DOIS

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Eu havia explicado detalhadamente o motivo pelo qual eu havia adiado minha cirurgia

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Eu havia explicado detalhadamente o motivo pelo qual eu havia adiado minha cirurgia.

Agora eu não tinha outra opção a não ser tomar antibiótico na veia.

- Aqui. - Nahuel estendeu uma salada de frutas. - O médico disse que és bom.

Mesmo não conseguindo ter uma conversa civilizada com Ferraresi, tinha certeza de que tinha algo incomodando ele.

Eu realmente queria poder ajudá-lo de uma certa forma, sinto que estou em dívida com ele.

- Você quer conversar? - Perguntei, fazendo Nahuel encarar meu rosto. - Você está meio atordoado.

Ele intercalava seu olhar entre mim e a sala de frutas.

- Me meti em encrenca. - Revelou puxando a cadeira se sentando do meu lado.

Coloquei o morango na boca, enquanto escutava atentamente o que Nahuel falava.

- Mi companheiros siempre preguntan se eu finalmente estou namorando. - Ele coçou a nuca, pensando se iria continuar ou não. - Falei en una live que havia uma mulher.

- Deixa eu adivinhar, não tem mulher nenhuma. - Ele concordou com a cabeça. - Ainda bem que eu não sou você.

- Obrigado! - Ele deu um sorriso irônico.

- Nahuel? - Antes que eu pudesse tentar achar uma solução para o Nahuel, uma voz chamou o mesmo. - Qué haces aquí?

Eu tinha quase certeza que se tratava de Alan Franco.

- Eu vim acompanhar a Elis. - Ele disse depois de um período em silêncio.

- Sua namorada realmente existe? - A fala de Alan Franco me fez engasgar com um pedaço do morango que eu comia.

A boca de Ferraresi abria e fechava, o infeliz não era capaz de desmentir alegação do companheiro de equipe.

- Necesito hablar con Calleri y Galoppo. - Naquele momento, Alan Franco havia se esquecido completamente o motivo no qual veio no hospital.

- Na verdade... - Assim que Nahuel tentou consertar a merda que havia feito, Alan Franco saiu assim que o nome de sua esposa foi anunciado no telão para a colheita de sangue. - Mierda!

- Você vai se virar para consertar isso! - Eu poderia facilmente arrancar a agulha do meu braço e voar na cara do zagueiro, porém tenho que manter minha postura.- O Rafael vai me fazer maior interrogatório se isso chegar nele.

- Você conhece o Rafael? - Nahuel fez uma cara de espanto.

- Você faz a maior burrada, e quer que eu te conte como eu conheci o Rafael? - continuei comendo a salada de frutas enquanto encarava o jogador. - o foco agora não é esse, e sim como você ou eu, vai consertar isso.

- No seria nada ruim você ir ao treino de domingo, não é? - Ele colocou a mão na nuca, me filtrando intensamente.

- O treino restrito para a família dos jogadores? - assim que completei a informação, Nahuel arregalou os olhos.

- Ah, no! No vai dizer que você é parente do Rafael. - Ele tentou adivinhar, acertando em cheio. - Eu deveria ter desconfiado.

Ele pareceu pensar um pouco.

- Eu te pago. - Ele soltou do nada, me fazendo o encarar com as sobrancelhas arqueadas. - Eu sé que tu salário é alto, uma graninha extra no faz mal, né?

- Suponhamos que eu aceite sua proposta, o que eu teria que fazer? - Por um lado ele não estava errado, uma grana extra não me faria mal.

Eu estou a um tempinho guardando dinheiro para comprar um carro e finalmente sair do aluguel.

- Apenas ir no treino de domingo. - Ele disse rápido. - No terás que passar muito tempo comigo.

- Só vi vantagens. - Forcei um sorriso, recebendo o mesmo gesto. - Finalmente! - Soltei um suspiro vendo que a dosagem de antibiótico havia finalmente acabado.

- Te deixo em casa, namorada. - Nahuel tentou tirar onda da situação logo na primeira oportunidade.

- Se você continuar, eu termino de quebrar o seu joelho. - Isso foi o suficiente para que Nahuel levantasse seu braço em sinal de redenção.

- Dónde está tu sentido del humor? - Ele perguntou enquanto checava algo em seu celular.

Eu me seguirei muito para não responder que estava no meio do cu dele.

- Hahaha, tá melhor agora? - Com muita força de vontade, conseguir não xingá-lo.

- Bien mejor. - Ele novamente diz irônico.

Acho que minha conexão com estrangeiros não é muito boa.

Da última vez, entendi errado o que um gringo havia me dito e o acusei de assassinato, com Ferraresi é diferente, nesse caso eu queria cometer o assassinato.

Assim que entrei no carro de Nahuel, olhei as mensagens no grupo da família.

Encontrei inúmeras fotos dos familiares reunidos, pelo visto apenas eu não sabia desse encontro.

Como se não bastasse, minha prima fez questão de relembrar a todos da família que eu era a única solteira - além das crianças, é claro-

A desculpa deles é sempre a mesma. " Você vê cenas de crime diariamente, quem gostaria de ter relacionamento com uma pessoa que vê corpos diariamente?"

A única coisa consideravelmente confortante era a mensagem de Rafael perguntando o motivo pelo qual eu não havia ido ao almoço de hoje.

- Aceito sua proposta. - Digo, fazendo Nahuel freira o carro bruscamente

- Como? - Ele me encarou colocando a mão na minha testa. - No tien fiebre?

- Só tem uma condição. - Ele pareceu concordar. - No máximo uma mão na cintura, e olhe lá.

- Estás pensando que eu tenho segundas intenções? - Ferraresi tinha as sobrancelhas arqueadas.

- É pegar ou largar. - Digo estendendo minha mão.

- Fechado, Perita. - Ele apertou minha mão, mas logo voltou a dirigir assim que o carro de trás buzinou, mostrando que o sinal havia finalmente sido aberto.

 - Ele apertou minha mão, mas logo voltou a dirigir assim que o carro de trás buzinou, mostrando que o sinal havia finalmente sido aberto

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Agora vai começar a ficar interessante.

QUEM É VIVO SEMPRE APARECE PART 27388393.

─ 𝐅𝐈𝐎 𝐕𝐄𝐑𝐌𝐄𝐋𝐇𝐎, 𝘕𝘢𝘩𝘶𝘦𝘭 𝘍𝘦𝘳𝘳𝘢𝘳𝘦𝘴𝘪 Onde histórias criam vida. Descubra agora