POV'S TESSA
MAS QUE MERDA ESTÁ ACONTECENDO?
Meus olhos pairaram sobre o braço ensaguentado de Zayn, e as únicas expressões que eu conseguia reproduzir era medo, e confusão. Estavamos os três parados, eu sabia que iria ter que correr, mesmo não tendo ideia do que está acontecendo.
Harry segurava fortemente o meu pulso, eu queria mesmo tirar a sua mão, mas eu nem sei o porque de ela está ali.
E as desculpas dele? Seriam pelo o que?
"Por favor, não se mexe." Harry sussurou
"Por que eu não deveria me mexer?" Bufei "Você acabou de enfiar alguma coisa no braço do Zayn e quer que eu fique parada? Faça-me o favor Harry."
Ele não falou nada, simplesmente me puxou pelo meio das pessoas me levando para o fundo da escola, eu ouvia Zayn gritar alguma coisa imprópria e eu podia ter certeza que estávamos ferrados.
Então pela primeira vez na minha vida eu tomei coragem suficiente e parei de andar cruzando os braços e esperando Harry parar junto a mim.
"Eu não vou sair daqui até você me explicar que merda aconteceu lá dentro."
"Olha alguém aprendeu a falar palavrões."
"Quer parar de agir feito idiota, você do nada começa a falar comigo, me trás para um baile, e joga uma adaga no braço de um cara?! Me desculpa mas desde o momento em que você começou a falar comigo eu parei de entender." Bufei irritada eu quero respostas e se é para te-las eu vou ter que saber me posicionar
"Acredita esse não é um bom momento para discutir o que está acontecendo com você... Com nós."
"Harry eu estou falando sério."
"Quer que eu fale sério também? Aquela adaga era pra estar no seu peito, mas eu eu otário o suficiente para ter compaixão de uma pequena órfã estúpida."
Sua frase calou fundo em mim, eu não sei o que dizer, nem sei como ele sabe que sou órfã, o antigo Harry nunca se foi, ele sempre esteve aqui, pronto para me dar uma facada, como era pra aquilo estar dentro de mim? Era para eu estar morta? Por que ele iria me querer morta?
"Desculpa atrapalhar a DR porém nós temos assunto inacabados Harold. Sabia que sujou meu terno preferido?" Ouvi a voz de Zayn atrás de mim, aquilo não me causava mais arrepios e sim medo
Mas o que me causou mais medo foi a pessoa que estava acompanhada a ele, Candice estava com o pescoço enrolado pelos braços tatuados de Zayn. Engoli seco ao ver a adaga ensanguentada na outra mão dele.
"Solta ela Zayn. A menina não tem nada haver com isso." Harry gritou
"A partir do momento em que você pode enfiar uma adaga em mim, você tornou isso problema dela e de todos esses pirralhos estúpidos."
"Solta ela Zayn." Falei entre soluços
"Eu deveria?"
Ele jogou o corpo frágil e quase desacordado dela sobre mim, as lágrimas em meu rosto só aumentaram.
"Candy você tá me ouvindo?" Me sentei no chão deixando seu corpo por cima das minhas pernas "Por favor me responde."
Eu chorava abraçada ao seu corpo, eu não podia perder mais alguém, eu não podia.
"Viu o que você fez Harry? A causou mais dor." Zayn ria e seus olhos eram totais negros e não apresentavam qualquer tipo de vida eu me perguntava como aquilo era possível
"Eu não podia a matar." Matar?
"Porque está apaixonado por ela?"
"Não."
"Então por que não a matou?"
"Eu não consegui. Já te disse porra."
"Tudo bem. Vamos tornar as coisas mais interessantes ou você mata ela ou eu mato essa inútil." Pegou o corpo da Candice dos meu braços me causando uma dor maior ainda
Harry pegou a adaga das mãos de Zayn e veio na minha direção e para mim tudo era melhor do que enfrentar a realidade, até a morte começou a se tornar atrativa.
Mas ele não foi capaz de completar o serviço com o grito estridente de Louis no local.
Ele olhou diretamente para Zayn que deu um pequeno sorrisinho.
Harry saiu correndo para o escuro logo fugindo de toda essa situação, com certeza Harry era um covarde.
Zayn revirou os olhos como se estivesse entediado com a situação, virou o corpo de Candice e arrancou seu coração com se estivesse puxando um brinquedo, ele soltou o corpo sem vida no chão e correu atrás de Harry pela escuridão.
E tudo que me invadiu foi a dor, a dor de ver corpo da minha melhor amiga morto, eu nem pude pedir desculpa a ela eu nem pude dizer que a amava eu nem pude agradecer a ela.
"Não. Não. Não." Gritei me abraçando ao corpo "Ela não pode morrer." Sentia as lágrimas queimarem minhas bochechas como se fosse ácido
"Eu sinto muito." Louis suspirou e se sentou ao meu lado me puxando pelo ombro
"Eu já perdi tanta gente, e ela, ela me apiou, quando eu perdi meus pais. Eu-eu. Por favor faz a dor parar."
"Quem me dera poder."
"Isso dói. Dói demais Louis, eu a perdi." Eu gritava desesperadamente
"Vai parar."
"Quando?"
"Eu não sei. Não sei mesmo."
