Destinados

Epílogo

“Não Nat, não é esse, que droga, Maaaa me ajude aqui por favor”

Grito para minha mãe vim até o quarto me ajudar a me vestir, é o dia do meu casamento e eu não estou gostando do meu terno, estou a ponto de chorar de frustração.

“O que houve filho? Que desespero é esse?”

“Nada fica bom em mim, tá tudo estranho, como vou vestir isso?”

“Filho se acalme, tudo fica lindo em você, não há nada de errado, o terno que você escolheu ficou perfeito”

“Eu já falei isso para ele tia, mas ele não me escuta”

“Venha, deixa eu te ajudar”

“Não é verdade, olha como  estou gordo, eu vou ficar horrível”

“Pare com isso, impossível você ficar feio”

“Não estou gostando muito… e cadê o Chaw? Quem está cuidando dele?”

“Não se preocupe, ele está com seu pai, e com seu irmão, ele está bem”

“Isso Nu, fique tranquilo, eu vou lá ver meu afilhado e já volto aqui, ok?”

“Tudo bem”

Haviam se passado 6 meses, desde o dia que o Hia me pediu em casamento, esperamos todos esses meses, porque precisávamos que todos tivessem suas agendas livres, já que iríamos casar longe de Bangkok, reservamos um chalé em um hotel que ficava em ChiangMai, em um hote lindo, que ficava bem no meio da natureza, o ZNN Resort, e o mais engraçado era que esse hotel tinha as nossas iniciais, o lugar era simplesmente perfeito,  natureza para todos os lados, bem como gostávamos, o chef desse hotel era muito renomado, (hahahahah quem leu “Do Ódio ao amor” vai saber 🤭😅) então decidimos que casaríamos lá, depois que todos conseguiram liberar suas agendas e de todos os preparativos, viajamos até lá, o Hia estava em outro chalé/cabana com a família dele, decidimos fazer algo mais íntimo, só nossas famílias mesmo, e nossos amigos mais próximos.

Eu andava muito estressado com toda a preparação para o nosso casamento, parecia que nunca ia dar certo de todos estarem disponíveis, isso me irritou por muitas vezes, o Hia sempre tentava me acalmar, ele se preocupava comigo o tempo inteiro, o nosso grande dia havia chegado, nós iríamos nos casar, iríamos oficializar o nosso relacionamento de fato, não que precisássemos de um papel para isso, mas perante as leis, era assim que deveria ser feito, e eu estava pronto, nós estávamos na verdade, eu estava uma pilha de nervos, do nada estou me achando gordo e feio, acho que meu terno não ficou bom no meu corpo, e isso estava me deixando louco, mas não tinha o que fazer, eu precisava terminar de arrumar e seguir para o salão, onde aconteceria a cerimônia.

“Olha quem veio dizer um oi ao papai dele”

O Nat voltou com Chaw nos braços, que assim que me viu abriu um sorriso que acalmava qualquer um que olhasse para ele.

“Oi amorzinho, venha aqui com o seu papa”

O Chaw se jogou nos meus braços e eu o apertei contra mim, seu cheirinho me acalmava e me deixava em paz.

“Papa… papa… pa”

“Oi amor, oi… papai tá aqui”

Eu amava quando ele me chamava de papai, ele ainda não sabia falar direitinho, mas algumas palavra ele já balbuciava, como papa, aba(água) vovó, mama(comida), ele era bem esperto para a idade que tinha, ele já até dava os primeiros passinhos, mesmo que segurando nos móveis, ele era um bebê saudável, poucas vezes ele ficou doente, só teve uma vez que ficamos duas noites com ele no hospital, pois ele contraiu uma alergia grave quando iniciamos a alimentação dele, o Chaw não pode comer alguns tipos de frutas, como melão, kiwi, pêssego, e foi exatamente quando fizemos uma papinha de frutas e oferecemos a ele, a princípio ele amou, mas não passou muito tempo, ele começou a ficar com placas vermelhas enormes pelo corpo todo, e muito agitado, ainda lembro daquele dia, eu quase tive um treco.