Capítulo 1

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Assim como previam os meteorologistas, uma chuva fina e delicada traz um frescor e alívio passageiro para os moradores de Paris, depois de algumas semanas quente e abafada. A calmaria da noite em Paris é apenas o prenúncio de um grande acontecimento que ficará marcará a França para sempre.

Em meio ao barulho das gotas caindo, um outro barulho quase imperceptível divide a atenção com o barulho das gotas. Os dedos nervosos do hacker teclando as mais de vinte teclas do pequeno computador indica que algo está prestes a acontecer. Digitando na própria tela do computador, números, símbolos e letras se misturam numa sequência inimagináveis de códigos. Uma tela verde aparece por alguns instantes após o fim de todo o processo. Apenas o som de um longo e pesado suspiro é possível ser ouvidos dentro de um veículo totalmente preto e filmado. Segundos depois de aparecer a tela verde, diversas imagens de câmeras de seguranças dividem espaço do pequeno monitor. Um leve sorriso surge espontaneamente, o que demonstra que a primeira parte do plano deu certo. O computador é colocado no banco do passageiro e um binóculo presente nele é pego. Com as mãos suadas, o binóculo acaba escorrendo dificultando o almejo do objeto.

Merda!

Limpando suas mãos as sua própria roupa, o binóculo é facilmente almejado e movimentado como dever ser. Ajustando a regulagem do objeto, o portador consegue visualizar mais de perto o seu objetivo. A entrada e saída de carros e de pessoas autorizadas do Museu de Louvre. A movimentação tranquila do local, deixa ainda mais fácil a sua invasão ao museu para conseguir alcançar o seu objetivo: roubar o quadro da Mona lisa. Sabendo que só irá conseguir ter acesso ao museu com um crachá de acesso, a misteriosa mulher retira de um bolso, um crachá falso da empresa responsável pela segurança do museu e com um nome fictício, Emilly Lorden. Conferindo no sistema de segurança já hackeado por ela, a mulher certifica que o seu nome fictício está incluso no sistema de identificação. Desembarcando do veículo, “Emilly “ demonstra todo o seu charme no look que está vestindo. Um sobretudo longo e preto de veludo ajuda há esquenta-la, um chapéu tom claro que lembra as damas do século dezenove. Um óculos escuro esconde o verdadeiro tom dos seus lindos olhos. Uma calça creme que dá um contraste em meio ao preto do sobretudo. E uma sapatilha cor neutra. Seu caminhar é lento e sereno, assim como o balanço dos seus cabelos castanhos claros.

Assistindo a transmissão das câmeras de segurança, o guarda responsável pela segurança do lado de fora do museu observa a aproximação de uma mulher. Saindo da guarita, o guarda avista a misteriosa mulher há poucos metros de distância da área restrita.

- Boa noite – cumprimenta o guarda olhando para a vestimenta da mulher – Deseja algo senhorita ?

- Sou a Emilly Lorden – responde a mulher – Fui chamada para trabalhar aqui como segurança.

- Assim! – o guarda se aproxima da grade que separa ambos – Poderia me dar o seu crachá por favor?

A mulher retira de um bolso do sobretudo o crachá.

- Está aqui – Emilly entrega o objeto para o guarda.

- Vou precisar passar o crachá no scanner para confirmar a informação – dando poucos passos para lado, o guarda coloca o crachá no scanner.

Emilly Lorden espera ansiosamente pela resposta.

- Está tudo certo – o guarda abre a grade e entrega o crachá – Tenho um bom turno, senhorita Lorden.

- Obrigada.

- No final do corredor a sua direita – indica o guarda – fica o vestiário onde tem o seu uniforme.

- Obrigada pela informação.

Seguindo as orientações do guarda, Emilly caminha pelo corredor rumo ao vestiário. No seu braço esquerdo, uma luz verde piscante chama a sua atenção. Ativando o dispositivo, a mesma sorri com o que vê. A tela do pequeno relógio, indica que o sistema de segurança havia sido completamente hackeado. Com um sorriso no rosto, Lorden procura pelo seu nome nos armários do local. Depois de alguns segundos procurando, ela encontra o seu nome escrito numa placa.

A.M.I - Autoridade Máxima InternacionalOnde histórias criam vida. Descubra agora