♤ Capitulo I: Santa Bazzoli ♤

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Essa história de passa na mesma linha do tempo que "My Sins: Alessio e Isabella"

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Essa história de passa na mesma linha do tempo que "My Sins: Alessio e Isabella". Recomendamos a leitura deste, antes ou enquanto lerem My Sinner para que possam entender alguns pontos.




anos atras...
2040

Carlotta Bazzoli

Tateei as paredes frias e úmidas sentindo o cimento áspero se esfregar na minha pele arranhando a palma da minha mão enquanto a escuridão me engolia, minha respiração ecoava pelo túnel me dando uma vasta noção de que ainda havia espaço, mas eu estava sufocando.

Engoli com dificuldade sentindo minha boca seca, eu queria correr e gritar. Meus olhos umedeceram me fazendo fungar ao segurar o choro. Dei um passo de cada vez verificando se era seguro pisar. Um barulho estrondoso soou acima de mim, uma tempestade caia lá fora. Encolhi os ombros olhando em voltando, apenas o breu total me cercava.

-  Aurora? – minha voz saiu em um sussurro, uma falha tentativa de chamá-la.

Meus lábios tremeram e senti as paredes se fechando ao meu redor, eu ficaria presa aqui até que alguém viesse me procurar. Sozinha no escuro com o que quer que ele guardasse. Tio Sávio nunca me deixou descer ao porão, mas os meninos comentavam sobre o que havia aqui em baixo.

Fechei meus olhos com força sentindo umas lágrimas escorrerem pela minha bochecha. Prendi a respiração na esperança de ouvir algo além da tempestade, entretanto não sabia se queria mesmo ouvir algo. As batidas do meu peito chegavam a minha audição martelando meus tímpanos. Soltei o ar que agora parecia escasso.

-  Aurora!? – chamei novamente me auto abraçando.

Segurei a cruz da minha correntinha pedindo a Deus alguma luz, mamãe sempre dizia que ele me ajudaria nos momentos difíceis. Sussurrei o pai nosso enquanto soluços escapavam dos meus lábios atrapalhando a minha oração.

Uma brisa quente tocou minha nuca e congelei esperando o pior, espíritos talvez. Esse lugar deveria ser assombrado. Segurei a cruz com mais força enquanto meus olhos se mantinham fechados, meu corpo tremia e a tempestade piorava do lado de fora.

-  Seu Deus não vai te ajudar agora.

Gritei dando um salto para trás chocando minhas costas contra algo sólido, mas não era uma parede, e sim uma pessoa.

Ao abrir os olhos, me deparei com um sorriso perturbador na minha frente, iluminado pela tênue luz da lanterna que ele segurava em sua mão. Seus olhos eram tão escuros quanto a escuridão ao seu redor. Nevio.

-  O que está fazendo aqui? – cerrou os olhos se aproximando.

Tentei escapar, mas a pessoa atrás de mim me segurou, soltando uma risada rouca que identifiquei ser um dos meninos.

Meus olhos se fixaram na tatuagem recém-feita no braço de Nevio, ainda avermelhada em torno da pele ferida, representando uma espada e um olho. Ao segurar meu queixo, ele atraiu meu olhar para cima; apesar de ter apenas treze anos, era notavelmente alto.

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