Capítulo 2

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Já eram exatas sete da noite quando a última pessoa sai do prédio, eu havia ficado para terminar o serviço que Veronica me deu em um certo tipo de punição pelos últimos dias que me atrasei

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Já eram exatas sete da noite quando a última pessoa sai do prédio, eu havia ficado para terminar o serviço que Veronica me deu em um certo tipo de punição pelos últimos dias que me atrasei. Eu teria que entregar até amanhã as nove, não terminaria nunca se não ficasse depois do meu horário, somente a luz em cima da minha mesa que estava ligada, a escuridão do restante do ambiente me engolia. Tento me concentrar em terminar esses documentos o mais rápido possível para que fosse para casa. Precisava dormir, nem que seja pouco.

O cansaço corroía meu corpo, a exaustão me pegava em cheio, minhas noites drogada estavam cada vez mais deteriorando o meu corpo, e eu mal conseguia me manter com os olhos abertos enquanto preenchia incansavelmente os documentos.

Por um momento de vacilo meus olhos se fecham e me pego cochilando sentada. Dou um pulo no momento que sinto uma mão tocar em meu ombro, me viro bruscamente olhando para trás, mas não encontro ninguém, um calafrio passa por meu corpo fazendo com que todos os pelos do meu corpo se arrepiem. Olho ao redor procurando por quem seja que me tocou, o toque foi tão real. Estou tão cansada que estou tendo alucinações sã.

Decido por desligar meu notebook e encerrar minhas atividades daquele dia, depois do susto nem tinha mais foco para fazer qualquer coisa que seja, em questão de minutos estou fora do prédio. Remexo em minha bolsa pegando meu maço de cigarros que sempre carregava, pego um isqueiro e acendo um levando a boca, poucas pessoas passavam a essa hora pela rua, essa parte da cidade não era tão movimentada principalmente a esse horário. Faço minha caminhada até meu prédio tranquilamente, o céu estava tão estrelado que demoro um pouco mais que o normal na caminhada para admirar a imensidão da noite. Assim que abro a porta de meu apartamento Líria vem se esfregando em minhas pernas.

— Também estava com saudades — Falo jogando minha bolsa no pequeno sofá que tinha na minha sala, e vou direto colocar ração em seu pote e limpar a sujeira que fiz em meu quarto na noite passada.

O tempo passa voando quando me dou conta, estou tomando meus medicamentos e me jogo na cama limpa depois de dias, o cansaço faz meu corpo doer, tudo dói. Aproveitei para tomar alguns relaxantes musculares, então dormiria rapidamente pela quantidade de remédios que tomei.

Essa noite minha sacada se encontrava fechada pelo seguinte fato de que a temperatura havia caído durante o dia, mas ainda assim conseguia ver a lua se desenhar através do vidro tão nítida, tão linda que logo adormeço a admirando.

Meus pelos se arrepiam pelo meu corpo inteiro, de novo as memorias me acordaram, me jogando em um precipício de coisas ruins. As lembranças se passam como foguete diante de meus olhos, meu peito subia e descia em uma respiração descompassada, tenho que me concentrar para tentar me manter viva pelo menos. A escuridão em minha frente me engole enquanto não tenho coragem de me mexer, como sempre acontece sinto a sensação de ser observada, mas não tenho coragem de procurar pelo quarto quem me observa ou se é somente mais uma peça que minha mente quer me pregar. Não sei quanto tempo passo em agonia, mas me ligo somente quando sinto algo escorrer pelo meu nariz, pego força erguendo meu braço e passo a mão, estendo a mão em minha frente e vejo com a pouca luminosidade que tem no quarto, rosso. Meu sangue cobria a parte da minha mão, viro meu rosto e arregalo meus olhos em um susto, um homem se sentava confortavelmente na poltrona no canto aposto do quarto, Líria estava adormecida em seu colo enquanto ele acariciava seus pelos claros.

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