Capítulo 6

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- Enganar esses babacas foi mais fácil do que eu pensava – Ernie sobe os degraus da escada rumo ao primeiro andar da luxuosa mansão.

Em passos quase imperceptíveis, o agente se aproxima do último degrau da escada. O som apenas dos seus passos lhe causa uma certa tensão, o que faz o mesmo parar por alguns instantes. Vendo apenas o começo do corredor à sua esquerda, Ernie pega a sua arma e deixa engatilhada caso seja necessário atirar.  Soltando um longo e pesado suspiro, o agente decide continuar com a sua missão.  Superando o último degrau, Ernie virá em sua esquerda e se depara com dois homens fazendo a segurança do quarto do cliente.

- Aconteceu alguma coisa? – pergunta um dos seguranças ao ver que a sua feição está séria e franzida.

- É que ocorreu um negócio estranho lá fora – responde Ernie abaixando a sua arma – E o chefe me pediu para vir aqui ajudar na segurança do cliente.

Os seguranças se entreolham e comunicam entre si através do olhar.

- Tudo bem? – responde um dos seguranças.

- Estranho, que não recebemos nenhuma ordem do chefe – fala o outro segurança – Vou confirmar com o chefe.

Pegando o rádio comunicador, a sua voz falha ao receber um golpe certeiro no pescoço, atingindo uma veia arterial.

- Bela mentira agente – comenta o segurança limpando a ponta da faca na manga da sua camisa.

- Quem é você? – pergunta Ernie apontando a sua arma em direção do segurança.

- Eu sou um agente infiltrado do serviço secreto americano – responde o segurança dando um leve sorriso para o mesmo – E estou aqui para certificar que o trabalho será feito.

Ernie fica surpreso com a resposta do segurança e a sua consequente revelação. Uma leve tensão começa a tomar conta do seu corpo que processa uma reação rápida e mortal.

- O que está esperando? – pergunta o infiltrado segurando a sua faca – Alguma ordem ?

- E se eu não fizer? – indaga sarcasticamente Ernie enquanto analisa o comportamento do agente.

- Aí você sofrerá as consequências...
- Que consequências? – pergunta Ernie ajeitando a arma na sua mão.

- Uma consequência rápida e precisa, ou, uma consequência muito mais dolorosa.

- Tem uma terceira opção? – questiona Ernie engatilhando a sua arma e posicionando o revólver entre os dedos para poder efetuar um disparo preciso e mortal.

- Têm! – responde o agente pegando do bolso da sua calça um crachá – Essa aqui – o crachá passa por um scanner, e em segundos o ele é devidamente analisado.

Ernie encara o agente fazer tudo aquilo enquanto os seus pensamentos se misturam, afim de encontrar uma solução para sair dessa situação de risco.

- Como quiser... – Ernie guarda o seu revólver no seu devido lugar enquanto formula um plano ideal.

- Imaginei – o infiltrado tecla algumas sequências de números no dispositivo de segurança. A sequência de números é analisada e verificada pelo sistema que libera a segunda etapa de segurança, reconhecimento facial.

Posicionando o seu rosto no centro do dispositivo, o molde digital detecta o movimento do rosto do agente na sua tela. O molde digital tenta acertar as linhas faciais com a do rosto do mesmo, que permanece em constante movimento. Poucos segundos depois, o molde consegue acertar o enquadramento do rosto do agente e logo em seguida envia uma solicitação para um outro dispositivo.
- O que aconteceu? – pergunta Ernie estranhando o fato da porta não ser aberta.

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