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E naquele calorzinho reconfortante, nada mais o assustava tendo Minho ao redor de seu corpo.

— Cadê Unnie? — ele perguntou, sentindo que deveria pedir desculpas por chorar e deixá-la triste...

Seu coraçãozinho também não entendia direito por que era tão difícil se aproximar da garota. Ela é doce, querida, um amor de pessoa. Não tinha motivos para rejeitá-la... não aparentemente.

— Deve estar na sala. Quer falar com ela? — Minho estava esperançoso.

— Uhm — ele concordou, se levantando e arrastando seu Quokka consigo.

A pelúcia era tão amassada diariamente que tinha um rosto mais oval do que tinha quando chegou nas mãos do pequenino. E como sempre Quokka o acompanhou pela casa.

O garotinho estava confuso com as palavras que pretendia expressar suas desculpas por afastá-la assim facilmente... não queria ter feito o que fez da forma que fez. Mas certas coisas acontecem sem sequer uma gota de consentimento para encostá-los.

— Jieun, me desculpa?

Chan, Minho, Jieun e até o querido Quokka ficaram surpresos, com a boca aberta e um arfar baixinho saindo como fumaça naquele dia friozinho de inverno.

Jieun se aproximou, segurando a mãozinha de dedos gelados agarrados no tecido marrom de pelúcia. Os mesmos dedos da pessoinha que piscava freneticamente desesperado pela resposta da menina mais velha.

— Claro que sim, Jiji. Só não entendi o que aconteceu — ela sorriu, sentando-se no banco e puxando o menino bochechudo consigo.

Na mesma hora Minho se ocupou na cozinha, pegando pães, frios, dois tomates e um alface para preparar alguns sanduíches. Chan seguiu Lino de mãos abanando, não sabendo onde se enfiar para escutar o desenrolar da história e ainda assim não atrapalhar os dois que agora conversavam passivamente.

— Eu só fiquei com medo, não sei... — ele colocou Quokka debaixo do nariz, sentindo o cheiro impregnado numa mistura de amaciante de rosas e lavanda que tanto o acalmava, estando ou não no space.

— Medo de que? — ela perguntou, sem entender o medo que perseguia aquela mente sensível.

— Medo de você sumir... Medo dos Hyungs sumirem. Medo de você contar pra mais gente. Eu tenho medo das coisas saírem de controle, e quando vejo eu saí do meu controle — ele explica tão calmamente que qualquer barulho além da voz doce parecia mais alto do que realmente era.

Enquanto ele falava, seus lábios formavam um bico. "Adorável"

— Não sei o que te faz ter tanto medo, mas quando sentir coisas fortes não dá pra guardar tudo sozinho... — ela deu de ombros — Conta pro Quokka — ela apontou para a pelṕucia.

Ele riu. Deu uma risada sincera, adorando a forma que ela contornava a situação.

— Sanduba? — Minho apareceu de cara séria, um prato cheio de sanduíches montados e com uma cara deliciosa.

— Eu aceito um — Jieun pegou um, ansiosa para lembrar do sabor de comer um sanduíche feito na hora, sem ser um daqueles embalados e pobres de ingredientes que costumava comprar na padaria perto de casa.

Jisung recusou, sem nem notar quando o Lee deixou a mamadeira cheia de achocolatado ao seu lado, morna, cheia até a metade e ainda com mel. A melhor forma possível que poderia querer.

Ele olhou a mamadeira, tendo uma ideia de conforto que não sabia que queria, doido para abrir os lábios e dizer as palavrinhas que queria para sentir-se amado.

— Quais as ordens? — a garota sorriu, dando uma última mordida no sanduíche que se acabou em minutos velozes.

— Deitar e ursinhos carinhosos? — ele fez um bico adorável após dizer o que queria, envergonhado de pedir a ela sem estar no seu espaço mental onde a vergonha costumava ficar quieta num canto escuro da mente.

— Com certeza, Jiji — ela limpou as mãos na toalha de cozinha, se apressou em pegar um cobertor fofinho e mais algumas pelúcias de Jisung no quarto e levá-los para a sala, abrir o sofá e deixar tudo extremamente confortável.

— Tudo certo, majestade — ela chamou o garoto para o fofinho, ajeitando qual dos episódios de ursinhos carinhosos colocaria dessa vez.

Jisung se aproximou com a mamadeira e Quokka nas mãos, deixando os pés tampados pelo cobertor enquanto deitava a cabeça no ombro da garota – a mesma feliz por estar trazendo o conforto necessário para o menino.

— Hey! Eu também quero — Felix surgiu com os cabelos em pé, a voz grossa e zonzo depois de seu cochilo de trinta minutos.

Ele sentou-se ao lado de Jisung, bocejando e parando para assistir com os dois.

Quando menos perceberam, Felix roncava caído no braço do sofá, Jisung chupava o dedo enquanto apreciava o desenho e os carinhos em seus cabelos.

Nada mais se passava na mente da garota a não ser calmaria, sabendo que as coisas pareciam estar andando corretamente agora.

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AINDA N PASSOU 15 DIAS VIU EU CONSEGUI AAAAAA

𝐛𝐚𝐛𝐲 𝐡𝐚𝐧𝐧𝐢𝐞 ♥ 𝐣𝐢𝐬𝐮𝐧𝐠Onde histórias criam vida. Descubra agora