Bleeding

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O suor escorria da sua testa. Gritos ecoavam pela sala escura. Facas cravadas em suas coxas, queimaduras em seus braços e o pior de tudo, uma gota incessante que pingava em sua testa.

Ele aceitou isso. Ele leu as letras miúdas e mesmo assim assinou o papel. Foi como se tivesse vendido sua alma ao diabo, mas mesmo o diabo não seria tão cruel. Ou talvez ele seria.

As facas foram removidas. O sangue escorria por sua perna. Izuku estava perdendo a consciência. Mas a maldita gota não parava de pingar, então nem isso ele coseguiu fazer.
Ele estava amarrado a essa mesa a o que? Três dias? Ele já não sabia. A gota não o deixava dormir.
Pelo menos ele era alimentando duas vezes ao dia. E Tomura o trazia água de hora em hora.
Mas ele não conseguia mais distinguir horas de minutos, ou segundos de dias.

Estava tudo tão confuso. Ele sentiu um liquido gelado descer por sua garganta. Já havia se passado mais uma hora? Não parecia ter sido mais de um minuto...

Ele ouviu a porta se fechar. Mas novamente, ele não tinha certeza de nada. Ele ouviu seu nome ser chamado. Ele sentiu insetos subindo por suas costas. E de canto de olho, dia após dia, uma figura horrenda, com longos cabelos verdes, um enorme sorriso em seu rosto, e aqueles malditos olhos vermelhos. Um vermelho vibrante como fogo, que consumia tudo ao seu redor. Um vermelho demôniaco, que o próprio diabo temeria.
Ela o observava, mas ninguém mais parecia vê-la.

Aquilo era pior do que todas as coisas que aconteciam em sua maldita casa. Muito pior.

Os dias se passaram assim. Até que a comida parou de ser entregue. O que antes eram duas refeições por dia, se tornaram pequenas mordidas de alimento. E agora, Izuku não conseguia comer nada. As pausas pro banheiro, que eram extremamente raras, agora eram inexistentes.
Então Izuku parou precisar ir ao banheiro. Ele apenas consumia uma pequena quantidade de água, o suficiente para ele não precisar usar o banheiro por vários dias.

No que parecia ser o sétimo dia, eles colocaram uma venda sobre seus olhos e um abafador de ouvidos. Pelo menos a gota havia parado.
Seus braços e pernas estavam dormentes, pois estavam amarrados por tanto tempo. Ele só queria ver a luz do sol novamente.

No que Izuku acreditava ser o décimo dia, tudo foi retirado. A venda, os abafadores de ouvido e as correntes. Dois pares de braços fortes o levantaram e o colocaram sentado em uma cadeiro.
Ele olhou em volta, havia apenas uma pequena televisão de um modelo antigo parada bem à sua frente. Um dos homens colocou um aparelho estranho em sua cabeça e conectou um cabo grosso na televisão.
Em seus olhos colocaram pregos, para mante-los abertos.

Na TV passavam filmes. No início Midorya pensou o quão bobo os filmes pareciam. Eram apenas alguns slashers antigos. Mas conforme os filmes passavam eles começavam a ficar mais realistas e gráficos, mostrando cenas brutais de estripamentos, dilacereção e arrancamento de orgãos. Izuku olhava para tela de maneira apàtica.

Foram horas e mais horas disso. E no último, o garoto percebeu que não se tratava de um filme, e sim de uma filmagem. Uma mulher, de cabelos verdes e olhos vermelhos estava sendo filmada. Ela estava amarrada de ponta-cabeça pelos tornozelos.
A posição não era estranha para Izuku, ele a viu em um dos filmes que assistiu a algumas horas atrás.

A mulher se parecia muito com sua mãe.

Então o horror começou. A mulher foi perdendo membro por membro, lenta e dolorosamente. Primeiro as unhas dos dedos, depois a pele, e os dentes... depois braços e pernas eram cerrados com uma serra életrica. Sangue jorrava de todos os lugares, e a mulher, ainda impressionantemente com vida, gritava.

Uma coisa emergiu no fundo do peito de Izuku. E ela foi crescendo. Uma coisa feia e horrivel cresceu em seu ser, e uma risada retumbante ecoou pelas paredes da sala escura. A risada ficava cada vez mais alta, mesclando-se com os gritos da mulher na tela. Os olhos de Izuku brilharam em vermelho sangue.

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Oi pessoas! Tudo bem? Ent... esse cap é meio... aleatório? Acho q posso chamar assim. Depois de meses eu chego com uma bomba dessas sem nem explicar direito o q aconteceu! Foi mal aí, eu escrevi agora, e já tá bem tarde, eu fui ecrevendo o q aparecia na minha cabeça, por isso, algumas coisas podem estar meio confusas. Mas é isso aí! Eu tô mto feliz, e vcs n tem ideia do quanto, porque com essa fic eu pude perceber minha evolução na escrita. Se vcs compararem o primeiro capítulo com esse vcs vão ver a diferença gritante! E eu queria agradecer de verdade a todos que estão acompanhando essa fic, e que estão tendo paciência pra isso. A fic tá com 4k d visualizações e eu tô chocada oq n achei q fosse ter tudo isso.
É isso, não esqueçam de dar a estrela se gostaram do cap★

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