Ana e Paloma estavam na praia, aproveitando o sol e o mar. Elas eram namoradas há dois meses, mas ninguém na delegacia onde elas trabalhavam sabia disso. Elas tinham medo de sofrer preconceito ou perder o respeito dos colegas.
- Amor, você acha que a gente devia contar para os outros? - perguntou Ana, abraçando Paloma pela cintura.
- Eu não sei, Ana. Eu tenho orgulho de você, de nós, mas também tenho receio de como eles vão reagir. Você sabe como é o clima lá na delegacia, né? - respondeu Paloma, beijando a testa de Ana.
- Eu sei, mas eu também não quero mais esconder o que eu sinto por você. Eu quero que eles saibam que você é a minha namorada, a minha parceira, a minha vida. - disse Ana, olhando nos olhos de Paloma.
- Eu também quero isso, Ana. Mas será que vale a pena arriscar tudo por isso? Será que eles vão nos aceitar, nos respeitar, nos apoiar? - questionou Paloma, com um nó na garganta.
- A gente só vai saber se tentar, Paloma. E eu acho que a gente merece ser feliz, do jeito que a gente é. - afirmou Ana, com determinação.
- Você tem razão, Ana. A gente merece. E eu te amo, muito. - concordou Paloma, com um sorriso.
- Eu também te amo, muito. - declarou Ana, selando o acordo com um beijo apaixonado.
Elas decidiram que na segunda-feira, quando voltassem ao trabalho, elas iriam contar para todos sobre o seu relacionamento.
- Você acha que a gente vai conseguir pegar o culpado? - perguntou Paloma, preocupada.
- Eu espero que sim, Paloma. A delegada está sofrendo muito com essa perda. E a gente sabe que ela era uma pessoa boa, que ajudava muita gente. - respondeu Ana, com tristeza.
- Ela não merecia morrer assim, de forma tão brutal. - disse Paloma, com indignação.
- Eu também acho, Paloma. Mas a gente não pode perder a esperança. A gente tem que continuar trabalhando, seguindo as pistas, interrogando os suspeitos. A gente tem que fazer justiça pela irmã da delegada. - afirmou Ana, com determinação.
- Você tem razão, Ana. A gente tem que fazer isso. Pela irmã da delegada, e por todas as outras vítimas. - concordou Paloma, com coragem.
Flora saiu da delegacia por volta das 10 horas da manhã, em seu carro. Ela estava querendo conversar com Jonas, seu amigo e pastor, sobre o caso que estava investigando. E também ela queria desabafar sobre a morte de sua irmã. Flora tinha poucas pistas, e precisava de um conselho espiritual.
Ela dirigiu até a igreja, que ficava a cerca de 15 minutos da delegacia. Era uma igreja bonita, é bem chique com uma cruz de madeira na fachada. Flora estacionou o carro na frente da igreja, e desceu. Ela olhou para o relógio, e viu que ainda faltava meia hora para o culto começar. Ela pensou que seria um bom momento para falar com Jonas, sem interrupções.
Ela entrou na igreja é foi até a sala dele, é encontrou a porta da sala do pastor aberta. Ela entrou sem bater, e se deparou com uma cena horrível: Jonas estava em cima uma menina, aparentemente de 14 anos, que chorava e implorava para ele parar.
- Jonas, o que você está fazendo?! - Flora gritou, chocada e furiosa.
- Flora, não é o que você está pensando... - Jonas tentou se explicar, se levantando e se vestindo às pressas.
- Como não é? Você está abusando da uma garota, seu monstro! - Flora avançou para socar Jonas, mas ele se esquivou.
- Flora, por favor, me escute. Eu posso te explicar tudo. Você é minha amiga, não vai me denunciar, vai? - Jonas disse, com um tom de falsa inocência.
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Inimigos á Espreita
Mystère / ThrillerFlora Hickman é uma delegada dedicada e corajosa, que enfrenta o mal todos os dias em sua profissão. Ela acredita que está fazendo a diferença na sociedade, até que recebe um caso que vai abalar sua vida e sua fé na justiça. Um assassino em série es...