9. Como poderia ser.

48 6 0
                                    

" E ele pegou sua mão e lhe deu tudo o que ele estava esperando, um arrepio em sua espinha e um fogo em sua alma" ~ Desconhecido

Já passava da meia-noite quando Katsuki conduziu Izuku até a porta de seu apartamento.

Os olhos de esmeralda olharam em volta, observando o ambiente enquanto ele tirou os sapatos na porta. 

Era bonito, confortável. Cores escuras que davam a sensação de calor, o tipo de lugar para o qual você queria voltar para casa, para se desligar do mundo exterior.

Também era incrivelmente limpo e Izuku não pôde deixar de pensar que era perfeito, é claro que era exatamente como o próprio bombeiro que estava que estava olhando para ele com preocupação nos olhos vermelhos.

Ele dá um sorriso fraco e envergonhado para o loiro, que o retribui. 

- Não precisa ficar aí na porta, Medico, fique à vontade. Sente-se aqui, vou pegar algo para você beber.

Izuku acenou para ele enquanto se dirigia ao grande sofá de couro preto e se sentava. Ele ainda se sentia trêmulo e perdido, como sempre se sentia nessa situação.

De repente, Katsuki estava ao lado dele, entregando-lhe uma água e sentando sentou-se ao lado dele.

Os olhos vermelhos estudaram o esverdeado, olhando para o copo de água.

A mente do loiro estava se revirando. Então, isso era parte do que Izuku estava enfrentando, não é? Aquele bastardo na porta de sua casa, gritando, berrando, ameaçando até quebrar o outro.

Havia raiva ardendo naqueles olhos carmesim e, mesmo que ele tivesse concordado em não derrubar aquele maldito hoje à noite, isso não significa que ele não terá seu dia, porque se for a última coisa que ele fizer, aquele idiota abusivo vai conhecer Katsuki Bakugo de uma forma que ele nunca esquecerá.

Ele quer conversar com Izuku sobre isso, quer descobrir gentilmente todos os segredos escondidos por trás daqueles lindos olhos de esmeralda, todos os segredos dolorosos que ele nunca confiou em ninguém para contar, e então ele quer acalmar todos os pensamentos e lembranças ruins e substituí-los por novos e provas de como as coisas deveriam ser, mas não esta noite, não agora, neste momento Izuku precisa descomprimir e dormir um pouco em um lugar onde esteja completamente seguro.

Katsuki limpa a garganta em voz baixa ao lado do esverdeado que lhe chama a atenção. 

O loiro dá um leve sorriso.

- Você está bem?

Izuku sorri suavemente, olhando para baixo novamente.

- Sim... vou ficar. Obrigado por ter me buscado e me deixado ficar.

- Você não precisa me agradecer por isso, Deku. E só para você saber, você sempre pode correr para cá.

Izuku olha para ele e os dois se olham fixamente.

Katsuki continua.

- E para cá quero dizer para minha casa e para mim.

Os olhares se cruzam e Izuku sente o coração martelar em seu peito.

Há tanta coisa, tanta coisa que cada um quer dizer, mas ambos estão cansados e os olhos de esmeralda desta noite precisam descansar mais do que qualquer outra coisa, decide o loiro ao se levantar e sair do quarto de repente. 

Izuku o observa, com um milhão de pensamentos em sua mente.

Seus olhos se voltam para o lado de fora, Katsuki tem uma bela vista da cidade e observa as luzes em silêncio, sentindo o estresse do dia o puxar.

Vale a pena salvarOnde histórias criam vida. Descubra agora