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Em suas centenas de anos Izagaki não pensou que veria o fracasso do clã Azai em seu palácio, atrapalhando a paz do lugar. Ele já tinha visto muitas pessoas passarem por ali e definitivamente Azai Yuno não era o mais surpreendente de todos, porém o motivo de estar ali sim.
– Deixe-me entender, você veio até aqui para que eu durma com você? – Izagaki tentava compreender a proposta que aquele ser petulante estava oferecendo, não que o homem fosse feio fazendo-o achar aquilo repugnante, mas ele não era atraente ao ponto de Izagaki o procurar para ter relações sexuais.
– Zen-denka me prometeu que se eu dormisse com você, ele aceitaria meu desafio e lutaria comigo. Então sim, é isso que estou propondo.
A falta de inteligência e habilidade notável de Yuno já foi muito comentada por Makai, mas era diferente ver as atrocidades mais burras saindo da boca dele e escutar fofocas sobre. O dono do Palácio Impuro não sabia o que era pior. Ele pensar que podia sequer sobreviver a uma luta contra Zen ou que aquela raposa cumpriria a promessa. De qualquer forma, saber que o kitsune tinha enviado Yuno para si lhe fazia querer gargalhar. Entender a mente do príncipe exilado era o maior desafio que existia.
Ele observava atentamente o homem à sua frente. O olho aberto completamente focado em si, estava determinado a conseguir o que queria. Izagaki gostava disso, apesar de saber das histórias de que Azai Yuno era provavelmente o maior fracasso que o clã já viu, em todos os sentidos possíveis, era admirável a confiança que ele tinha de que teria o almejado por si. Era ambicioso e teimoso, afinal não seria qualquer um que aceitaria tal proposta e realmente apareceria no Palácio Impuro fazendo tal proposta.
O cabelo espetado e os finos lábios apertados um contra o outro eram um charme, ele tinha de admitir, mas o corpo baixo e tatuado não era seu estilo. A postura ereta e a face dominante eram o oposto do que Izagaki gostava. Mas dominar aquele ser petulante talvez valesse de algo.
– Tenho certeza que vai fazer algumas décadas desde que dormi com alguém tão baixo quanto você, sem dúvidas não é meu tipo. – ele arrastou a voz enquanto se levantava e media o homem em seu escritório de cima a baixo, não que demorasse muito, afinal Yuno era extremamente pequeno.
Ele se remexeu, claramente com o orgulho ferido, desviando o olhar para os objetos na estante. O rosa intenso do seu olho combinava com a face levemente corada. Para alguém que tinha aparecido tão corajosamente em sua propriedade, Azai Yuno perdia facilmente a imponência e a postura de valente. Seria adorável, se não fosse patético. 
– Zen lhe prometeu uma luta, é? E por acaso acredita nele ou só estava interessado em acabar na minha cama? – a voz melodiosa brincou com ele novamente, Izagaki estava achando as expressões do outro algo extremamente fascinante. Ele não escondia nenhum sentimento, era aberto como um livro. Não era necessário muito esforço para entender as entre linhas.
– Se não lhe interessou então não vou perder meu tempo, falarei para Zen-sama propor outro acordo. – com o ego ferido ele se virou indo até a porta, entretanto ao tentar puxar a maçaneta percebeu que estava impossibilitado de sair. Com o cenho franzido tentava entender o momento em que ela tinha sido trancada.
– Não lembro de ter falado que acabei com você, Azai Yuno. Sua paciência é mesmo tão ruim quanto dizem.
Conforme desencostava da mesa e se aproximava do rapaz a sua frente, ele fazia questão de olhar no fundo do único olho aberto de Yuno, observando-o como se fosse um cervo perdido na floresta. Infelizmente a única reação que conseguiu foi uma defensiva. Não imaginava que fosse possível a coluna dele ficar mais ereta ainda e seu queixo empinado tentava passar a sensação de ameaça. Tolice é claro, seria mais excitante se soubesse a hora de agir feito um submisso amedrontado.
– Você entra em meu palácio, nega meus servos e exige uma reunião exclusiva comigo. Extremamente exigente para alguém que apenas carrega um nome e nenhum legado. Mas confesso que me atrai tentar entender o porquê de Zen-sama achar que você me divertiria.
Aquilo sem dúvidas deveria ser uma ofensa, mas Yuno não conseguia raciocinar muito bem com aquele homem a sua frente. Mesmo com ele se curvando e inclinando-se em sua direção, a diferença de altura era perceptível e fazia com que tivesse de olhar para cima. O cabelo loiro amarrado em um complexo penteado deixava Yuno hipnotizado. O dono do Palácio Impuro era sem dúvidas um dos seres mais belos que já havia visto. Era extremamente desconcertante estar perto dele.
– Nada a dizer Yuno-kun? – aquilo foi a gota d'água. A boca seca e as mãos tremendo eram demais para si, odiava sentir que estava sendo desafiado ou posto como inferior e odiava mais ainda não conseguir entender o que estava acontecendo por achar aquele homem belo demais do que deveria ser possível.
– Vim aqui para fazer uma proposta, se não aceita então abra logo a porta e me deixe ir. – ele tentou deixar a voz firme enquanto se recuperava, mas seu tom não alcançou a autoridade que almejava.
Uma gargalhada cortou o silêncio. Izagaki tentava não ser explicitamente cruel, mas naquele momento isso não importou muito. Ele olhou maliciosamente para a figura mais baixa que si, um sorriso divertido nos lábios.
– E o que eu ganho? Me parece um pouco injusto esse acordo.
– Claro que uma transa envolve o prazer de duas pessoas, não vejo onde está a desvantagem?
– Apenas isso? Acho que dormir comigo é algo muito mais vantajoso para você do que para mim.
– O que quer então? – o tom irritado tirou mais um sorriso largo de Izagaki. Um estalar de língua antes soou antes dele falar.
– Façamos assim, eu realizo o seu desejo e você fica me devendo algo. Justo para você?
– Não vou ficar devendo qualquer coisa para você.
– Imagino então que não conseguirá provar seu valor para todos lutando contra Zen-denka. – ele provocou de maneira proposital, conhecia a fama de Yuno e sabia que seria besta de cair em sua fala. Mesmo assim a expressão de raiva e indignação foi deliciosamente excitante para Izagaki, ele adoraria dar uma lição em Yuno por ser tão imprudente.
– Combinado. Quer fazer isso quando? – o tom vitorioso de sua voz indicava que algo mais grandioso do que aquilo tinha acontecido.
A pergunta repentina pegou-o de surpresa. O caçula do clã Azai desafiou todos os seus servos, exigiu ser atendido em pessoa por si e agora tentava marcar uma data para um problema que podia facilmente ser resolvido naquela mesma hora.
– Não vejo motivo algum para não resolvermos as pendências agora, para ter vindo aqui tão repentinamente deve estar com o tempo livre.
A cabeça de Yuno pendeu para um lado, ele tentava processar a fala mas estava claramente confuso. Procurava em vão algo para dizer, não foi difícil para Izagaki compreender que ele procurava um lugar adequado para que pudessem consumar tal ato sexual. Isso sim foi patético, a risada estridente ecoou novamente, afinal tirando a mesa e a enorme banheira em seu escritório não havia superfícies para se apoiarem.
– Todos meus problemas relacionados a trabalho resolvo aqui, não vejo o porquê de não resolver essa pendência aqui também. Pouparia tempo de nós dois, imagino. Mas não farei nada que não deseje. – finalmente se afastou do outro, escutando-o soltar o ar de maneira pesada e relaxar os ombros, ele nem tentava esconder o efeito que sua simples presença tinha. Se encostou novamente na mesa, observando cada movimento de Yuno.
Ele estava estagnado, parecia refletir muito sobre o assunto. Mordia de leve o lábio inferior conforme olhava para um objeto em específico em sua estante. Fugia do olhar malicioso de Izagaki o máximo que podia. Era curioso o quanto estava envergonhado considerando que começou o assunto. O tempo passava e as mãos dele se agitavam e ele continuava em silêncio. Por mais paciente que fosse, Izagaki não tinha todo o tempo do mundo e queria uma resposta.
O som da garganta arranhando tirou Yuno de seu devaneio, ele se virou e estava prestes a falar algo que sem dúvidas quebraria o clima quando sentiu uma mão em seu pescoço deslizando de forma firme o forçando a abrir espaço para que Izagaki aproximasse de sua orelha. A respiração lenta fazendo todos os pelos de sua nuca arrepiarem.
– Só me dê uma resposta afirmativa e eu cuido do resto. – o tom de voz baixo o atordoou de vez, em um simples segundo conseguiu pensar em milhares de significado para uma simples frase.
A boca aberta e a respiração acelerada mostravam o que Izagaki sempre gostava de admirar. Toda a compostura já tinha ido embora e a única coisa que o caçula do clã Azai conseguiu fazer foi engolir em seco e acenar lentamente com a cabeça, concordando com qualquer coisa que aquele ser quisesse fazer consigo. Ele estava totalmente submerso nas palavras sedutoras de Izagaki.
O tempo pareceu correr lentamente enquanto avançava sobre o pescoço tatuado de Yuno. A respiração descompassada conforme chupava e fincava os dentes por cada símbolo de ambição gravado em sua pele. Ter aquele homem a sua frente fazendo de seu pescoço uma refeição própria o fazia tremer de antecipação. Uma das mãos enfaixadas se direcionou para a cintura coberta pelo quimono enquanto a outra se entrelaçou nos cabelos espetados, dando mais e mais acesso para devorar a pele exposta.
Se apoiando nos ombros finos, Yuno se deixou levar por cada maldita sensação que seu corpo incrivelmente sensível recebia. Aos poucos seu quimono foi sendo desamarrado com uma habilidade admirável e o tecido poroso das bandagens esbarrando em sua cintura iam subindo, explorando tudo aquilo que podiam.
Antes que pudesse fazer mais alguma coisa, Izagaki o viu se abaixar e de joelhos praticamente implorar por permissão. Por mais tapado que parecesse, Azai Yuno tinha total consciência que queria muito chupar aquele homem e que era muito bom nisso.  
Fazendo questão de tirar a própria roupa, ele conseguia ver a luxúria tomando o ser abaixo de si. A língua deslizando lentamente pelo lábio inferior enquanto pacientemente observava desde o colo dos seios, os peitos fartos e cada pedaço novo de pele que era descoberto. Yuno, por mais que falasse muito, não gostava tanto assim de usar sua boca para tal ato, ele preferia mil vezes usá-la para chupar e lamber. Ele estava ansioso para provar que em pelo menos uma coisa em sua miserável vida era bom, era extraordinariamente bom e assim contradizer o que todos amavam dizer sobre si.
A delicada peça de tecido caiu com um baque surdo no chão, mas a respirada funda e rápida de Yuno conseguiu perfurar o silêncio agradável da sala. Por mais que ele não fosse seu tipo, Izagaki tinha que admitir, amava ser apreciado da forma como o Azai estava fazendo naquela hora. Entrelaçando os dedos nos fios ruivos ele concedeu a permissão que o outro tanto queria.
Se apoiou nas coxas fartas antes de direcionar sua boca para o interior delas. Raspou seus dentes levemente pela área sensível, conquistando a primeira arfada da noite. Deslizou a carne macia de seus lábios, selecionando pontos específicos para dar leves chupadas. Toda vez que sentia a respiração de Izagaki falhar ou encontrava os batimentos cardíacos dele pelas veias da perna, Yuno fazia questão sugar o lugar com eficiência.
Por mais que odiasse preliminares e enrolação, toda aquela cena estava levando o dono do Palácio Impuro a loucuras. Se soubesse que aquela boca conseguia fazer alguma coisa bem, teria mandado ele ficar quieto à muito tempo. Queria trancá-lo em seus aposentos e deixá-lo explorar todo seu corpo com aquela maldita boca.
Conforme subia sua língua pelas coxas alheias, a ansiedade consumia Izagaki e quando finalmente teve a esperança de que se direcionaria para onde mais almejava, ele infelizmente mudou de coxa. Começando todo o processo novamente, mas agora na direita.
– Caralho Yuno, quando me implorou com seu maldito olhar achei ia fazer alguma coisa efetiva de fato. – o murmúrio de reclamação fez os movimentos pararem, o que gerou mais xingamentos.
– Me desculpe, quer que eu só vá logo? – a pergunta foi tão genuína que isso assustou Izagaki. Não esperava uma resposta deliberadamente obediente, claramente tinha mexido com o ego de Yuno.
Por mais que odiasse admitir, usar sua boca em corpos alheios era um orgulho particular. Sabia muito bem do efeito que tinha e a fala de Izagaki o fez acreditar que ele não estava gostando. Considerando as incontáveis vezes que já duvidou de seu potencial e listava itens que tinha certeza que era bom, saber que talvez tivesse de riscar este item na sua pequena lista o deixava ansioso.  Quis se enfiar em qualquer lugar e sair de lá o mais depressa o possível, existia um limite do que seu ego poderia aguentar.
— Pelos deuses, não! Continua no seu ritmo. Só. Caralho isso é muito bom.
Não era do seu feitio tecer elogios sobre seus parceiros, mas se aquela boca parasse de deslizar sobre sua pele tinha a certeza que surtaria. Além disso, o sorriso genuíno de Yuno podia ser considerado uma das coisas mais impróprias e excitantes que já viu. Os lábios levemente abertos só lhe deram mais vontade de fodê-lo até que alguém tivesse a coragem de procurá-lo para cuidar dos problemas do palácio.
A boca voltou a repetir o que fazia antes, porém com mais vontade e precisão. Ele sentia com a boca cada imperfeição da pele alheia e fazia questão de lamber e morder. Deixava marcas leves e outras mais visíveis, mas estava tão concentrado que nem parou para observar aquela verdadeira obra de arte que estava fazendo.
O gemido baixo e rouco ao lamber os lábios grandes da vagina soou como música para os ouvidos de Yuno. Fez questão de explorar toda a buceta antes de penetrar a língua no canal. O maldito gosto dele era tão bom quanto todo o resto, até a desgraça da lubrificação natural era deliciosa. Se conseguisse pensar se questionaria se ser tão gostoso assim era algo possível.
Não aguentando mais estar a mercê de Yuno, Izagaki assumiu o ritmo. Prendeu a mão fortemente na cabeça dele e coordenou os movimentos. Ele aumentava a velocidade conforme gemia de forma baixa. Observava a expressão de deleite conforme o outro devorava a intimidade do homem. Era pura obscenidade. O olhar implorando por mais e as mãos apertando as suas coxas mostrava ser o maior delírio possível.
Conforme viu Yuno soltar uma de suas pernas para lidar com sua própria excitação, Inagaki fez questão de interferir.
– Lhe como e dou a atenção de desejar depois. Apenas se concentre e só se toque se assim eu desejar. Entendido?
O olhar necessitado quase lhe deu dó, mas a chupada forte em sua buceta eliminou qualquer pensamento decente. Ele gemeu alto, fazia muito tempo desde que perdeu tanto o controle. Isso claramente não significava alguma coisa boa, entretanto essa era a última coisa da qual conseguia pensar.
Cada vez que a boca deslizava para mais fundo em seu interior ele tinha a certeza que gozaria só com o boquete. As chupadas certeiras em seu clítoris e a língua alcançando lugares deliciosamente profundos eram sensações que não sentia a muito tempo. Mesmo dormindo com mais pessoas do que conseguia contar, infelizmente um boquete feito com tanto gosto não era costume deles.
Agarrou com as duas mãos o cabelo espetado conforme gozava em sua boca e gemia alto. Por mais que fizesse Yuno engolir tudo, nunca tinha sido o plano original dele se afastar do corpo escultural a sua frente. Engolindo tudo como se fosse néctar ele aos poucos se levantou, olhando com ansiedade esperando por novas ordens. A submissão dele ia levar Izagaki a completa loucura, mas não perderia a oportunidade de se aproveitar da situação.
– Cadeira. Senta na cadeira. – por mais que tenha se embolado nas palavras, elas tiveram o efeito desejado. A voz rouca e mandante foi rapidamente obedecida.
A visão daquele nanico sentado obedientemente com o pau duro era algo a ser gravado. Se um dia tivesse a oportunidade pediria para algum youkai habilidoso pintar aquela cena divina. A pele brilhando de suor e o cabelo flamejante completamente bagunçado era uma tentação
Desfazendo com maestria o penteado, Izagaki deslizou até a cadeira, sentando completamente nas coxas do outro. Ele esperava que Yuno demorasse para se recuperar, porém ele não perdeu tempo e fez questão de beliscar seu mamilo com os dentes. A boca se deleitando com os seios fartos, enfiando a cara até o cheiro de Izagaki dominar suas narinas e mente.
Enquanto deixava o mais baixo fazer o que desejasse com seus peitos, ele deslizou a mão até o falo rígido. O gemido abafado dele foi o suficiente para entender que estava extremamente necessitado. Era empolgante saber que tinha deixado um homem tão sensível apenas por deixá-lo lhe chupar.
Deslizava a mão para cima e para baixo de maneira dolorosamente lenta, apreciava cada expressão, cada gemido sufocado pelos seios, as arfadas e a maneira que conseguia implorar apenas com um olho por mais.
Não foi difícil deslizar o pau para dentro de si. Os dois gemeram com a súbita invasão. Fazer Yuno se movimentar no ritmo que desejava não era nenhum pouco difícil, o problema era manter a sanidade conforme cavalgava naquele serzinho. Ele escutava os gemidos do outro serem abafados conforme continuava a saborear os mamilos, achava que dali a pouco ele se fundiria aos seus peitos. As mãos escorregavam da cintura para a coxa apertando tudo o que conseguia e a cada nova estocada seus olhos lacrimejavam de prazer. Para o dono do Palácio Impuro ver aquela cena, observar a submissão daquele homem era uma das coisas mais impuras que já tinha presenciado.
Se Izagaki estava delirando com o que estava vendo, Azai Yuno enlouquecia com as sensações que seu corpo sentia. Ser pressionado pelo interior quente e úmido enquanto fazia daqueles seios a sua própria refeição era mais do que havia sentido em uma vida inteira. O homem montado em si definia tudo o que ele fazia, dava ordens silenciosas e outras sussurradas entre gemidos. Ele obedecia calado, não tinha do que reclamar, apenas queria devorar e ser devorado por aquele homem.
Os dois arfavam e o som de corpos se roçando era audível por todo o cômodo, perdidos na própria mente e prazer eles aproveitavam de cada segundo. Qualquer que fosse o fútil motivo de Zen ter mandado aquele imbecíl para si, faria questão de depois lhe agradecer. No caso de Azai Yuno o silêncio lhe fazia muito bem, ainda mais quando estava chupando cada parte de seu corpo.
Yuno se desmanchou primeiro. Fundo e preciso dentro do corpo alheio. Izagaki o puxou de seu colo para conseguir escutar cada gemido e fala arrastada sem que o som fosse abafado pelos seus fartos peitos. Escutar ele implorar por seu nome foi o suficiente para fazer Izagaki gozar pela segunda vez na noite.
As respirações irregulares preenchiam o cômodo. Assim que conseguiu recuperar um pouco da consciência, o dono do lugar se levantou e caminhou até o ofurô, começando o preparo para um bom banho. Pegou um roupão e estava prestes a chamar um servo quando se virou para Yuno e disse com uma voz fria e agradeço muito pelo outro homem não perceber o quanto estava afetado.
– Se já acabou, depois lhe procuro para cobrar o favor. Agora pode voltar para sua casa.
Yuno ficou subitamente irritado, queria discutir, mas não sabia o porquê. Ao invés disso mais uma vez obedeceu calado. Colocou suas roupas de volta e se esforçou muito para não olhar para trás enquanto caminhava porta a fora. Ao sair do escritório ficou totalmente consciente que havia sido a melhor foda da sua vida e que não estava nem um pouco satisfeito com apenas aquilo. Se lembrou do objeto peculiar na estante e desejou muito que quando Izagaki fosse cobrar o favor que devia lhe fodesse até esquecer de tudo sobre si.

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Por mais que tivesse mantido o tom frio de voz, ao relaxar na banheira o silêncio gutural caiu sobre si. Ele estava desestabilizado, não imaginava que Azai Yuno pudesse prestar para algo tão bom. Muito menos que conseguisse ser extremamente gostoso e submisso.
Ele suspirava conforme se lavava e tentava tirar Yuno de sua mente, cada gemido e som delicioso que o outro soltava tentava e tentava dominar sua mente. Izagaki escutou um barulho incomum em seu escritório. Mais uma interrupção em uma única noite. Estava prestes a matar a pessoa e descontar toda sua fúria quando escutou uma gargalhada conhecida e um pelo vermelho alaranjado entrou em seu campo de visão.
– Aproveitou a visita? – a voz divertida de Zen ecoou em seus ouvidos.
– Por que ele? – a pergunta sincera não era o que o kitsune esperava.
– Ele não largava o pé de Yusuke, o seguia de uma lado para o outro e não calava a maldita boca. Querer um pouco de paz por uma horas é pedir demais?
– Duvido muito que seja do interesse de seu humano dormir com aquele youkai, seu ciúmes é tolice.
Por mais que não tenha visto, Zen revirou os olhos. Gostava muito de como soava quando se referiam a Tetsurou e Yusuke como seus, porém odiava admitir que se importava com eles. Não que fosse surpresa para alguém ali, já fazia um tempo desde que a notícia se espalhara para toda Makai. Todavia Zen continuava sendo Zen, não importava o que acontecesse.
– De qualquer forma parece que se divertiu mais com ele do que o esperado. – a malícia na voz pegou Izagaki de surpresa. Ele rapidamente se voltou para o kitsune.
– E como sabe disso?
– Aquele idiota veio me cobrar uma luta. Cada vez que acho que ele não vai conseguir, ele tem a capacidade de provar ser mais burro ainda. Como se eu realmente fosse lutar com ele. – a voz ríspida e a revirada de olho de Zen pela primeira vez na conversa incomodou Izagaki. O kitsune levou o kiseru a boca conforme se sentava na cadeira do escritório e ao observar isso Izagaki desviou o olhar, afundando nas águas quentes.
Sabia que Yuno não tinha chance contra Zen. Seria uma luta patética, o melhor seria evitada mesmo. Além disso, ele não se importava com as maldades de Zen, sobre o que ele planejava e como zombava das pessoas como se fossem nada além de sujeira. Mas talvez ele estivesse um pouco manhoso depois de uma foda incrível e tivesse algo em si querendo defender aquele youkai, por mais que Zen não tivesse dito nenhuma mentira.
– Está quieto demais, aconteceu algo? – a curiosidade e estranhamento evidentes foram o suficiente para ele emergir de volta e encará-lo.
– Você mandou o caçula dos Azai até mim para que ele dormisse comigo. Ele chegou todo exigente e fazendo birra. Mereço pelo menos um pedido de desculpas.
– Não é meu problema o que ele diz ou faz.
– É seu problema ele ter vindo até aqui.
– Tolo ele por ter acreditado em minhas palavras.
O silêncio na sala se tornou sufocante. Izagaki queria mandá-lo se foder. Estava estranhamente irritado e seus sentimentos eram um misto completo. Zen também estava confuso, viu ele irritado assim apenas um punhado de vezes, não era usual de Izagaki se irritar por coisas fúteis.
– Ei, Zen. – a voz cheia de raiva e sem formalidade foi um pouco surpreendente, – Agora que você está cheio de tempo livre, por que não vai foder algum daqueles humanos? Você tem dois, não é possível que nenhum esteja disponível.
A raiva pulsante da raposa foi quase palpável e fez Izagaki imediatamente se arrepender das palavras soltas por impulso. Ele não tolerava desrespeito, porém a cara abatida de Izagaki o fez apenas ferver a água do ofurô antes de se mandar dali. É claro que se fosse qualquer outra pessoa ali já teria virado cinzas, mas Izagaki teria de se contentar com aquela água borbulhante. 

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⏰ Última atualização: Feb 19 ⏰

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