VIVÊNCIAS - Raphael Veiga.

CAPÍTULO III

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5 de Janeiro de 2023.

Maria Julia Furtado Scarpa

Chegam todos para o churrasco, não queria ter fraturado o punho logo no aniversário do meu irmão, 'tô de azar hoje. Minha sorte é que eu tinha tomado banho e lavado o cabelo, mesmo com dor, antes dele colocar o gesso.

Raphael Cavalcante Veiga

Logo todo mundo chegou. A palhaçada era na certa, se cobrisse ia virar um circo.

Agora Scarpa estava contando um acontecimento dele e da Maju de quando eram crianças. A barriga chega a doer de tanto rir.

Mas eu não estava prestando muito atenção na história, mas de qualquer jeito foi engraçado, tava prestando mais atenção na Maju, ela parecia meio triste, meio feliz, eu acho que ela 'tá cansadinha mesmo.

A Maju levanta para ir ao quarto dela pegar o celular dela que ela tinha esquecido e porra, o tamanho da bunda de tanajura dessa menina, como não olhar?

— Perdeu alguma coisa nela Raphael? -Scarpa pergunta.

— Xiiii, logo o Scarpa tá com um cunhadinho -Dudu diz.

— Pararam, pararam, ele vai virar o teu cunhado e vai comer a sua irmã -Rony cantou para Scarpa.

— Veiga, coloca a cabeça aqui na tábua pra eu cortar -Scarpa diz brincando.

— Tá maluco? -Digo rindo.

— Vocês estão tão engraçadinhos né? Vem aqui Veiga -Chamo ele.

— IIIIIIHHHH -Todos gritam, menos Scarpa.

— 'Tô meu número, me chama lá -Entrego pra ele, falando baixo para ninguém escutar.

— Pode deixar.

(...)

Ontem os malucos que vieram acabaram ficando porque meu irmão pediu, eles são legais, bem engraçados, mas as vezes eles me dão medo, não sei.

Agora são 2 horas da manhã e só eu estou acordada, não consigo dormir direito por causa da porra desse gesso. E esqueci de tomar os remédios que o médico passou, puta que pariu.

Me enganei, Veiga 'tá acordado também, ué, mas pra que? Agora é muito tarde. Vou pegar um copo de água até que Veiga dá uma dedada na minha cintura para eu me assustar.

— Que susto garoto.

— Assaltando a geladeira de madrugada é? Dona abelhinha.

— Isso é um elogio ou uma crítica? -Diz e logo toma um copo de água.

— Elogio e apelido carinhoso -Diz sorrindo.

Fico olhando para ele boba sem perceber.

— Ficou boba é? -Ele diz soltando uma risada frouxa e se aproximando.

— Eu? Eu não... -Digo me apoiando no balcão. — Vou tentar dormir de volta 'tá? Boa noite.

— Vou indo também, Boa noite Abelhinha.

(...)
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Amaram? Porque eu tô amando, beijoos 🩷
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