).
11893807-justin-bieber-em-instituicao-de-caridade.jpg Justin participa de campanha em prol dos sobreviventes do tufão Yolanda, nas Filipinas, em 2013. Não quero defender as atitudes recentes do garoto. São de péssimo gosto, aliás. Nem eleger culpados. Mas quero sim defender e parabenizar a grande ajuda às instituições de caridade que ele tem feito. Podem pesquisar à respeito. Mas pesquisar de verdade, não ir pela primeira qualquer notícia que aparecer.
Talvez o que falta ao nosso Justin, além de uma dose de realidade, também sejam boas companhias e sem interesses, e não porque elas influenciam as atitudes boas, mas porque estar rodeado do que é verdadeiro nos mantêm fiéis ao que somos.
Tirando o foco da mídia que dá ênfase aos fracassos e desvios dos artistas, acredito na mudança das pessoas, sendo elas famosas ou não. Se o garotinho de rosto suave e atitudes alegres se transformou num adolescente rebelde e inconsequente, ele tem potencial para se transformar num adulto maduro que reconhece seus erros e segue com seu trabalho. Por mais que seja difícil compreendermos a situação do outro, somos antes de mais nada seres humanos, então antes de atirarmos mil pedras, vamos tentar analisar com novos olhos. Seguindo o conselho de meu sábio pai: "Devemos torcer pela melhora das pessoas." Então, melhoras Bieber! E espero que nós todos tenhamos, e a partir de agora, a capacidade de julgar menos, e conhecer (entender) mais.
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