Era uma vez,... Um número 13

Senhor 13

    Os pesadelos de Carlos eram terríveis, sempre sonhava que estava preso dentro de uma caixa de vidro, sem poder se mexer e sendo torturado por um homem monstruoso de chapéu de palha. Ele acordava de madrugada ofegante e aterrorizado, seu médico lhe informou que estava passando por terrores noturnos e que ele precisava de repouso. Só que mesmo assim, os pesadelos não paravam, ele então resolveu ir até uma cigana. Um ritual de simpatia às 3hrs da madrugada, de um dia 13 resolveria seus pecados e seus problemas. A simpatia de poder tinha que ser feita em frente a um espelho potente com uma vela, e assim foi feito.
       Durante alguns dias tudo se acalmou, ele finalmente conseguiu dormir bem. Só que isso durou apenas alguns dias, dessa vez tudo voltou ainda mais intenso e paralisante. Ele então resolveu fazer a simpatia mais uma vez, só que dessa vez a cigana apareceu no espelho. Sem entender muito o que ocorria, ele questionou:

—O que está havendo?
—Você não faz mais parte desse mundo, tente encontra a paz que tanto procura do outro lado…
—Como?
—Se você ainda está aqui, diga “SIM”!
—Mas eu estou aqui! —Gritou ele.
—Você já morreu a algum tempo, só que não encontrou seu caminho de paz ainda. Mas isso faz parte da sua jornada.

       Ao ouvir isso ele entra em choque, todos aqueles pesadelos na verdade eram lembranças reprimidas de sua vida passada, ele agora se encontrava em tormento por algo maligno. Seu espírito preso dentro da caixa de vidro tentava alertar os vivos sobre a entidade que lhe escravizada naquela dimensão horrível. Era o lar do Senhor 13, um demônio antigo que tinha como forma a aparência de um velho cadavérico,  com olhos vermelhos e unhas em forma de foice. No final das contas ele agora era apenas mais uma vítima do monstro, um espírito que procurava por ajuda ao ser invocado por uma tábua ouija. A cigana nada mais era do que uma jovem baladeira que curiosa, agora tentava brincar com espíritos.