Um Amor na Itália - (Chanbaek)

Capítulo II

- Então vocês terminaram? – Perguntou Kim Junmyeon, tomando café na xicara de porcelana.

Ao ver minhas ligações perdidas em seu celular, Junmyeon retornou minha ligação pela manhã e veio me ver na casa de Sehun. Nós três estamos sentados na mesa de jantar, tomando café da manhã juntos.

- Não exatamente. – Eu disse.

- Claro que sim, Baekhyun. – Sehun falou com a boca cheia de pão e descrente com o que eu falei. – Você ainda pensa em ficar com ele?

- Argh! – Abaixei a cabeça, colando a testa na mesa de vidro fosco preto. – Não sei o que fazer. – Minha voz saiu um pouco abafada por estar de cabeça baixa.

- Você devia colocar fogo na casa dele. – Disse Sehun, levando mais um pedaço de pão até sua boca, fingindo que não falou nada de mais. – Com ele dentro, é claro. – Junmyeon deu um tapa em seu antebraço, assustando o Oh.

- Não é assim que a banda toca, Sehun. – Repreendeu o Oh. – Não se deve pagar o mal com o mal.

Me sinto traído e sem chão por Jongin ter me traído, mas não consigo negar que não gosto mais dele. Nada irá apagar os quatro anos de relacionamento que tivemos.

Conheci Jongin numa casa noturna em Gangnam, a Octagon Club. Nos paqueramos de longe ao som de músicas eletrônicas. Ele lançava olhares de puro interesse e cheio de intenções. Eu o chamei com a mão e ele veio em meio à multidão para perto, junto de dois homens que o acompanhavam. Não sei exatamente o que me tomou aquele dia, mas só sei dizer que fomos para a casa dele e rolou tudo entre nós naquele dia. Quando eu digo tudo, é tudo mesmo.

No dia seguinte, ele me acordou aos beijos e me abraçando como um passarinho em seu ninho. Foi nesse momento que ele me falou um pouco sobre ele e eu falei sobre mim. Ele me disse que era estudante de medicina e já estava no seu nono semestre, e estava fazendo estágio no hospital de Seul. Disse também que não tinha uma boa relação com os pais, mas ligava de vez em quando. Seus pais moram em Galway, na Irlanda, e optaram em morar lá porque não gostavam da vida agitada da Coréia. Tomamos café juntos e eu pensando que iria embora da casa dele e nunca mais nos veríamos, mas, quando estava calçando meus sapatos para ir embora, ele pediu meu número para nos vermos mais vezes.

Depois de dois três meses, ele conheceu minha família e eles o amaram. Minha mãe mais ainda, por ele estar prestes a ser um médico oficial. Então, no mesmo dia que, ele me pediu em namoro na frente dos meus pais.

Mas, do que adiantou aquilo tudo? O resultado de tudo foi traição.

(...)

Naquela mesma manhã, Junmyeon me deu carona até meu trabalho e íamos conversando sobre suas férias que já estavam próximas e que ele estava ansioso para viajar, de preferência para outro país.

Junmyeon trabalha como professor de língua inglesa em uma escola particular. Ele ama dar aula e, segundo ele, os alunos adoram suas aulas. Durante toda nossa amizade, ele nunca apareceu com namorados ou ficantes, sempre se importando somente consigo mesmo e no seu crescimento pessoal. Sehun, Junmyeon e eu nos conhecemos na escola, mais precisamente no fundamental.

Eu trabalho num escritório de advocacia e sou secretário. Geralmente estou sentado numa recepção agendando atendimento para os pacientes, anotando recados, organizando as agendas dos advogados, reuniões e servindo água ou café para os clientes.

- Entregue. – Junmyeon parou o carro na frente da entrada do prédio multiempresarial espelhado.

- Obrigado, Jun. – Arrumei a mochila em minhas costas e abri a porta do carro. Estava prestes a sair do carro quando Junmyeon me chamou de novo.